segunda-feira, 20 de abril de 2020

Maia fecha acordo com oposição para deixar vencer MPs

De acordo com a deputada Carla Zambelli, a decisão de Maia foi tomada por “vingança”, após trocas de farpas com o presidente Bolsonaro

Wesley Oliveira

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) [foto], teria fechado um acordo com diversos líderes da oposição, para que medidas provisórias não passem na Casa. Os líderes estariam se queixando da pouca participação nas pautas do Legislativo.


De acordo com a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), a decisão de Maia teria sido tomada por “vingança”. Na última semana, o presidente da República, Jair Bolsonaro, subiu o tom, afirmando que Maia está perseguindo seu governo.

Para impor derrotas ao governo, Maia teria acatado o pedido da oposição para que cinco medidas provisórias caduquem, ou seja, percam a validade. São elas:

• MP 910, chamada de MP da Grilagem ou MP da Regularização Fundiária;

• MP 914, que muda o processo de escolha de reitores;

• MP 915, que muda as regras sobre venda e gestão de imóveis da União;

• MP 922, sobre as regras de contratação temporária no serviço público;

• MP 923, que autoriza o sorteio de prêmios em redes de televisão.
Título e Texto: Wesley Oliveira, Oeste, 19-4-2020, 16h49

2 comentários:

  1. SOLIDÃO
    Pois,
    Sócrates introduziu a pedagogia pública.
    Ele procurava ensinar aos homens que havia a possibilidade do conhecimento por isso tornou-se uma ameaça à democracia de Atenas, aliás, a democracia ateniense fora criada para que se pudesse sustentar a geriatria da própria Atenas.
    Sócrates deixou ao homem o saber de sua solidão.
    Ele queria o saber a serviço da igualdade, e esta igualdade tornou-se um relicário de poucos e a grande arma dos dominadores.
    Revelou-se assim, o perigo do saber em relação às posições políticas.
    Platão não queria perder o sentido da missão do mestre.
    Sobre o saber diz Platão:
    - Àqueles, os que governam não podem ser amantes do poder, porque serão sempre rivais.
    Tanto Platão ou Aristóteles não conseguiram seus lugares pretendidos entre os que governam, em suas trajetórias encontraram somente a solidão do exílio.
    Os Romanos confundiram o saber com a política e a retórica. Trouxeram mais realidade a política.
    Esta realidade trouxe solidão a existência humana, sob a pretensa forma de atitudes cívicas que serve até hoje de modelo universal de pensamentos e condutas.
    O cristianismo aumentou a distância do povo ao conhecimento, com o sacerdócio, o claustro, a apologia da verdade revelada aos que tem fé, a procura da graça alcançada em vez do trabalho, a divisão social, a mercantilização do saber.
    Os humanistas tentaram promover o divórcio da razão e da fé, mas abraçaram os poderosos da corte, vendendo-se por status, posições e moedas.
    O renascimento trouxera os gênios livres culturais, mas foi submetido aos ditames do mecenato, disfarçando suas criações subversivas sob o manto da cultura, e escapando da inquisição dissimulando seu desinteresse pelas coisas mundanas.
    O iluminismo introduziria os conceitos da tomada indireta do poder, o agir no anonimato político, suas políticas era serem apolíticos.
    O romantismo introduz os pensadores contrários ao poder, aproxima-se do povo, e passa a lutar pela liberdade dos oprimidos, é a vingança do conhecimento contra o poder, com suas próprias armas.
    Os intelectuais do século 18 achavam que o erudito era o exercício da supremacia do progresso da humanidade.
    Deveriam, por isso entrar nas massas e provocar suas vontades, o saber já não é um dom é uma perspectiva que qualquer um pode alcançar, e lutar.
    Os primórdios culturais brasileiros são os jesuítas, mas escravizaram e destruíram as culturas indígenas em suas reduções.
    Após suas expulsões criou se no Brasil uma aristocracia intelectual política que perdura até os dias de hoje.
    Em 1930 ela é institucionalizada, o saber é para as elites, e classes dominantes.
    Nesse percurso de 1964 a 1985, essa maioria de elites culturais se viram contra a ditadura e se engajam na luta pelo prestígio e posição.
    Suas missões intelectuais cedem lugar ao político profissional.
    Nesta luta desvairada os intelectuais brasileiros na busca de posições, cargos e privilégios culpam os governos passados pelos insucessos nacionais.
    Acusam Cabral, os portugueses, o império pelas mazelas do povo.
    São servilistas do poder flexibilizando supostas moralidades completamente fora dos padrões de uma ética intelectual, para prevaricar e fazer do "lobby" e da corrupção seus andores.
    O povo está solitário, vive na condição de exilado.
    Sartre num momento mágico diz:
    -Solitário é o intelectual que tem a ilusão da autonomia.(Sartre)
    Essa autonomia é sua própria solidão, que alimenta suas vaidades.
    IGNORANTES SÃO AQUELES QUE NÃO LHES RETIRAM A SOBERBA E LHES DERRUBAM O ANDOR.
    A POBREZA DO POVO BRASILEIRO ESTÁ NA SOLIDÃO DO SABER.
    VSR

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  2. Gente bonita,
    Se o presidente Jair Bolsonaro tivesse só dez por cento da "disponibilidade" da imprensa brasileira da "disponibilidade" que tem a imprensa portuguesa em relação aos PM e Presidente...

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