Aparecido Raimundo de Souza
A nossa constituição,
teoricamente, garante os direitos completos e sem restrições, inerentes a todos
os cidadãos. Teoricamente, ou supostamente. Na prática, uma merda.
Tanto é verdade, que
não esbarramos, nas ruas, com nenhum dos defensores dessas prerrogativas em
correria daquilo que realmente teríamos assegurado por garantia dessa imundície
conhecida como Carta Maior.
Na verdade, a coisa
fica só na doutrina, na erudição, na catequese. Quem constantemente sai
prejudicado é o proletariado que paga seus tributos e desconta os impostos para
a Receita Federal.
A Carta Maior serve
ainda (aliás, essa é a sua única função) para abonar, sustentar, endossar os
direitos de todos os bandidos e cafajestes que mantemos em Brasília.
Fora do Epicentro,
impera a manobra, comanda um camuflado sociologismo procrastinador de esquerda,
onde a total omissão e a carência das autoridades predominam de forma
desapiedada e incremente.
Nessa linha, destaca e
se sobrepõe, de maneira esfacelada e inexorável. A cada dia que passa as
pessoas são violentadas material e psicologicamente.
Ao contrário dos
crápulas vagabundos e safardanas do senado, da câmara, e de outras pocilgas e
chafurdeiros, desfrutam belos e formosos, de fartas seguranças particulares até
para irem ao banheiro.
No geral, a população,
os “Zés Bundinhas” e as “Maricotas Desengonçadas”, os que realmente mais sofrem
com essas barbáries e retardos, danos inconcebíveis e irreversíveis.
O que a população em
geral exige desses pilantras e salafrários que “governam em nosso nome” é muito
pouco e de fácil abrangimento. Não se faz, em momento algum, a remoção de céus
e mares para se conseguir. Tampouco precisaria o Estado gastar rios de dinheiro
ou aumentar os preços das cestas básicas, dos combustíveis ou quaisquer outros
itens indispensáveis à sobrevivência dos milhares e milhões de pobres e
desgraçados.
Estamos falando,
senhoras e senhores, de SEGURANÇA. O que os vigaristas de Brasília desfrutam de
sobra e de graça, ou melhor, às nossas custas. O povo quer estar livre dos
perigos e riscos.
Os transeuntes almejam
tão somente a liberdade para andarem pelas ruas com suas mulheres e filhos sem
serem molestados ou assaltados. Seria esse “querer de concepção genérica
simples”, por acaso, um sonho impossível ou utópico?
Na visão dos gatunos e
pichelingues que vegetam às nossas custas, humanamente IMPOSSÍVEL. A resposta é
simples, os senhores não acham?
Entendemos que as
raízes desses pandemônios nada mais são que a criminalidade e a marginalidade
desenfreadas. É comum vermos pelas avenidas, praças e lugares ermos, jovens
drogados, cheirando papelotes de cocaína, cola de sapateiro, esmaltes de unhas,
tomando picadas com seringas descartáveis ou fumando maconha e cachimbando
pedras de crack.
Mesmo quadro, os
desníveis e as desigualdades sociais entre esses delinquentes geram questões
sociais de grandes ordens e custosas soluções.
Somemos a isso, a
falta de estrutura aos coitadinhos dos nossos “menores carentes e abandonados”,
o desemprego, a fome, a miséria, o descuido da assistência à infância e,
principalmente, a desonrosa distribuição de rendas.
Alguns dos senhores já
compararam os salários dos nossos senadoreszinhos de bosta, ou dos
deputadozinhos “meias tigelas”, com os ganhos de um trabalhador? Busquem caros
leitores (ainda que a título de curiosidade), tomarem conhecimento do que
sinalizamos aqui e pensem.
Raciocinem friamente e
concluam se não deveríamos mandar essa cambulhada de vadios e sacripantas com
passagens só de ida para um planeta lá para os cafundós do espaço.
“Ladrões mirins”
kikiki..., circulam pelas cidades e bairros periféricos sem a menor cerimônia.
Desafiam a polícia, arrombando carros, furtando casas, apartamentos, lojas e
pontos comerciais, além é claro, de nos ameaçarem com armas de fogo à luz do
sol.
Alguns dos senhores
acaso ouviram falar, leram ou assistiram pelos telejornais que um
deputadozinho, um senadorzinho, ministrinho, ou outro flibusteiro da mesma laia
lá do “Berço das Grandes ‘Indecisões’ Nacionais” FORAM ASSALTADOS? Ou que sofreram
algum tipo de COAÇÃO FÍSICA OU MORAL? Por favor, amados, apontem um caso, um
somente.
Os nossos queridos e
diletos “menores infratores”, desfrutam, como reis (ou como os nossos
despudorados de Brasília) do ilimitado arbítrio de irem e virem pelas calçadas,
ruas, praças, ônibus etc... enquanto nós, habitantes que pagamos as
contribuições aos erários públicos, aos fiscos dos “assaltadores do povo”,
somos relegados, desdenhados, espezinhados, a andarmos de sobreaviso,
sobressaltados, frementes, espaventados com pés adiantes e outro logo
atrás.
Na verdade,
desconhecemos o tipo de surpresa, atarantação ou estupefação que encontraremos
na esquina mais próxima. O engraçado, o trágico (e chega até ser cômico e
motivo de pilhérias) em alguns pontos de nossas metrópoles existem dezenas de
cabines, “trailers” e até corporações montadas em belos cavalos de raça, sem
falarmos nas bicicletas, motos e carros.
Contudo, a presença
desses “Representantes da ordem”, não intimida e nem inibe os “meliantes e
pulhas”. Pelo contrário, eles, os agentes da lei, se sentem frouxos e
impotentes para um enfrentamento tête-à-tête com esses tipos de tresmalhados e
andejosos.
É difícil! É duro
suportarmos, em silêncio, essas rebaixações torpes e vergonhosas desses
desajustados.
Armados de paus,
revolveres, facas de cozinha e canivetes, os asseclas nos reduzem às condições
de escravos do medo.
Porém, senhoras e
senhores, diante dessa torre de babel, o mais importante é preservarmos o bem
maior, ou seja, as nossas vidas e a de nossos familiares. Se dia desses, um dos
senhores se virem frente a frente com um assaltante (ou mais), não titubeiem.
Entreguem o que
tiverem nas mãos, notadamente dinheiro, joias e aparelhos celulares. Vocês,
amados e amadas, são os pilares sustentadores dessas “raias miúdas, os cardeais
desses povinhos fodidos”, espalhados Brasil afora, não os picartes e petralhas
vestidos impecavelmente, cheios de seguranças, frequentadores do congresso ou
da câmara, tampouco dão os respectivos rabos nos palácios munificentes e
soberbos da basilar do País.
Não esbocem, por
favor, trejeitos suspeitos. Jamais encarem os salteadores nos olhos,
diretamente, pois se esses celerados entenderem ou compreenderem erradamente os
seus gestos, a coisa poderá terminal mal. No pior dos mundos, os caríssimos
leitores verão Jesus Salvador mais cedo.
Lembrem sempre de um
detalhe importantíssimo, senhoras e senhores: a segurança de vocês, ou de cada
um de nós, estará o tempo todo posta à prova, em risco e os bandoleiros não
contarão até dez para puxarem o gatilho.
Existe nas criaturas
de brio e vergonha, uma deterioração, uma palpitação revoltosa muito grande, o
que, digamos, de passagem, está conduzindo a massa humana à chamada “paranoia
desenfreada de insegurança”, cuja sigla é representada pelas letras P D I.
Acreditem caros amigos
e amigas. Se isso pegar, se isso virar moda, a confusão, a balbúrdia, o abalo
será simplesmente caótico. Infelizmente,
para lá, em rota de intercurso com ela, CAMINHAMOS.
AVISO AOS
NAVEGANTES:
PARA LER E PENSAR, SE O FACEBOOK, CÃO QUEFUMA OU OUTRO SITE QUE REPUBLICA
MEUS TEXTOS, POR QUALQUER MOTIVO QUE SEJA VIEREM A SER RETIRADOS DO AR, OU OS MEUS
ESCRITOS APAGADOS E CENSURADOS PELAS REDES SOCIAIS, O PRESENTE ARTIGO SERÁ
PANFLETADO E DISTRIBUÍDO NAS SINALEIRAS, ALÉM DE INCLUÍ-LO EM MEU PRÓXIMO LIVRO
“LINHAS MALDITAS” VOLUME 3.
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza,
jornalista, de São Bernardo do Campo, Região do Grande ABC Paulista, São Paulo,
4-2-2017
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