Carina Bratt
TENHO um amigo poeta. José Feldman. Pensem num cara que faz versos fantásticos e deslumbrantes e escreve maravilhosamente bem. Resolvi lhe fazer uma pequena e singela homenagem, que aliás, acho bastante merecida. Talvez ele não goste, ou queira me puxar a orelha. Todavia, em nome da nossa velha confraternidade, euzinha arriscarei.
Alguns textos meus (ilustre desconhecida) vieram à tona, em seu blog, depois de meu nome aparecer aos domingos aqui na revista ‘Cão que Fuma’, graças ao meu simpático e querido amigo senhor Jim Pereira, que me abriu as portas e agora a ele, por conta do carinho e da amizade que estreitamos.
Por assim, retribuo os nossos laços de afeição e estima visando manter acesa a eterna chama da boa cultura. Escolhi algumas preciosidades dele e nas minhas ‘Danações’ de hoje, se minhas amigas da ‘Grande Família Cão que Fuma’ me permitirem, trarei à baila mimos impecáveis de José Feldman em nome, sempre em nome da Cultura.
Comecemos com ‘Inspiração’
Ao amanhecer a luz se faz poema,os olhos que abrem versos em sintonia,
cada instante é uma rima, pura melodia
e a vida, um sonhar... puro diadema.
no calor do dia, a inspiração sem tema,
as palavras bailam em doce harmonia,
e a mente, um jardim em pura fantasia
cultiva os sentimentos, sem um dilema.
O sol que se põe traz rimas sutis
mas a poesia em sua essência, fervilha
como a lua que abraça os ventos febris.
A noite é um livro, e ao lê-lo se trilha
um caminho de versos de amores senhoris,
e a vida, em poesia, sempre brilha.
Envergonhado e sem jeito,
meu coração sonhador
conserta o ninho desfeito
enquanto espera outro amor!
O livro e o Saber Infinito
Como o barco que parte sem destino,
assim o livro segue a sua rota,
e quem nele encontra o dom divino,
descobre no saber sua alma devota.
Por mares nunca antes navegados,
o livro avança e nunca se detém,
Levando o leitor a portos encantados,
onde o saber e o sonho sempre vêm.
E quem nas páginas do livro ousa se lançar
descobre novos mundos, nova eras,
pois o saber é o mar a se explorar,
e o livro, a nau que nos conduz às esferas.
Sobre o tempo
O tempo nunca é perdido...
Por mais que o tempo se vá,
mesmo sendo um foragido,
ele está aqui e acolá.
Título e Texto: Carina Bratt, da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, 26-1-2025
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Na ‘apronta’ da língua
Sob a sombra de centenárias árvores o silêncio tardio se levantou
No espelho do meu quarto... a ‘re-descoberta’ de ser feliz
Existe uma saudade imensa chorando dentro de meu coração. O que fazer?!
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