sábado, 8 de janeiro de 2011

Varig ficou à mercê de conveniências políticas, revela WikiLeaks


Ronaldo D'Ercole
Concentrado em ajustar gastos e impulsionar os investimentos nos programas sociais, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva não "pensava nem desejava" montar um plano de salvamento para a Varig, que no final de 2004 ainda era a maior companhia aérea do país, mas já apresentava sérios problemas que ameaçavam sua sobrevivência. Apostava-se então no governo, numa solução de mercado. No ano seguinte, 2005, quando a situação só piorava, o governo tentou ajudar, apoiando uma saída pela iniciativa privada. Mas quando ficou claro o risco real de quebra da empresa, que colocaria na rua seus 20 mil empregados, a ficha caiu.

Pressionado pelos credores da Varig, entre eles Petrobras e Infraero, o governo decidiu intervir. Mas com a eclosão do escândalo do mensalão, no primeiro semestre de 2005, e a proximidade do ano eleitoral de 2006, as ações relacionadas à Varig passaram a ser tomadas ao sabor das conveniências políticas, selando o destino de uma empresa que durante anos foi um dos ícones do país no mundo.

A agonia da Varig foi acompanhada de perto pelos diplomatas americanos, que criticaram a indecisão do governo, segundo uma série de 13 telegramas da Embaixada dos EUA enviados ao Departamento de Estado americano e divulgados ao GLOBO pelo site WikiLeaks. A correspondência foi trocada entre 2004 e 2006, auge da crise da Varig e do escândalo do mensalão. Numa dessas correspondências, o ministro conselheiro da Embaixada dos EUA em Brasília, Phillip Chicola, descreve detalhadamente as situações de Varig e Vasp - que pararia de voar no início do ano seguinte - e diz que apesar dos rumores de que sairiam em socorro da empresa, as autoridades nada faziam.

A explicação "retórica" dada por "uma fonte do Planalto" é citada: "porque um governo dirigido por um presidente de partido trabalhista deveria subsidiar uma empresa mal administrada que serve à elite (os pobres não tem dinheiro suficiente para voar) enquanto não subsidia outros meios de transporte mais usados pelos trabalhadores (ônibus e metrô)".

Escolha de ex-genro de FHC "teria precipitado fim"
O ex-vice presidente José Alencar, então Ministro da Defesa, é citado por ter definido a situação da empresa como um "horror". Num telegrama classificado como "confidencial", de junho de 2005, o embaixador dos EUA no Brasil, John Danilovich, descreve as tentativas que vinham sendo feitas para equalizar as dificuldades da Varig.

"Enquanto o vice-presidente José Alencar, a principal autoridade tratando do caso Varig, hesita entre socorrer a companhia e deixar que 'o mercado resolva a situação', a escolha dos novos diretores da empresa pode ter precipitado seu fim, no seu resgate", adverte Danilovich, referindo-se à nomeação de Davi Zylbertajn, para presidir o conselho de administração da companhia, que além de ex-genro do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso seria muito próximo ao PSDB.

Nessa fase, em que a Fundação Rubem Berta se afastou da direção da empresa e contratou profissionais da iniciativa privada, como Henrique Neves (ex-Telemar) e Omar Carneiro da Cunha (Ex-executivo-chefe da Shell no país), o governo Lula, segundo os telegramas, concordara em pagar US$ 1 bilhão à Varig para encerrar o processo que a empresa movia na Justiça contra o governo.

"Lula pode ter determinado a seu pessoal que trabalhe no resgate da empresa, mas diante de todos os problemas e interesses será uma tarefa espinhosa, especialmente com as preocupações crescentes das principais autoridades do governo com o escândalo de corrupção em curso", escreveu o embaixador, no final do telegrama.

Governo acusado de manter processo encalhado
Numa correspondência de outubro daquele ano, Danilovich mostra-se surpreso com o recuo do governo, que decidiu não mais liberar US$ 1 bilhão da sua dívida com a Varig, que antes fora apresentada como "essencial à sobrevivência da empresa". Na missiva, o diplomata indaga: "Governo brasileiro intervém na Varig: muito pouco, tarde demais?", ou "Morte lenta ou sopro da morte?".

Danilovich conta que o polêmico fundo americano Matlin Patterson, que havia apresentado uma proposta de comprar a VariLog por US$ 130 milhões, vinha sendo chamado de "abutre" pela imprensa local. E cita a observação de um "contato" da embaixada. "É irônico que o Matlin Patterson seja considerado abutre quando o BNDES oferece somente US$ 103 milhões para a compra, além da VariLog, a VEM (a empresa de engenharia e manutenção da Varig) e pelo Smiles (programa de milhagem)".

Às véspera da reeleição de Lula, em 2006, quando a Justiça do Rio protelava decisões sobre o leilão, e as operações da Varig, então protegida pela Lei de Falências, entrava em colapso e o governo mais confundia do que ajudava a resolver o imbróglio, um oficial da embaixada fecha uma longa descrição do quadro. Antes, Philip Chicola, diplomata que assina o documento, diz que o juiz Luiz Roberto Ayoub, da Primeira Vara Empresarial do Rio, que cuidava do caso, estava "matando a Varig com gentileza". Para concluir: "Está incrivelmente claro que as pressões do governo neste ano de eleição são a única coisa capaz de manter este processo 'encalhado'".
Ronaldo D'Ercole, O Globo, 08-01-2011

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19 comentários:

  1. Comentário de Luiz Sotomayor (via e-mail:

    … sabíamos que estavam com projetos de beneficiar a Tam, Zé Dirceu , etc , e essa versão não aparece nessa interessante maneira de ver o nosso exterminio ; os controladores, desde os da fundação até o genro de FHC, certamente acham graça da nossa desgraça, já que todos eles "se deram muito bem" no processo; já os trabalhadores e os aposentados foram jogados na lata do lixo trabalhista num governo dito dos trabalhadores e com a ajuda sinistra de um "anjo da guarda" muito bem descrito nesse email ; e segue a aviação civil brasileira no mais absoluto descontrole, tanto que foi aparelhada a Anac ; e porcaria por porcaria deixassem o velho DAC com todos os vícios e incompetências, eram melhores que essa famigerada agência ; e nós, oh..... ???

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  2. Um a um,todos que colaboraram com essa tramóia,irão definhar como a Varig agonizou.Foram 20 mil pessoas destruidas.Pouco a pouco(josé Alencar é o primeiro)irão secar,definhar...Lula,Dilma,Dirceu...todos terão um fim bem doloroso e vagaroso(vide o Alencar).Logo que ele falecer,mais um será atingido pela maldição,e um por um,todos vão pagar bem caro por isso.

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  3. Comentário de Ricardo Dias, por e-mail:
    EAE PESSOAL!
    NÓS JÁ SABÍAMOS, MAS É MUITO BOM QUE ISSO CIRCULE, POIS MUITA GENTE NÃO SABE DA MISSA A METADE.
    HOJE SOU TAXISTA, E 95% DAS PESSOAS COM QUEM FALO A RESPEITO, ACHAM QUE TUDO FOI RESOLVIDO, E SEQUER IMAGINAM QUE NÃO FOMOS INDENIZADOS.
    ABRAÇO A TODOS
    RICARDO

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  4. O Governo dito dos Trabalhadores levou a todos os trabalhadores da Varig para a rua da miséria. Destruiram uma das maiores empresas aéreas que este País já teve. Agora o Povo se contenta com as que tem agora e que não chegam aos pés da grande Varig. Os nossos algozes um dia terão que prestar contas a Deus pelo que fizeram e este dia haverá de chegar.
    Lula e sua turma destruiram sem pé e nem piedade a VARIG e levaram de roldão tanto aposentados e pessoal demitidos da Varig para o fundo do poço, mas eles não escaparão do dia de prestar contas a DEUS. Porque DEUS está vendo tudo e Ele saberá julgar direitinho todos aqueles que foram nossos algozes.

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  5. De Paulo Maurício:
    "Mandei para O Globo: O que parece ter sido 'descoberto' pelo Wikileaks já era do conhecimento de quase todos os colaboradores da VARIG. Sempre foi extremamente clara para nós a posição do governo em não só deixar de ajudar a Empresa nos piores momentos como dar-lhe, se possível, um empurraozinho para o abismo. A administração equivocada foi sempre a grande justificativa para que a maior empresa de aviação do hemisfério sul saísse pista e 'fosse para o espaço'. Mas não deixemos de separar as coisas: A gestão caótica da FRB e a maior competência técnica da industria aeronáutica. O mercado aeronáutico internacional sempre foi unânime em considerar a Varig a maior empresa aérea da América do Sul e uma das maiores do mundo. Haja vista que dezenas de empresas internacionais faziam o treinamentio de seus tripulantes no Centro de Treinamento da Varig no Rio de Janeiro. A segurança e a manutenção das aeronaves sempre foram um destaque reconhecido por todos, até os últimos dias. A dedicação dos funcionários era emocionante, quando a tripulaçao fazia 'vaquinha' entre si para comprar café e sanduíches a serem servidos a bordo, quando já não havia mais nada nos cofres.
    E somos nós, ex-funcionários e aposentados pelo Aerus que estamos sofrendo até hoje. Não os 'top-dogs' da administração. Estamos esperando o julgamento final sobre o caso do Aerus, enquanto a vida de muitos está se esvaindo. Mas o governo continua a ignorar o sofrimento de todos que dedicaram suas vidas ao maior ícone da aviação brasileira até hoje. Parece que não basta que a Varig tenha morrido. Resta cremar um por um dos que trabalharam nela."

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  6. "Por que um governo liderado por um presidente do Partido dos Trabalhadores deveria subsidiar uma empresa mal administrada que atende a elite?"
    Relato de argumento que o então embaixador dos EUA em Brasília, John Danilovich, disse ter ouvido de fonte palaciana em 2004 para o governo não socorrer a Varig.
    Na Folha de São Paulo, 08-01-2011

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  7. Publicado na Folha de São Paulo, em 08-01-2011:

    Eleição fez Lula adiar solução para Varig
    Telegramas da diplomacia dos EUA revelam que governo não queria socorrer empresa porque "pobre não viaja de avião"
    Alencar teria relatado, em reunião com executivos da Boeing, planos para dividir Varig entre TAM e Gol
    MARIANA BARBOSA
    DE SÃO PAULO
    O governo Lula prolongou a agonia da Varig por cerca de dois anos, temendo a repercussão negativa que a quebra da companhia provocaria nas eleições de 2006.
    A revelação consta nos telegramas enviados pela Embaixada dos EUA em Brasília para Washington e obtidos pelo site WikiLeaks.
    A análise sobre a preocupação eleitoral foi construída com base em conversas do embaixador John Danilovich com o vice-presidente e ministro da Defesa na época, José Alencar, e mais fontes não identificadas do Planalto.
    O caso Varig é citado em ao menos 13 telegramas. Na maioria, os diplomatas mostram preocupação com temas de interesse das empresas dos EUA de aluguel de avião, como a ILFC e os braços financeiros de Boeing e GE, credores da Varig.
    O caso Varig, em especial a condução da venda em leilão judicial, foi considerado "bizantino" pelos americanos, que também ironizaram a incoerência entre o discurso e a prática do governo Lula.
    O governo dizia que não ia ajudar, mas prolongava a agonia -por meio das estatais Infraero (que administra aeroportos) e BR Distribuidora (fornecedora de combustível)- ao renovar linhas de crédito ou tolerar a falta de pagamentos.

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  8. ELITE
    O embaixador Danilovich também conta ter ouvido de fonte palaciana, em dezembro de 2004, argumento que justificaria a atitude de não socorrer a Varig: "Por que um governo liderado por um presidente do Partido dos Trabalhadores deveria subsidiar uma empresa mal administrada que atende a elite (o pobre não tem dinheiro para voar)?"
    Os telegramas trazem ainda uma revelação. Segundo o relato de Danilovich, em dezembro de 2004, durante reunião com o vice-presidente da Boeing, Thomas Pickering, Alencar afirmou que uma das soluções em estudo seria dividir a parte boa da Varig entre TAM e/ou Gol.
    A Gol não tinha aparecido publicamente como parte de solução em estudo pelo governo. Porém a empresa acabou sendo a solução ao adquirir a Nova Varig, em 2007.
    A aquisição evitou, mais uma vez, a falência da companhia, ameaçada pela disputa entre os sócios brasileiros e o fundo Matlin Patterson, dos EUA.
    Na conversa, Alencar classificou de "um horror" a situação financeira da Varig. Adiar uma solução para o caso Varig, segundo relatos que o embaixador diz ter colhido, teria outra vantagem, além da questão eleitoral: dar tempo para TAM e Gol se prepararem para assumir as rotas internacionais.

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  9. VILÃO
    Em 10 de junho de 2005, com a pressão dos credores donos de avião aumentando, Danilovich declarou: "Antevemos que a atual crise rapidamente se tornará muito pública e muito confusa".
    Quatro dias depois, o embaixador era procurado pela Varig, à época liderada por David Zylbersztajn e Omar Carneiro da Cunha, que lhe fez apelo para tentar impedir que a ILFC entrasse com ação de retomada de aviões por falta de pagamento.
    Como o embaixador não se comprometeu, em 17 de junho, data em que a ILFC planejava retomar as aeronaves, a Varig entrou em recuperação judicial -ficando protegida do arresto dos aviões.
    A ILFC, subsidiária da seguradora AIG, era o credor americano mais aguerrido. A Boeing, parceira antiga da Varig, apoiou o plano. Não por benevolência, mas por questão de imagem.
    "Dada a popularidade da Varig no Brasil, a Boeing não queria ficar com a fama do vilão que levou a empresa à falência", escreveu o encarregado de negócios Philip Chicola em julho de 2005. Esse papel coube à ILFC.
    Os informes constam nos milhares de despachos diplomáticos que o WikiLeaks começou a divulgar em novembro. A Folha e outras seis publicações têm acesso ao material antes da divulgação no site da organização (www.wikileaks.ch).

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  10. Já disse várias vezes e escrevi por aqui e por ali, também várias vezes, que NADA devemos esperar do PT: presidente ou presidenta, sindicatos, ministros, advogados, militantes e, os mais perigosos, os "camuflados" - aqueles que não parecem, mas são!
    Digo isto, não para estar certo, nem para ter razão; nem para apostar, nem para provocar. Simplesmente para incentivar e estimular os prejudicados como eu a utilizarem outros caminhos, meios ou práticas (que não as que vêm do PT!) que possam nos ajudar a resolver o nosso drama! Nisso e por isso, eu torço demais, claro!

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  11. Aposentado AERUS solta a sua raiva:
    http://jimpereira.blogspot.com/2011/01/varig-no-wikileaks-aposentado-solta-sua.html

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  12. De Faustino Albano Pereira Junior:

    O desaparecimento da VARIG S. A. ainda é pouco compreendido pela população em geral. A tragédia castiga dezenas de trabalhadores que estão abandonados em seus direitos e assistência social, e faz agonizar um setor estratégico em qualidade de serviços para a população e eficiência ao desenvolvimento do pais.
    A matéria reveladora, de Mariana Barbosa, publicada na Folha de São Paulo, em 08 de janeiro de 2010, confirma o que muitos não conseguiam à época enxergar ou, admitir.
    A despeito de uma administração de desempenho discutível, a VARIG S.A. protagonizou um enredo ao qual muitas grandes empresas brasileiras sucumbiram, decorrente de uma época instável , décadas de 80 ao início do século 21, da moratória nacional, da instabilidade na paz internacional, da inconsistência política e econômica nacional. Muito embora nem todas tenham desaparecido, a VARIG S.A. não foi a única a sucumbir!
    Além da questionável qualidade de sua administração e das divergências internas de seus controladores, a companhia também não resistiu a um governo executivamente imaturo que confundiu, e não soube distinguir, ideologia, interesses públicos nacionais e interesses privados em geral, e que, desgraçadamente, também não soube compreender o papel do setor da aviação comercial no contexto de desenvolvimento social e econômico do pais.
    A complexidade da operação da VARIG S.A e de sua situação empresarial estava além da competência de qualquer equipe de administradores e mais ainda de um governo com personagens de interesses discutíveis e competência limitada frente à complexidade, dimensão e natureza do problema . Como resultado, as conseqüências até hoje maculam o segmento aeroviário, carente de liderança empresarial , e frente a uma coordenação geral (leia-se ANAC) também fruto da igual cegueira e incompreensão do setor.
    A VARIG S.A. desapareceu, mas a agonia do setor permanece, o que indica que nem todas as mazelas estão resolvidas. Como os ex- funcionários da VARIG S.A. também não usavam e não usam o avião, quem sabe, agora os políticos possam corrigir os erros cometidos frente aos trabalhadores do setor, e resgatar o prestígio a um setor que já teve a tradição de ser respeitado internacionalmente por décadas e décadas.
    Faustino Albano Pereira Junior
    Diretor Executivo da VARIG S.A no período de 2003 a 2010

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  13. De Fernando Gabeira, n'O Estado de São Paulo, 08-01-2011:
    Quase sempre, quando há solenidade importante, com presença de autoridades, aparece um grupo de aposentados da Varig com cartazes afirmando que foram abandonados assim como foi a empresa. Uma série de 13 telegramas da Embaixada americana no Brasil, divulgada pelo Wikleaks, confirma esta de denúncia. Aliás, como grande parte dos vazamentos, trata-se de algo que todos sabiam. O governo hesitou entre salvar a Varig e entregá-la à iniciativa privada. Naquele momento, estava pressionado pela crise do mensalão e se recusou a repassar para a empresa R$1 bilhão, relativo à divida oficial com ela.
    A crise aérea, com atrasos, greves de controladores e a incapacidade da Anac foram alguns dos temas dos telegramas críticos. De fato, o governo Lula não respondeu como devia às necessidades do setor. Nem as companhias, que ficam meio escondidas na história, mas também são responsáveis.
    Um dos mais interessantes telegramas revela uma fonte do Planalto justificando ideologicamente o abandono da Varig: por que financiar a elite se os pobres andam de ônibus e metrô? Esta fonte não podia imaginar que o setor estava crescendo e os pobres, progressivamente, teriam acesso ao meio de transporte mais rápido. Se a justificativa for sincera, como explicar o foco no trem-bala agora, etapa em que grande parte das populações metropolitanas ainda sofre com o transporte cotidiano?
    Foi um erro deixar a Varig morrer. Não sei se resistiria ao novo momento da aviação brasileira. Mas a verdade é que saneada, a empresa teria chance num mercado que cresce 20 por cento ao ano. Os americanos mencionam o mensalão e dúvidas sobre o papel no estado como elementos que inibiram o governo. Os aposentados e funcionários, as vezes, vão mais longe e insinuam que interesses comerciais também tiveram peso. É o tipo de história que ainda levará algum tempo para ser contada com precisão.

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  14. De Graça Carrilho:

    Olá, guerreiro!
    Olhando o seu blog e nossa comunidade, leio os últimos comentários sobre a transação em socorrer a NOSSA VARIG.
    Estive com o José de Alencar em 2010, numa exposição na Barra onde ele se fez presente. Estava lá atrás para ganhar CR$ 50,00 reais que me foi pago 60 dias depois, onde fiquei durante 8hs, sem alimentação.
    Tendo a oportunidade de estar tão perto do vice-presidente da Replubica, não me contive e numa folha "psicografei" pois o momento me exegia rapidez. Nesse papel colocava toda a nossa situação dramática, não falei em causa própria que vc bem conhece e sim na classe dos injustiçados vivos e falecidos.
    Burlei toda segurança e estive olho no olho com o vice, confesso que naquele momento existia muita emoção, pelo menos da minha parte, vendo aquele ser lutando bravamente pela vida.
    Entreguei a carta e tive a oportunidade de ver pararem o carrinho que o transportava e ele ler...logo depois colocou no bolso.
    Tinha lá um profissional do Mato Grosso que conseguiu fotografar esse momento e me enviou a foto.
    Fico aqui pensando..não estamos nós tambem lutando em sobreviver? Muitos se foram sem ter uma morte digna, por falta de condições financeiras para custear um tratamento. Os sobreviventes continuam passando por necessidades e ficando doentes fisica e mentalmente.
    Será que a emoção que senti por um ser humano que luta ainda pela vida, não causou um pingo de sensibilidade por uma classe que tanto representou para o nosso BRASIL arriscando suas vidas?
    É lamentável tudo isso... mas desejo que José de Alencar, tenha saúde e toda condição de um tratamento digno eficaz. Isso não faltará.
    GUERREIRO, somos nós que lutamos sem RESPEITO e JUSTIÇA.
    Graça Carrilho

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  15. Pensionista do Aerus entrega carta ao ex-Vice-Presidente (com a foto)
    http://jimpereira.blogspot.com/2011/01/pensionista-do-aerus-entrega-carta-ao.html

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  16. Quanta firula para dizer que as diretorias da varig/fundação foram sempre impiedosas conosco. Até a última diretoria, a que rapou ilegalmente a micharia que restou nos cofres após o pagamento pela venda, a título de "seus próprios direitos trabalhistas". Eu teria vergonha de meter a mão nesse dinheiro, diante de tantos necessitados que ficaram no rastro da Pioneira.

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  17. Quem dentro do governo Lula seria o autor da frase "Por que um presidente do Partido dos Trabalhadores teria que salvar uma empresa que atende a elite, pobre não viaja de avião". Eu aposto que foi do "cumpanheirão, comunistão" Marco Aurélio Garcia, a frase é a cara dele. Ele continua aí, mandando e desmandando. Posso estar enganado. PFdeM.

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