quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Contrição de Zuckerberg e censura de Ursula

Telmo Azevedo Fernandes

O dono do Facebook, Mark Zuckerberg, tornou ontem pública uma mensagem em que confirma ter cedido à pressão dos governos e dos meios de comunicação mainstream para exercer fortíssima censura. Disse ainda que os chamados polígrafos ou verificadores de factos foram politicamente tendenciosos e destruíram a confiança na sua rede social. Já em agosto passado tinha revelado que a Administração Biden e de Kamala Harris e até o próprio FBI tinham dado instruções ao Facebook para remover conteúdos online que consideravam politicamente inconvenientes.

Agora Zuckerberg admitiu que o Facebook praticou censura e desvirtuou de forma drástica a informação na internet e afirmou que a sua empresa colaborou no silenciamento de opiniões e na exclusão de pessoas com ideias diferentes. Curioso também que o magnata tecnológico tenha informado que deslocará parte das equipas do Facebook para áreas geográficas onde os seus recursos humanos sejam menos afetados pela cultura de preconceito contra liberdade de expressão, sendo que a censura e o cancelamento são o cerne da nefasta, perigosa e pestilenta cultura woke e do “politicamente correto”.

Mas não nos deixemos enganar: tudo isto soa a cinismo e hipocrisia de Zuckerberg. Durante anos a fio o Facebook foi cúmplice e atuou com dolo na tentativa de transformação da sociedade numa comunidade pidesca de delatores e execráveis criaturas sempre dispostas a vitimizarem-se e a sentirem-se oprimidas com a liberdade de expressão. Parece que só quando se apercebeu da possível vitória de Donald Trump e, depois, da sua efetiva eleição é que Zuckerberg se lembrou que o valor da liberdade de expressão é fundamental numa democracia e sociedade civilizadas. Tivesse Kamala Harris sido eleita presidente e Zuckerberg estaria neste momento a defender mais restrições e mais ferramentas censórias em nome do mendaz suposto combate à desinformação e extremismo.

Entretanto, a contraciclo e percorrendo um caminho de decadência, a Comissão Europeia ameaça censurar preventivamente uma conversa em direto na rede social X entre Elon Musk e Alice Weidel, a colíder do partido de direita alemão AfD. Isto porque os eurocratas de Bruxelas acham que as ideias da responsável do partido que as sondagens indicam poderá ser o vencedor das eleições gerais no mais importante país da Europa, violam as regras que a Comissão definiu sobre o que se pode dizer no espaço público.

Quem, nomeadamente em Portugal, apoiou e apoia a Comissão de Ursula von der Leyen deveria ter vergonha na cara por pactuar com tiranetes e fomentar a violação dos mais básicos direitos humanos.

A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

Título, Texto e Vídeo: Telmo Azevedo Fernandes, Blasfémias, 8-1-2025

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