Valdemar Habitzreuter
Que a maioria dos políticos é
descaradamente mentirosa e cara-de-pau todo mundo sabe. Mas, não nos damos conta
de que os políticos se utilizam do subterfúgio das promessas para mentir; o que
vale em política é prometer, passar alguma esperança ao povo, mesmo que falsa;
portanto, fazer promessas é a arte de validar a mentira como se verdade fosse.
Afinal de contas, para se elegerem, não podem deixar transparecer que são
oportunistas e muito menos dizer aos eleitores que eles (os eleitores) são
otários por acreditarem em seus discursos.
Temos visto isso em todas as
campanhas eleitorais e as que virão pela frente terão o mesmo padrão. Depois do
fulano eleito, finge estar tentando realizar o que prometeu em campanha. A
maioria finge que está trabalhando em prol do povo; na realidade estão
protegendo e cuidando de seus negócios particulares, já que uns são grandes
empresários, outros, grandes latifundiários, outros mais, proprietários de
imóveis sem conta, outros ainda se valem da intelectualidade e são donos de
escritórios de advocacia, e por aí vai...
Há aqueles também que não tiveram
sucesso em amealhar bens no setor privado, tentam então na vida pública fazer
seu pé de meia; afinal de contas, o cofre público é o container da riqueza do
país e pode ser assaltado sem escrúpulos – há sempre os otários para encher o
cofre, pensam eles.
Este é o quadro político
nacional: parlamentares no Congresso trabalhando, e trabalhando muito... muito
mesmo, por seus interesses, e a grande sacada e arte é convencer a massa que é
em prol dela; no executivo passa-se a imagem do esforço da execução perfeita
das políticas socioeconômicas, mas só fica na imagem e no blá-blá-blá de
conquistas fictícias tais e tais; e o Judiciário vagaroso se rende impotente na
correção dos ilícitos praticados por integrantes do legislativo e executivo e,
inclusive, em seu próprio território, que emperra a máquina estatal de
funcionar.
O povo agora começa a se
conscientizar do engodo que está por trás dos discursos de nossos políticos,
tornando-se descrente de tudo o que é dito e proposto por eles. O que
proporcionou o despertar dessa consciência foi, inicialmente, o julgamento do
mensalão e mais recentemente, com mais ênfase, a lava-jato que se tornou a
bandeira de uma verdadeira revolução pela derrubada desta velha República podre
que aí está, carcomida de corrupção, e proclamar uma nova onde o povo realmente
possa respirar ares republicanos.
Um grande exemplo de político
farsante e cara-de-pau é o ex-presidente Lula; sua verborreia fácil de mentir
cativa os incautos e sua militância. Não estão nem aí ao desastre de sua
política, e muito menos acreditam que ele seja o cabeça da institucionalização
da corrupção no país; conseguiu ludibriar, por longos anos, o povo e, mesmo
agora que foi condenado à prisão, querem, seus adoradores fanáticos,
transforma-lo em mártir, aludindo que é vítima de um juiz despreparado para as
funções judiciais.
O cenário político ainda é
tenebroso, mas aos poucos as trevas estão sendo dissipadas pela lava-jato que
merece todo nosso apoio para eliminar de vez essa malfadada política que impera
por tantos anos. Nas eleições de 2018 poderemos dar um início a uma nova visada
política que possa engrandecer nossa República...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 23-7-2017
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