segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Elon Musk e Alice Weidel: A política do “senso comum” que pode “salvar” a Alemanha

Paulo Hasse Paixão

Elon Musk e Alice Weidel discutiram na semana passada a visão do AfD para reavivar a Alemanha através de políticas pró-empresariais, soluções energéticas equilibradas e valores libertários, desafiando as narrativas dominantes e apelando ao fim do declínio económico e cultural do país. 

O bilionário tecnológico norte-americano Elon Musk conversou com Alice Weidel, co-líder do partido alemão Alternativa para a Alemanha (AfD), durante uma conversa muito aguardada no X Spaces, na quinta-feira, para discutir questões críticas que a Alemanha enfrenta e defender a razão pela qual, tanto na opinião dela como na de Musk, o partido constitui a única hipótese de “salvar” o país.

O amplo diálogo permitiu que Weidel falasse diretamente ao público global sobre as políticas defendidas pelo AfD como o controlo da imigração, a redução da regulamentação estatal, uma estratégia energética equilibrada com ênfase na energia nuclear. Os interlocutores discutiram também a importância das plataformas tecnológicas que permitem o acesso ao fórum público sem a funesta interferência e influência da imprensa corporativa. 

De fronteiras abertas e centrais nucleares fechadas.

Weidel criticou a antiga chanceler Angela Merkel, rotulando-a como a primeira “chanceler verde” da Alemanha e acusando as suas políticas energéticas e de imigração de “arruinarem” a nação. Numa tirada mordaz dirigida à administração de Merkel, afirmou:

“Ela impôs, sem pedir ao povo, a abertura das nossas fronteiras à imigração ilegal e destruiu a nossa espinha dorsal com uma política energética detestável. A Alemanha é o único país industrial que desligou as suas centrais nucleares”.

A co-líder da AfD mostrou um desdém semelhante pela atual administração de esquerda liderada pelo Partido Social Democrata (SPD), criticando o seu abandono progressivo da energia nuclear numa altura em que o mercado energético europeu estava mais vulnerável e afirmando a este propósito:

“Desligaram a última central nuclear para criar ainda mais escassez de energia, por isso, ou são muito estúpidos ou odeiam o seu próprio país.”

(…)

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