sábado, 18 de janeiro de 2025

Proibir viagem de Bolsonaro é vingança, não justiça

J.R. Guzzo

Foi mais um dos piores momentos na folha corrida cada vez mais extensa do atual STF – e mais um grande clássico do folclore judicial no capítulo das sentenças tão ruins, mas tão ruins, que transformam o juiz no único condenado do processo. Com a vida pregressa que tem, o STF não facilita para nenhum ministro a qualificação neste tipo de short list. Mas como não há limite para o pior, sempre é possível superar paradigmas e chegar lá. Mais uma vez, agora, quem sobe ao pódio é o ministro Alexandre de Moraes.

PGR considerou que a viagem de Bolsonaro para posse de Trump nos EUA não é “imprescindível”, pois “pretende satisfazer interesse privado”. Foto: Joédson Alves/EFE

A decisão, tomada por Moraes, de proibir a viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro para atender o convite que recebeu para a posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos leva o STF ao seu ponto mais baixo em termos de mesquinharia em estado bruto. Passa a fazer parte da coleção dos despachos mais sórdidos do tribunal – um ato oficial que não tem nada a ver com a prestação de justiça, não serve a nenhum interesse da ordem pública e não respeita a letra e o espírito do processo penal brasileiro.

O STF, por decisões e mais decisões como essa, foi reduzido à natureza de tribunal de ditadura africana – ou de modelos civilizatórios como os que há na justiça de Cuba, Venezuela ou Irã. Não serve o interesse público

A proibição da viagem de Bolsonaro é apenas um acesso neurótico de militância política extremista. Não serve a nenhum interesse da Justiça: é unicamente o uso do rancor, por parte de uma autoridade pública que tem a obrigação legal e elementar de ser imparcial, para realizar uma vingança turbinada por interesses políticos. Moraes atira em quem está caído e não pode reagir. Seu veto à viagem de Bolsonaro não é uma ação jurisdicional – é um ataque privado a um inimigo pessoal. É mais uma exibição de que está em seu cargo no STF, hoje, para ouvir palmas da extrema esquerda.

Em dois anos inteiros, pelo menos, de investigação implacável para incriminar Bolsonaro criminalmente, a Polícia Federal, hoje um serviço de segurança particular do STF, não conseguiu levantar o mais miserável fiapo de prova contra ele. O processo todo, por sinal, caminha para ser um dos maiores escândalos da história do Brasil, caso venha a ser exposto tal como é perante o mundo.

Apesar disso, e contra toda a lógica comum, é acusado implicitamente por Moraes de querer fugir do território nacional para se esconder na Casa Branca – a desculpa central que o ministro dá para proibir Bolsonaro de assistir à posse de Trump. 

O STF, por decisões e mais decisões como essa, foi reduzido à natureza de tribunal de ditadura africana – ou de modelos civilizatórios como os que há na justiça de Cuba, Venezuela ou Irã. Não serve o interesse público. Serve apenas para atender os interesses de quem manda no governo, e para ser atendido, por sua vez, pela máquina estatal. O ministro Moraes fala muito em “discurso do ódio”. A proibição da viagem de Bolsonaro mostra que o seu forte, mesmo, é praticar o ódio.

Título e Texto: J.R. Guzzo, Gazeta do Povo, 18-8-2025, 8h 

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4 comentários:

  1. Quem se vinga, destrói a própria casa.
    Texto Bíblico

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  2. Jornalista da CNN diz que o vídeo do PIX de Nikolas Ferreira foi o segundo mais visto do Planeta Terra, sendo assistido em 78 países!
    “Foi o segundo vídeo mais assistido do planeta Terra. Inclusive, assistido em 78 países”

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  3. Diante do quadro devastador que vemos todos os dias, daqui para pior. Sempre. O país conhecido como brazzzil não tem lei, tem demagogos, malandros, salafrários, patifes e oportunistas, safardanas e enganadores. Ladrões covardes que roubam, que assaltam a própria CONSCIENCIA. Essa desgraça que aí está, que faz e desfaz, é além de caneteiro, é deus e juiz, promotor e meirinho, ditador e servidor de cafezinho, limpador de chão de banheiro é intocável. Enfim, esse câncer, é sobretudo chefe de uma instituição falida, fodida, anarquizada, destrambelhada, sem eira nem beira, onde apenas os seus pares (um bando de velhos mal-amados, estropiados, mais prá lá do que para cá,) se engrandecem, se juntam numa corte cortada, rasgada ao meio, para mostrar ao mundo (ao mundo deles) que existem, que são poderosos e fazem o que der na porra da telha. São os tais. Esses vermes não vão morrer. Serão eternos, e nunca prestarão contas de seus atos. Esses ratos de esgoto, acreditam piamente ter vida própria. Rasgaram a constituição. Aliás, ela nunca existiu. Pisotearam os códigos, enfiaram a demo (demo) cracia na privada e deram descarga. O Estado democrático de direito é uma farsa. Um engodo. Uma piada. Prova disso, o 8 de janeiro. A fabulosa tentativa de golpe às sedes dos Três Fuderes -, perdão -, Três Poderes. Como o povo é idiota, imbecilizado, pau mandado, esses infames do foder -, ou melhor -, do poder, fazem o que quer ou o que lhes dá na bosta da telha. E assim será até o fim dos tempos... que ninguém sabe dizer quando será. O povo sofrido, em repeteco, é imbecilizado, idiotizado rampeiro, baixo, fraco, depauperado. A droga do país está pegando fogo, mas enquanto houver futebol, carnaval e putaria, nada por aqui entrará nos trilhos. Existe um ditado antigo citado por Wander Pirole em seu livro “A mãe e o filho da mãe” que ressalta bem esse momento que estamos vivendo: “não há mal que sempre ature, nem bem que nunca se acabe”. Mesma frase aparece também no livro “O sertão vai virar mar” de Moacyr Scliar. Repetindo, como o brasileiro não lê, não se recicla, não se aprimora, não toma vergonha na fuça, é um zero à esquerda, os espertalhões seguem radiantes e intocáveis. Mais legal, mais fácil, mais prazeroso ficar fazendo filho no celular, ou fodendo a mente no Instagram ou batendo uma punheta no Tik Tok que pegar um livro e ler. Os poderosos querem burros e tapados. Cavalos e mulas, éguas e jumentos. Quanto mais, melhor. Pessoas inteligentes, de visão além do impossível, ou de alcance infinito, viriam estragar as suas cachorradas e mandos.
    Aparecido Raimundo de Souza
    Da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.

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  4. Faço minhas, ipsis litteris as palavras de Aparecido Raimundo de Souza, logo acima, acrescentando ainda que os ladrões, os animais, as bestas feras, os infames e devassos, os vândalos e caneteiros, a cada novo dia, crescem e se propagam; se disseminam e se vulgarizam como ratos de esgoto -, igualmente como vermes e lombrigas, também e principalmente como doenças incuráveis e contagiosas, num ir e vir sem vacinas e sem médicos que deem de cara com a cura prodigiosa para que todos nós, um dia, possamos gritar, aliviados e sem medo -, 'milagre.' O país 'brasil' afundou de boca e bunda, num mar de lamas. A nação virou um barril de merda. Vegetamos uma tragédia sem precedentes. E não existe nenhum santo que desça do céu e consiga fazer um milagre. Estamos, a bem da verdade, 'fodidos e estropiados, ' pior, sem Deus. Vivemos um inferno de portas abertas, onde os diabos e capetas, os cornos e veados unidos pelos rabos e de mãos dadas, se alastram soltos e a bel prazer de suas danações surreais, notadamente em busca de desgraças maiores. Coisas piores virão. É questão de tempo. Pobre povo brasileiro, ou melhor, pobre 'ovo' brasileiro, pobre brasil. Nefasto e degradante governo de bosta, de excremento, de covardes e sacripantas. Acho que a nossa terrinha nunca terá a paz que todos almejamos. Deveria, ao menos, gozar da paz tranquila, já que o brasil faleceu faz bom tempo. E bota tempo nisso!
    Carina Bratt da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.

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