Almir
Papalardo
Geralmente quando algum projeto de lei suscita dúvidas quanto à sua praticabilidade, é imediatamente reprovado nas discussões plenárias. Prevalece então o que chamamos de bom senso. Existe, no entanto, para desdita de trabalhadores atingidos, algumas leis vigentes que se colocarmos seus prós e seus contras na mesma balança, o prato que contiver os CONTRAS, sobreporá em muito o outro prato que contém os PRÓS. Para evitar injustiças e contradições nefastas como estas desestabilizando trabalhadores brasileiros, a Constituição criou o Poder Legislativo (Senado e Câmara), onde os senadores e deputados legislam criando novas leis, anulando algumas ou fazendo emendas em outras para se adequar às reais necessidades de determinadas classes.
Contudo,
apesar dos fartos recursos que nos concede a Constituição, ainda existem leis
vigentes que nos prejudicam, imperando o preconceito, a discriminação, a má
vontade política contra determinados segmentos, quando, muitos mandachuvas,
mostram toda sua incompetência administrativa, sua condenável acomodação ao que
está errado, preferindo por covardia direcionar sempre sua metralhadora
giratória contra categorias mais frágeis, sem nenhuma representatividade, sem
meios para se defenderem, ou seja, preferem prejudicar somente cidadãos que
possam causar o menor impacto negativo para suas ações esdrúxulas e injustas,
cômodas e pusilânimes.
Acho
que todos já perceberam a qual categoria me refiro! Exatamente, são os
aposentados da iniciativa privada, aqueles, que por suas maiores contribuições
à Previdência obtiveram uma aposentadoria acima do piso estipulado. A estes foi
arbitrado um constrangedor critério de atualização dos seus benefícios através
de um percentual menor de aumento, enquanto os seus pares do mesmo RGPS,
ganham, geralmente, o dobro desta correção, ou seja, o mesmo índice de aumento
que é dado ao salário mínimo. Objetivo desta suja política: "Nivelar todas
as aposentadorias da iniciativa privada ao PISO real da Previdência"...
E
essa ignomínia já se perpetua por mais de duas décadas sem que a maioria das
forças éticas e morais deste país se digne a partir em defesa deste agrupamento
perseguido, aproximadamente dez milhões de aposentados destruídos e, outros
tantos milhões que já partiram desta para melhor levando a indignação e revolta
pelo tratamento bloqueado, recebido dá maioria dos homens públicos.
Por
ironia e cúmulo de insensatez escutamos há anos falar-se numa Reforma da
Previdência, sem nenhuma promessa ou menção que tamanha ilegalidade será pelo
menos analisada, com alguma compensação para estes aposentados que foram
esbulhados, esquecidos e injustiçados. É por isto que tal reforma nunca é bem
aceita pelo povo, porque não é atacada nos verdadeiros cancros que maculam
direitos de aposentados e pensionistas, pertencentes a um grupo de brasileiros
que deveriam ser os últimos a serem atingidos por medidas antipopulares quando
necessário, porque, tratam-se de cidadãos idosos!
Oh!
cabeças pensantes do Congresso, façam a tal reforma coibindo privilégios entre
todos os Regimes. Adotem um equilíbrio de direitos e deveres entre todos os
segurados. Criem uma ferramenta eficaz para que os caloteiros contumazes saldem
suas dívidas com a Previdência. Nunca desviem recursos dos cofres da
Previdência para outras finalidades. Não isentem ninguém dos descontos mensais
ao INSS e que o sistema previdenciário não pague benefícios acima do teto e,
muito importante: Criem de maneira possível uma forma de ressarcirem gradativamente
os segurados que tiveram seu poder de compra terrivelmente degradado. Aí sim, a
Reforma da Previdência pretendida será bem aceita por toda a sociedade
brasileira.
Que veja quem tem olhos para ver
e ouvidos para ouvir...
Título
e Texto: Almir Papalardo, 25-3-2019
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