Peter Rosenfeld
Os cidadãos de nossa pátria
amada estão ficando cada vez mais desorientados com o que tem acontecido em
nosso Pais recentemente. Explico.
Em um passado que já se vai
tornando longínquo, eram nomeados para integrar a suprema corte de justiça
cidadãos de grande saber jurídico e de ilibado comportamento, pois nossos
mandatários, a quem cabia indicar os cidadãos que comporiam a corte,
compreendiam perfeitamente a importância do cargo.
E tivemos, efetivamente,
verdadeiros sábios em ordem jurídica, de reputação indiscutivel.
Lamentavelmente, desde uns
tempos para cá, já em nossos dias, isso não mais se leva em conta.
A indicação obedece
exclusivamente a critérios político/partidários, com que tem feito que a corte
tenha dado e continue dando exemplos nada dignificantes que acabam maculando
triste e negativamente e abalando de forma definitiva a confiança que era
depositada nela.
É verdade que pode ser
argumentado que, com o volume de causas submetidas ao STF, é impossível que não
aconteçam desvios de conduta (ou de interpretação), pois cada Juiz (em nossa
terminologia capenga, a designação é “Ministro”) acaba tendo que julgar mais de
dez mil processos anualmente o que, de fato, é insano.
Então, a primeira coisa a
fazer seria analisar se esse sistema está correto (e evidentemente não está,
digo-o com convicção!) e propor as alterações necessárias.
A providência seguinte seria
submeter ao Congresso certas emendas à Constituição, para que os processos que
chegarem ao STF tenham, realmente, que ver com assuntos que, de uma forma ou de
outra, dependam de interpretação da “Constituição Cidadã” (Nota: A atual CF é
tão detalhista que, exagerando, poder-se-ia imaginar que um processo envolvendo
um roubo de galinha (!) acabe no Supremo...)
Mas, enquanto isso não
acontecer, pondero que cada um dos ministros que integram a corte e que tem sob
suas ordens uma quantidade razoável de “assessores jurídicos” – na realidade,
um batalhão -, que examinam os processos e normalmente preparam o voto para que
o Ministro o examine, que aprove ou modifique como bem entender mas em curto
período.
Logo, é impensável que um
processo leve 7 (sete) longos anos para ser julgado, como já aconteceu com um
que estava com o Sr. Nelson Jobim, que era o campeão à época em que escrevi
sobre o assunto.
E agora, recentemente,
aconteceu um fato mais grave ainda: o STF havia julgado uma causa envolvendo o
falecido Chico Mendes e não muito tempo depois, verificou que tinha havido um
engano e reverteu sua decisão anterior!
Isso é gravíssimo, pois causa
uma impossível intranqüilidade jurídica.
Nenhum País sobrevive, ou pode
se desenvolver, se não houver um ambiente em que se tenha certeza de que as
decisões superiores, principalmente de parte da mais alta corte do País, são
corretas e garantam ao cidadão a segurança de que precisa para poder trabalhar
e viver no País. É lamentável que tal tenha acontecido!
SENADO FEDERAL
Creio que seria mais
apropriado chamar esse órgão do Poder Legislativo de A CASA DA MÃE JOANA.
Há muito a Presidência do
Senado é ocupada por pessoas da pior reputação, como os Srs. Sarney, Calheiros,
Barbalho, etc.
Teve como Diretores Gerais
bandidos da mesma espécie (porque não pode haver pior...).
É freqüentado por gente que
realmente não vale nada, muitos dos quais foram eleitos sem um único voto,
tendo sido suplentes de carona, passando a ser efetivos devido a alguma
ocorrência com o titular.
De qualquer forma, com ou sem
suplentes, o comportamento de muitos dos senadores é inacreditável, custando
milhões de reais aos cofres do País.
Afortunadamente ainda temos
uma imprensa livre, que informa os absurdos que estão ocorrendo. O jornal “O
Globo” do Rio de Janeiro, edição de 12/03/2012, é um excelente guia para esse
assunto...
O que deveria surpreender é a
desfaçatez com que os senadores justificam a razão pela qual têm que empregar
50, 60 ou mais “assessores” pagos pelo Senado. Mas, conhecendo-se o calibre
moral dessa gente, que é verdadeiramente zero, que acha que essa festa toda é a
coisa mais natural do mundo, nada surpreende.
É lógico que sou a favor da
democracia, do direito de voto para todos, mas tenho um sentimento que o
votante deveria ter um mínimo aceitável de instrução e de discernimento para
votar corretamente.
Quando vejo, na propaganda
política na televisão, notórios comunistas e esquerdistas jurando que seus
partidos sempre lutaram pela democracia, sinto engulhos!
E nada acontece para coibir
essas mentiras!
Título e Texto: Peter Wilm
Rosenfeld, Porto Alegre (RS), 14 de março de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-