terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Maracanã, Nilton Santos e São Januário estão entre os estádios mais sujos do Brasil, aponta estudo

Levantamento revela falhas na manutenção dos templos cariocas; Maracanã é o mais bem posicionado entre eles

Quintino Gomes Freire

Um estudo inédito do Bolavip Brasil, que analisou mais de 5.800 comentários de usuários do Google sobre os 18 estádios que sediam jogos da Série A do Campeonato Brasileiro, revelou que três dos principais estádios do Rio de Janeiro estão entre os mais sujos do país: Nilton Santos [foto], São Januário e o Maracanã

Foto: Cleomir Tavares/Diário do Rio

O levantamento destaca a posição desconfortável do Nilton Santos, casa do Botafogo, como o estádio mais sujo do Brasil, com 6,66% dos comentários avaliados contendo palavras relacionadas à sujeira. São Januário, do Vasco, aparece logo em seguida, em 17º lugar, com 6,42%. Já o Maracanã, ícone do futebol mundial, ocupa a 15ª posição, com 5,83%.

Nilton Santos lidera o ranking negativo

Estádio Nilton Santos, amplamente conhecido como Engenhão, foi o pior avaliado no estudo. De 360 comentários analisados, 24 continham palavras como “sujo”, “malcheiro” ou “imundo”. O estádio não apenas recebe partidas do Botafogo, mas também grandes eventos, como shows, o que pode ter contribuído para as críticas.

A falta de manutenção de banheiros, arquibancadas e áreas comuns foi apontada como um problema recorrente. Apesar de ser uma arena moderna, construída para o Pan-Americano de 2007, o Nilton Santos tem enfrentado desafios para manter sua infraestrutura em condições adequadas.

São Januário e os desafios de um estádio centenário

São Januário, com quase 100 anos de história, ocupa a segunda pior posição do levantamento. Entre os 358 comentários analisados, 23 mencionaram problemas de limpeza, incluindo reclamações sobre banheiros e arquibancadas. O Vasco da Gama já manifestou planos de construir um novo estádio para modernizar sua estrutura e resolver problemas históricos, mas enquanto isso não ocorre, as críticas seguem acumulando.

Maracanã: ícone global, mas com problemas de manutenção

Embora o Maracanã tenha uma posição menos negativa em relação ao Nilton Santos e São Januário, a 15ª colocação no ranking ainda é preocupante. Com 5,83% dos comentários apontando problemas relacionados à sujeira, o estádio mais icônico do Rio de Janeiro sofre com críticas sobre banheiros, corredores e áreas externas.

Palco de eventos históricos, como a final da Copa do Mundo de 2014 e a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, o Maracanã precisa enfrentar o desafio de manter sua estrutura à altura de sua reputação global.

Contexto nacional: Rio de Janeiro em desvantagem

O estudo também apontou os estádios mais limpos do Brasil, liderados pela Neo Química Arena, do Corinthians, com apenas 0,83% de comentários negativos, e a Arena MRV, do Atlético-MG, com 0,9%. Ambos destacam-se pela modernidade e pelo investimento constante em manutenção.

Enquanto isso, os estádios cariocas, com exceção de arenas reformadas recentemente, como o Maracanã, continuam enfrentando dificuldades para oferecer uma experiência satisfatória aos torcedores.

Ranking dos estádios cariocas no estudo

·         Nilton Santos (Botafogo): 6,66% – 18º lugar (última posição).

·         São Januário (Vasco): 6,42% – 17º lugar.

·         Maracanã (Flamengo/Fluminense): 5,83% – 15º lugar.

Os estádios mais limpos do futebol brasileiro (percentual de “comentários sujos”):

1 – Neo Química Arena (Corinthians): 0,83%
2 – Arena MRV (Atlético-MG): 0,9%
3 – Barradão (Vitória): 2,47%
4 – Beira-Rio (Internacional): 2,77%
5 – Arena do Grêmio (Grêmio): 3,05%
6 – Mineirão (Cruzeiro): 3,33%
7 – Fonte-Nova (Bahia): 3,33%
8 – Campos Maia (Mirassol): 3,58%
9 – Vila Belmiro (Santos): 3,67%
10 – Ilha do Retiro (Sport): 3,73%
11 – Alfredo Jaconi (Juventude): 3,79% 
12 – Allianz Parque (Palmeiras): 3,88%
13 – Castelão (Ceará/Fortaleza): 3,88%
14 – Nabi Abi Chedid (RB Bragantino): 4,36%
15 – Maracanã (Flamengo/Fluminense): 5,83%
16 – Morumbi (São Paulo): 6,38%
17 – São Januário (Vasco): 6,42%
18 – Nilton Santos (Botafogo): 6,66%

Título e Texto: Quintino Gomes Freire, Diário do Rio, 27-1-2025 

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