sábado, 9 de março de 2013

Aristocracia caudilhesca – Maduro nomeia genro da "múmia" como vice

Reinaldo Azevedo
Que pitoresco!
Na Venezuela, o presidente eleito escolhe o vice-presidente executivo. Já é uma coisa esquisita, mas, dos absurdos, o menor. Bem ou mal — naquele país, muito mal! —, o presidente é eleito pelo povo. E por que “mal”? Porque a disputa não se dá em igualdade de condições, como todos sabem. Adiante. Chávez havia escolhido Nicolás Maduro. O resto da pantomima, vocês já conhecem. A agora múmia não tomou posse, conforme exigia a Constituição; portanto, presidente não era. Mesmo assim, Maduro assumiu o poder em razão da vacância supostamente temporária. A Constituição foi violada. Morto Chávez, o Judiciário rasgou a Carta Magna de novo ao declará-lo presidente interino e decidir que pode concorrer à Presidência mesmo no cargo. Já não estava de bom tamanho?
Não! Se Nicolás Maduro é presidente, então pode escolher livremente o seu vice, certo? Certo! E quem ele escolheu? Ora, Jorge Arreaza, genro de Hugo Chávez, casado com Rosa Virginia, filha mais velha da múmia. Atualmente, Arreaza é ministro da Ciência e Tecnologia.
É a aristocracia caudilhesca. Se Maduro for eleito — imaginem se não será depois de toda a comoção gerada pelo cadáver eleitoral —, certamente manterá “o genro” no cargo. E isso abre, obviamente, caminho para que tente voar mais alto. Maduro certamente não terá condições de manter uma ditadura de caráter unipessoal. Parece não reunir as condições para isso. Arreaza entra na fila da sucessão. Vamos ver quanto tempo vai demorar para que os bolivarianos comecem a se comer.
É a democracia venezuelana!
Título e Texto: Reinaldo Azevedo, 09-03-2013
 
Um mártir
Continua a narrativa religiosa em torno do do falecido Presidente Hugo Chavez: uns dizem que ele não morreu, multiplicou-se, outros que foi um mártir. Pelo meio há ainda um embalsamamento em urna de cristal. Confirma-se mais uma vez que o socialismo quando é aplicado em algum lugar se torna religioso e os protagonistas passam a ser venerados que como santos. Em Portugal o fenómeno Catarina Eufémia foi disso exemplo e Álvaro Cunhal só não foi santificado porque o 25 de Novembro impediu que Lisboa fosse a Havana da Europa.

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