Carina Bratt
NA MINHA CRÔNICA de domingo passado, 5 de janeiro, aqui na Grande Família Cão que Fuma, eu disse que falaria um pouco mais dos moradores de rua, ou seja, de uma multidão infindável de almas em sofrimento eterno (almas vivas, não mortas). Seres humanos como nós, que a cada novo dia aumentam assustadoramente no fluxo das nossas ruas, avenidas e praças, não só da nossa cidade, vergonhosamente em todo o país. E o mais afrontoso e cruel. Ou o mais torpe e ignóbil. Entra governo, renovam se os políticos sujos, pulam fora os ladrões de nossos bolsos de algibeiras empanturradas de grana, se inovam e se maquiam as fuças sorridentes, de (risos falsos) e etc., etc., e tal, que em final de suas roubalheiras, igualmente sumirão do mapa de rabos abarrotados. NINGUÉM, se ‘toca’, em pelo menos para minimizar tais sofrimentos que a cada dia batem em nossos rostos em safanões doloridos e invariavelmente profundos. Pois bem. Aqui vai a segunda e última parte. Como ajudar essas pessoas que vivem nas ruas, que dormem ao relento, que comem, bebem e fazem as suas necessidades mais prementes a vista de todos?
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Los Angeles, foto: Getty Images |
O sofrimento, embora muitas vezes solitário, também pode ser um ponto de conexão. Aqueles que sofrem desenvolvem uma sensibilidade especial para perceber a dor nos outros. Isso cria laços de empatia e compreensão que transcendem palavras. É como se essas almas falassem uma língua secreta, compreendendo a profundidade de uma lágrima não derramada ou o peso de um sorriso forçado. Além disso, o sofrimento delas para nós, simples passantes, pode ser ou ter uma força transformadora. Muitos encontram em suas próprias dores a inspiração para ajudar os outros. Se tornam faróis de esperança, mostrando que, mesmo nas adversidades, é possível encontrar força e propósito. Suas histórias de superação inspiram e confortam, lembrando a todos que a dor é passageira, mas a persistência em buscar dias mais alegres e felizes é eterna. No geral, quem seriam essas almas? A resposta a essa indagação é simples. Pessoas ao redor de nós, ou pessoas que já se foram? A meu entendimento, as duas opções. Pessoas Próximas a nós, amigos, familiares, colegas de trabalho ou até mesmo vizinhos.
Muitas vezes, alguém pode estar passando por um sofrimento profundo sem que percebamos. Uma conversa atenta ou um gesto de carinho podem fazer toda a diferença. Desconhecidos: Às vezes, encontramos pessoas na rua, no transporte público ou em qualquer outro lugar que carregam suas próprias batalhas invisíveis. Um simples sorriso ou uma palavra de apoio podem ser um alívio em um dia difícil. Pessoas que já se foram. Aqueles que enfrentaram dores incomensuráveis em suas vidas e que agora descansam. Suas histórias e legados muitas vezes nos ensinam sobre ‘de tudo um pouco’ notadamente a superação e a compaixão. Personagens históricos e famosos: Muitas figuras conhecidas passaram por intensas adversidades e suas vidas inspiram e ensinam até hoje, lições valiosas. Exemplos incluem artistas, líderes e ativistas que, apesar do sofrimento, deixaram um impacto duradouro. Vejam alguns: Sylvester Stallone, antes de ser mundialmente conhecido como Rocky Balboa, morou num terminal de ônibus em Nova York por não conseguir pagar o aluguel.
Carmen Electra modelo atriz e cantora, passou por dificuldades depois que o namorado fugiu com todas as suas economias. Chris Pratt, ator norte americano quando tinha 17 anos, parou de estudar para trabalhar e foi parar no Havaí com uma passagem de ida, presente de um amigo. No mesmo barco, a cantora Kelly Clarkson, Daniel Craig, ator que interpretou o James Bond, e tantos mais, como Charlie Chaplin, Halle Berry, Kurt Cobain e Ella Fitzgerald. Precisamos lembrar também de ‘Seu Jorge,’ e do cantor Latino. Em pesquisa na Internet, se as minhas amadas leitoras se darem ao trabalho de esmiuçar, encontrarão uma gama enorme de ‘famosos’ que num dado momento de suas vidas, acabaram ‘moradores de ruas, praças e viadutos. Barbára Luz, uma autora de Campinas, 45 anos, escreveu um livro ‘De morador de rua, ao sucesso de voltar a viver condignamente’, Editora do Autor, 326 páginas. Dele tirei o seguinte. Na página 103 ela cita algumas conversas tidas com essas almas que vivem à margem da sociedade. Eliane: "Hoje, acordei com o som das gaivotas e o cheiro do mar”.
E continua: “É difícil acreditar que, há cinco anos, eu tinha uma casa à beira da praia. A vida na rua é dura, mas ainda carrego comigo as memórias felizes...". ‘Elio Cintra da Conceição, hoje advogado em São Paulo:’ Diz ele: “À noite, as ruas ganham vida própria. As luzes dos carros se misturam com as sombras das árvores, criando uma dança de luz e escuridão. Às vezes, me pergunto se algum dia poderei sair dessa escuridão. O meu Deus me deu a vitória e eu saí do lixo, por onde passei por quase três anos e meio". Amanda Berger: "Hoje, conheci uma senhora que mora aqui perto da Cracolândia, próxima da Estação da Luz. Ela me ofereceu um lanche. Todo dia, mesmo horário, me traz alguma coisa para enganar a barriga esfomeada. O gesto dela me trouxe uma esperança renovada. Existem pessoas boas no mundo, e é por esses momentos que eu continuo lutando”. Ao todo são mais de 400 depoimentos de homens e mulheres, inclusive crianças entre 12 e 15 anos, que vivem ou que viveram nas ruas e hoje, de alguma forma, encontraram o caminho da felicidade e da PAZ.
Afinal, entre mortos e feridos, qual seria a solução para os moradores de rua? Existe futuro para esses seres humanos? Volto a bater na tecla e na fuça descarada desses ladrões do povo, bem ainda dos nossos políticos corruptos e nojentos, de vermes e ratos de esgoto que pretendem instituir impostos para quem tem cachorrinhos de intimação em casa. Mesmo lado, tributo para mulheres que ficarem grávidas. Esses canalhas deveriam levar uma saraivada de balas no meio dos cornos. Ou queimados vivos em praça pública. Se pudesse, euzinha daria na cara deles, arrebentaria um por um, todos esses cânceres malignos, que a meu ver, deveriam estar consumindo os ossos nos quintos do inferno. Se tivéssemos um chefe de nação com aquilo roxo, e não um banana comandado por ‘uma primeira dama’ camuflada de deusa intocável, usque um ‘pau mandado sentado numa cadeira lá na espelunca que as pessoas teimam em chamar da mais ‘Alta Corte’ certamente a coisa seria diferente. Eis algumas soluções práticas e rápidas.
Apoio Imediato. Me farei repetitiva, para que
gravem na mente.
Abrigos: Prover acesso a abrigos seguros e
confortáveis, especialmente em emergências climáticas.
Alimentação: Oferecer refeições nutritivas e
regulares para suprir a necessidade básica de alimentação.
Apoio de Longo Prazo
Habitação: Implementar programas de habitação de
baixo custo ou ‘housing first,’ onde a moradia é oferecida antes mesmo de
resolver outros problemas, como desemprego ou dependência química.
Educação e Treinamento: Disponibilizar cursos de
capacitação profissional e treinamentos para aumentar as chances de emprego.
Saúde: Prover acesso gratuito à cuidados médicos, incluindo serviços de saúde mental e suporte para dependentes químicos.
Reintegração Social
Assistência Social: Acompanhamento personalizado
por assistentes sociais que ajudem os moradores de rua a navegar pelos serviços
disponíveis e a reintegrar-se na sociedade.
E o mais URGENTE. Para ontem. Inclusão Comunitária:
Programas que promovam a aceitação e a inclusão dos ex-moradores de rua nas
comunidades, delimitando oportunidades de voluntariado e atividades
comunitárias.
Prevenção
Políticas Públicas sérias: Criação de políticas que
abordem as causas da falta de moradia, como desemprego, desigualdade econômica
e falta de acesso à educação.
Suporte Familiar: Programas sérios e não simples organogramas que ofereçam suporte meia-boca as famílias em risco, prevenindo que pessoas sejam obrigadas a viver nas ruas.
A pergunta que não quer calar: existe Futuro para
Eles?
Certamente! Claro que existe. Só não vê os cegos, os almofadinhas, os deuses fabricados em laboratórios de putas, putos e vagabundos. Com o apoio adequado e a implementação de políticas eficazes, e não fajutas, mascaradas, feita nas camas de motéis caríssimos, os moradores de rua poderiam ter um futuro melhor. Muitos programas ao redor do mundo têm mostrado sucesso em ajudar pessoas a saírem das ruas e reconstruírem as suas vidas. A chave é a combinação de apoio imediato e de longo prazo, juntamente com um esforço contínuo de prevenção para ontem. Mais fácil que comprar aviões caros, reformar granjas a ‘tortos e as direitas,’ aumentar a segurança particular, cobrar impostos de cachorrinhos, ou de um peido que o cidadão soltou em seu banheiro, ou de uma boa cagada ou trepada. E por aí vai.
Existem, no contrafluxo, outras tantas soluções em
potencial e um futuro possível para os moradores de rua. A questão é complexa,
mas aqui estão algumas abordagens que podem ajudar a transformar essa
realidade:
Apoio Imediato (em repeteco), para que não fiquem
esquecidos
Abrigos: Prover acesso a abrigos seguros e
confortáveis, especialmente em emergências climáticas.
Alimentação: Oferecer refeições nutritivas e
regulares para suprir a necessidade básica de alimentação.
Apoio de Longo Prazo
Habitação: Implementar programas de habitação de
baixo custo ou "housing first," onde a moradia é oferecida antes
mesmo de resolver outros problemas, como desemprego ou dependência química.
Educação e Treinamento: Disponibilizar cursos de
capacitação profissional e treinamentos para aumentar as chances de emprego.
Saúde: Prover acesso gratuito a cuidados médicos, incluindo serviços de saúde mental e suporte para dependentes químicos.
Reintegração Social (também em repeteco).
Assistência Social: Acompanhamento personalizado
por assistentes sociais que ajudem os moradores de rua a navegar pelos serviços
disponíveis e a reintegrar-se na sociedade.
Inclusão Comunitária: Programas que promovam a
aceitação e inclusão dos ex-moradores de rua nas comunidades, incluindo
oportunidades de voluntariado e atividades comunitárias.
Prevenção
Políticas Públicas: Criação de políticas que
abordem as causas da falta de moradia, como desemprego, desigualdade econômica
e falta de acesso à educação.
Suporte familiar: Programas que ofereçam suporte a
famílias em risco, prevenindo que pessoas sejam obrigadas a viver nas ruas.
Sem me tornar chata. Existe Futuro para Eles? De
novo. Quanto mais falar, melhor.
Certamente! Com o apoio adequado e a implementação de políticas eficazes, os moradores de rua podem ter um futuro melhor. Muitos programas ao redor do mundo têm mostrado sucesso em ajudar pessoas a saírem das ruas e reconstruírem suas vidas. A chave é a combinação de apoio imediato e de longo prazo, juntamente com um esforço contínuo de prevenção.
Exemplos de Sucesso
Housing First, Estados Unidos: Programas em cidades
como Salt Lake City e Houston mostraram que dar prioridade à habitação para
moradores de rua pode reduzir significativamente a população sem-teto.
Atuação de ONGs: Organizações como a
"Crescer" no Brasil oferecem suporte abrangente, desde a alimentação
até a reintegração no mercado de trabalho.
Reflexão Final
A situação dos moradores de rua é desafiadora, mas não é sem esperança. Cada "alma viva" tem o potencial de reconstruir sua vida com as oportunidades certas e o apoio necessário. A compaixão, empatia e ação de todos eles são essenciais para transformar essa realidade.
Título e Texto: Carina Bratt, de Vila Velha, no
Espírito Santo, 12-1-2025
Almas ‘vivas’ e em profundo sofrimento eterno
[As danações de Carina – Extra] Só passei para agradecer
Na ‘apronta’ da língua
Sob a sombra de centenárias árvores o silêncio tardio se levantou
No espelho do meu quarto... a ‘re-descoberta’ de ser feliz
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