Aparecido Raimundo de Souza
“O Brasil não é só um saco de gatunos famintos. É também um
pacote de baderneiros criados, sobretudo, pela nossa doentia imbecilidade”.
Astolfo Cruz citado em ‘Honra Ultrajada’ – Do livro de
crônicas: “Babilônia”. Editora AMC-GUEDES 2015.
NOSSO BRAZZILZINHO
DE MERDA, como
Brasil, definitivamente está com o pescoço atolado até os colhões de um buraco
sem fim. Uma cratera enorme, de fundo falso, como os gastos dos nossos gatunos
e velhacos no Congresso, na Câmara, no Senado e outros chiqueiros do mesmo
porte.
O Brazzilzinho país, idem. Vive o malfadado, numa espécie de nação de
pigmeus bandar, dos tempos do Fantasma e seu fiel escudeiro Capeto, ou seja, um
quadrante em que a capacidade de se surpreender diante do inesperado precisa
ser dada a pressão adequada a cada dois minutos. Senão menos.
Quando achamos que já havíamos visto de tudo, aí vem a pior parte. Não
esmiuçamos porra nenhuma. Sempre há uma surpresa, um espanto, uma perplexidade
a caminho, uma nova porrada nos costados do nosso sofrido e desgraçado
POVINHO.
Vamos voltar, de novo, mais uma vez, à tragédia do desabamento do
Edifício Wilton Paes de Almeida, de vinte e quatro andares, no largo do
Paiçandu, centro de São Paulo, acontecido no dia 1º de maio deste mês e a
consequente discussão sobre o abandono de imóveis públicos.
Uma informação impressionante nos deixa, a todos, de queixo caído,
boquiabertados e horrivelmente estarrecidos. Diante desse fato, os homens de
vergonha na cara, os respeitados senhores de família, acreditamos, piamente,
não tenham onde enfiar suas respectivas cabeças.
Deveria ser o contrario. Os nossos queridos e amados marginais do
poder, os de carteirinha e sindicato, a introduzirem seus chifres ou seus
traseiros imundos numa bacia ou tanque cheio de bosta. Todavia...
Pois bem! A tal UNIÃO (que UNIÃO? A de pilantras, de vigaristas, de
salafrários e filhos da puta?) possui quinhentas (pasmem, senhoras e senhores!)
quinhentas mil propriedades que são consideradas como “Fantasmas errantes”,
unicamente por não estarem cadastradas numa pocilga de vadios e canalhas
conhecida como Ministério do Planejamento.
Até o momento, apenas, cento e cinquenta e cinco mil unidades, aos
cuidados dessa safada UNIÃO estão devidamente registrados. Os outros restantes,
a bel prazer, na casa do caralho, limboados com as mais variadas
irregularidades.
O nome é bonito. Ministério do Planejamento. A pergunta que logo vem à
tona é a seguinte: essa casa de Mãe Joana planeja o quê? Respondam
companheiros. Saiam do anonimato. Planejam o quê??!! Por sua vez, quem é o “omem” distinto que
detém, nas mãos, esse maravilhoso cabide de empregos? Até prova em contrário,
esse Ministério é um tremendo guarda-roupa de mocinhas bonitas, acondicionadas em
minúsculos vestidos que deixam, à mostra, até os pensamentos de seus
antepassados falecidos. Mesma corda amarrada, prostíbulo de má fama. Alias, não
só esse. Os demais ministérios (ao longo da frondosa e auspiciosa Explanada, no
penico do mundo, Brzzilia) seguem a mesma linha divisória dos bordeis e redutos
de quinta ou sexta categoria.
Perguntamos, pois, com certa insistência: qual o nome do pacóvio que
detém a sua batuta de orquestração? Perdão, leitores. Como é mesmo o nome do
ilustre ministro? Ah!... ESTEVES PEDRO COLNAGO JÚNIOR. Esteves. Não está mais.
E Pedro? Pedro, colnago (leiam rápido,
“colnáguo caiu n’áugua”), quase morreu afogado. Não sabia nadar. Ficou o Junior... Júnior é um Lula disfarçado
de Mula... NÃO SABE DE NADA!
Diante desse quadro dantesco e do abatatado desfalqueamento desse
ministério, ou “escrevinhado” de outra forma mais aprazível e amena, diante do
déficit primário dessa pasta importantíssima, aí, pela casinha dos R$ 139
bilhões, pois sim!, nem o Diabo, em forma de Lúcifer, acredita que a tal da
“dívida vultuosa” kikikikikiki saia do vermelho. O que nos leva a pensar com
mais seriedade, numa verdadeira mixórdia administrativa.
Mixórdia se traduz, em excelente português, numa mistura confusa e
desordenada das coisas. Nada a ver com mijo respingado com “mixericórdia”,
muito embora devêssemos colocar os joelhos no chão e gritar, a altos brados:
“MISERICÓRDIA, SENHOR! MIXERICÓRDIA! R$ 139 BILHÕES!” É grana pra nenhum Brocha
Luloires botar defeito.
Imaginem amadas, reparem amados. Concebam idêntica situação ocorrendo
em uma empresa privada. Que credibilidade um empresário que não dispõe
literalmente do centro de operações dos controles de seus poderios, de suas
posses... os senhores, acaso, confiariam nele?
Por certo, ninguém lhe daria crédito.
Façam ideia senhores, um ministro. Esse cidadão deveria, a nosso
entendimento, mergulhar a cabeça na primeira latrina... e o pior de tudo, ter a
consciência de que se trata de patrimônios de todos nós, meros pagadores da
mais alta e complexa carga de impostos e tributos. Consciência, esse calhorda
tem. Por outro lado, ser ou não dos feudatários, essa galera de boçais, no
pensar dele, que se foda. E fim de papo.
Como sempre, a figura do “contribuinte” perdão, do escravo, continuará
maltratada, espezinhada, rebaixada. Não bastassem os desperdícios errôneos, mau
uso e emprego da grana pública e o seu surrado carcomido e contumaz escoamento
pelo ralo. Entendam “RALO” como as putrefáticas e fogosas vias escusas.
Tipos aquelas bocetas de putas de zona, onde os camaradas não atinam
com o tão procurado “Fundo de investimento”. É lamentável sabermos que igual ao
pobre Wilton Paes de Almeida, mais de meio milhão de imóveis permanecerá (ão,
ão, ão, que baita confusão...) ao deus dará, se deteriorando, se desfigurando,
apodrecendo. A outros passos (se tivéssemos um pilantra de visão futurística)
poderiam existir destinações mais práticas e proveitosas.
Uma vez mais, rogamos. Senhores, raciocinem, usem a razão amados e
amadas. Não somente uma aplicação básica desses imóveis para a habitação. Igual
trilha, fazer caixa, dinheiro, “bufunfa”, faz-me rir. Como? Com as suas vendas
a terceiros interessados. Não seria pouco o dinheiro arrecadado. Numa visão
apocalítica, como a de Jesus Cristo voltando cercado por anjos e arcanjos,
querubins tocando trombetas barulhentas, serafins atirando pedradas, angelicais
de vestes brancas dando tirinhos em ônibus envolvidos em caravanas. Daríamos a
esses imóveis, uma serventia real, palpável, necessária, certa, digna e
honesta.
Todavia, o caralho de uma pedra empecilhosa se posta, saliente e
esdrúxula, no meio da estrada... atravanca, impede, empata, impacta e obstrui.
Como seria possível, outro lado da mesma face desse processo, essa realidade se
tornar real, palpável, necessária, certa, digna e honesta, se o maldito do
governo nem ao menos tem a convicção precisa de suas positivas e formais
existências? (ão, aõ, ão, que baita confusão...).
Conclusão de toda essa baderna anunciada em tempo real: prédios às
moscas, casas às traças, apartamentos aos ratos, salas e cômodos às baratas.
Uma lástima! Nessas circunstâncias,
todos esses haveres atirados aos vermes, são como “tabuas da salvação” daqueles
ou para aqueles depauperados e miseráveis, que não tem para onde correr.
Entretanto, caros leitores e amigos, antes de qualquer coisa, essa falha, esse
buraco esse rasgão estratosférico é responsabilidade do setor público.
É endossante, ou pelo menos deveria ser, o patarrosco ministro do
planejamento e, claro, do chambrelhado governo federal. Mas não! Em sintonia
não coadunada, a ferida aberta não cicatriza. Não sara. Não cura. Sabemos
existir uma burocracia burra demais, quadrupedeada aos extremos, uma
“burrocracia” imbecil e fiasca avariada, deformada, que se retroalimenta
(percebam que palavrinha linda) R-E-T-R-O-A-L-I-M-E-N-T-A de todas as mazelas e
feridas existentes.
No contrafluxo, governos após governos, impostores após impostores,
lambanceiros após lambanceiros, comediantes após comediantes, seguem
contribuindo para que esse deslanchar, esse voo ao sucesso não saia, jamais do
rés do chão. Na mesma cueca de picas insubordinadas, as descortesias, os
desamores, as desatenções, as negligências se embófiam, se envaidecem e
faustosamente decolam.
Em síntese, caros amigos e leitores, o ludibrio, a apatia, a
indiferença com o acervo de todos nós, cidadãos do bem, se altera, se prolonga,
se agiganta, indefinidamente, numa desenfreada inconsequência que ninguém ousa
sequer estancar, ou segurar. Vamos cantar amigos, ão, ão, ão... que baita
confusão... e rir. Kikikikikiki.
Título e Texto: Aparecido Raimundo
de Souza, jornalista. De São Paulo, Capital. 15-5-2018
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Realmente é uma baita confusão mas o que adianta falar, xingar, esbravejar. O povo brasileiro gosta do que não presta, gosta de ladrão de corruptos de bandidos. Isso acontece de quatro em quatro anos, e sempre as mesmas lorotas, promessas e o povo acredita. Não adianta meia dúzia reclamar se uma duzia é a favor. Como você diz Aparecido são como putas elas estão ali para receber com mentiras e promessas qualquer idiota que queira um pouco de prazer essa é a função delas, e os políticos são assim estão ali no poder só sugando de todos "nós" bando de retardados que nada fazemos a não ser acreditar para ser feliz.
ResponderExcluirSe pelo menos os líderes espirituais e os formadores de opinião ainda fossem respeitados, a juventude teria alguma chance de recolocar este trem desgovernado (rumo ao Braití) nos trilhos (mesmo enferrujados seriam melhor do que lama de esterco mental). Em tempo: nós ainda podemos dizer que somos "felizes" pois em menos de 10 anos (pelas estatísticas) deveremos estar em outro plano.
ResponderExcluir...Enquanto isso, aqui estou, "quase aposentando", após trinta anos de trabalho, sem nenhuma "empolgação e sem possuir um único imóvel. Porquê será?
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