quarta-feira, 15 de abril de 2020

Sergio Moro: “Não devemos antecipar o caos na segurança”

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro comenta sobre os desafios e ações da pasta para lidar com o coronavírus nas prisões, fronteiras e os reflexos do isolamento no índice de criminalidade em todo o país.


Kelli Kadanus 

Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ainda é cedo para se falar em consequências do isolamento social para combater o coronavírus na segurança pública. Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo nesta terça-feira (14), o ministro falou sobre as principais medidas tomadas pela pasta para auxiliar no enfrentamento à pandemia no Brasil e disse considerar “legítima” a preocupação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com e economia.

“Acho que não devemos antecipar o caos, porque o caos não necessariamente vai ocorrer”, disse Moro sobre possíveis atos de vandalismo e saques como consequência da quarentena. “Todas as medidas necessárias a preservação da ordem pública e da segurança têm sido tomadas pelo governo federal, pelos governos dos estados e até mesmo pelos governos municipais. Estamos tentando trabalhar em conjunto para que esses piores cenários não aconteçam, ou se acontecerem, estejamos preparados. Mas eu não acho salutar ficar antecipando probabilidades quando não se tem isso como provável”, completou Moro.

Moro evitou comentar as divergências entre Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mas disse considerar “legítima” a preocupação do presidente com a economia durante a pandemia. “O isolamento tem que ser o necessário para impedir a disseminação do coronavírus. Existe uma preocupação legítima do presidente com a questão de renda, de empregos. Não e PIB, não é percentual do PIB crescendo, é a questão da vida das pessoas. Agora, do outro lado existe a questão da saúde, que é fundamental. E essas medidas de isolamento têm sido adotadas para impedir a disseminação dessa epidemia. A grande questão é qual o grau de isolamento necessário”, defendeu Moro."


Gazeta do Povo, 14-4-2020

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