sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

[Aparecido rasga o verbo] Nosso ADEUS à dona Marisa Letícia

Aparecido Raimundo de Souza

Aqui estamos nós, de novo, em mais um funeral. Não faz tempo, viemos a São Paulo para nos despedirmos do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, falecido aos 95 anos. Dom Paulo era conhecido como o “cardeal da esperança” e bem recordamos que a Catedral da Sé, na Estação Sé do Metrô, Centro de São Paulo, permaneceu o tempo todo apinhada de gente do povo e de autoridades não só do meio artístico como da banda católica.

Agora retornamos, às pressas, pela passagem da ex-primeira-dama e esposa do também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por mais de 40 anos. Marisa Letícia faleceu nesta quinta-feira (2) aqui em São Paulo, dias depois de sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico.

Aos 66 anos, dona Marisa deixa Fula, perdão, deixa Lula viúvo num momento em que o homem forte de São Bernardo do Campo sofre os “momentos mais sombrios”, não só da sua vida política, como, igualmente particular.


“Momentos sombrios” evidentemente foram as formas comportadas e “educadinhas” que encontramos para não girarmos demais a metralhadora num trágico de segundo, sobretudo, de respeito não à Mula, porém, à imagem da mulher dela que, embora tenha gozado de status, sempre se manteve longe e fora do alcance dos holofotes da imprensa.

Pelo que vimos e sentimos, aqui, nos funerais da primeira ex-dama (por baixo dos panos), Gula aproveitou os infortúnios da morte da sua tão querida e amada esposa, para fazer política e mostrar a todo mundo que está aí, firme e forte, para o que der e vier e, o mais importante, sinalizar aos bundões de plantão, e especialmente aos “inimigos declarados e não declarados”, que a sua vida, apesar dos ciclotímicos do dia a dia, das marés contrárias e das pedras e tijolos, caminhos afora, continua INTOCÁVEL e INABALÁVEL.

Corroborando um pouco essas costuras e conversinhas de pés de ouvidos que vimos por aqui, marcaram presença “vários famosos” do Caldeirão de Satã, e como não poderia deixar de ser, igualmente do Epicentro. Vejamos alguns. Michel Jackson Temer. Michel chegou ao hospital, Sírio-libanês, numa van abarrotada.

Foto: Renata Nogueira/UOL
Com uma comitiva de fazer inveja às festinhas de Xuxa na Casa Rosa. Uma galera de, pelo menos, dez ou doze “aliados”. Em outras palavras, os “Cheiradores de Colhões”. Para quem está chegando agora, explicaremos. “Cheiradores de colhões” são aquelas figuras que vivem como carrapatos e sanguessugas nas bundas dos elefantes, grosso modo, vermes grudados nos pendurados do presidente.  Se acaso ele der um espirro, atchimmmmmm..., mil lencinhos de seda aparecerão diante de seu nariz.  

Entre esses “Cheiradores”, anotamos o sisudo ex-presidente José Sarney, e seus “Marimbondos de fogo”, ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, Henrique Meireles, da Fazenda, Dyogo Oliveira, do Planejamento, o ET de Varginha, José Serra, das Relações Exteriores, ou seja, (das relações com seres extraterrestres de outros planetas), Helder Barbalho, da Integração Nacional, Moreira Franco, da Secretaria Geral, Renan Calheiros, Eduardo Braga, Romero Jucá, Cássio Cunha Lima, Eunício Oliveira, Marta Suplicy, Fernando Henrique Cardoso, e o ex-ministro José Gregório. Entre outros, senhoras e senhores. Na verdade, tinha gente saindo pelo ladrão. E bota ladrão nisso...

Lula e FHC, foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Pois bem. Ao dar o ar da graça, logo que foi cuspido da van, Michel Jackson Temer foi hostilizado por uma “penca” de simpatizantes “Lulóficos”, que, aos berros e gritando palavras de ordem, lhe chamaram de “assassino” e “golpista”. Temer matou alguém? Não é do nosso conhecimento! Golpista, ainda dá para engolir, uma vez que mandou uma sapatada bem dada na buzanfa gorda da Dilma Roubousette, ficando com a cadeira de Chefe da Nação e todas as picuinhas do Planalto versus Alvorada. Com a máscara de sempre, e aquele sorriso de hipócrita abestalhado, Temer seguiu em frente, de mãos dadas com o médico de dona Marisa e de Lula, Roberto Kalil.  

Ainda não entendemos, porque Temer onde se apresenta, precisa arrastar consigo uma canalhada de almofadinhas (elementos por toda a sociedade conhecidos), com focinhos de jumentos fujões, dando a impressão de corridos, de alguns pastos próximos a Capital Federal.  Só gostaríamos de entender...

Voltando ao objetivo do texto, nosso principal foco é, sem dúvida alguma, dona Marisa.  De origem humilde, essa jovem nascida aos 7 de abril de 1950, filha de um senhor que vendia verdura e legumes nas feiras de São Bernardo do Campo.

Dona Marisa começou a trabalhar muito cedo, aos nove anos, como babá na casa de um sobrinho do pintor Cândido Portinari. Aos treze, se transferiu para a fábrica de chocolates Dulcora, onde embalava bombons. Aos dezenove, se casou em primeiras núpcias com o taxista Marcos Claudio da Silva. Após três meses de enlace, e grávida de seu primeiro filho, Marisa precisou lidar com a perda repentina de seu esposo, que encontraram morto por ferimento à bala, próximo de onde o casal morava em São Bernardo.  

Em maio de 1974, seis meses após ter conhecido Lula, no Sindicato dos Metalúrgicos, dona Marisa se casou em segundas núpcias com Luiz Inácio. E esteve ao lado desse homem de “Dezenove dedos”, por quatro décadas. Acrescentar mais alguma coisa, seria “chover no molhado”. 

Esmiudar as vidas de dona Marisa e Lula, antes de tudo figuras públicas, conhecidas mundo afora, se tornariam cansativas e desnecessárias. Acreditamos que o melhor a fazer, nesse momento de dor e perda, é deixarmos o nosso sincero ADEUS à simpática e carismática dona MARISA LETÍCIA LULA DA SILVA, a 35ª Primeira-Dama desse Brasil doente e às portas de um AVC ainda maior que o dela.

DESCANSE EM PAZ!  QUE DEUS A PROTEJA E A TODOS NÓS, QUE AQUI FICAMOS NÃO SEJAMOS DESAMPARADOS.

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Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, jornalista, de São Bernardo do Campo, Região do Grande ABC Paulista, São Paulo, 3-2-2017

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2 comentários:

  1. Deixo aqui meu pesar a Marisa Letícia, que descanse em paz. Apesar de tudo era um ser humano e é compreensível sua atitude como esposa, mãe, companheira, sempre apoiou seu marido em tudo agiu como age uma mulher sábia mesmo que o apoio fosse pra ajudar na corrupção.como diz na saúde, na doença, na riqueza, na pobreza e por ai vai, cumpriu bem seu papel.

    Carla

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  2. parabéns disse tudo e manteve o respeito a uma pessoa que merece assim como todos qee tem suas famílias,exelente texto.

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