domingo, 8 de setembro de 2013

O finado Sete de Setembro de 2013

Valmir Fonseca Azevedo
A história do Sete de Setembro, nós sabemos. Eu espero.
A nossa autonomia em relação a Portugal foi anunciada com o brado de “independência ou Morte” pelo Príncipe D. Pedro em 1822, que assim, declarou-se dono de sua vontade e soberano de seus súditos, o povo brasileiro.

Independência ou Morte! (O Grito do Ipiranga), óleo sobre tela, 1888, de Pedro Américo, no Museu do Ipiranga
Se hoje, o populacho nem sabe o que se passa em sua volta, exceto se tratar-se de pão e circo, imaginem naquela época.
Portanto, para a maioria dos nativos de antanho, o gesto próximo às margens do Ipiranga, não significou absolutamente nada.
Entretanto, sacramentado o ato de D. Pedro como um bravo gesto para o bem dos nacionais, a data tornou-se especial, pela coragem do Príncipe, que representava a nacionalidade que nascia.
E assim, foi que através dos anos, a data tornou-se significativa para a dignidade e para a soberania nacional.
Na data, feriado nacional, os desfiles, com tropas, colégios e diversas entidades, externavam e impregnavam no público um entusiasmo contagiante.
Nas casernas, antecedendo a data, havia a expectativa de demonstrar para o público que acorria às ruas, um desfile exemplar, por isso, semanas antes realizavam exaustivos, mas dedicados treinamentos.
E assim, foi por décadas, até que...

Iniciadas as governanças lulo-petistas, os desfiles, antes coordenados pelas autoridades militares, passaram a ficar subordinados aos ditames do desgoverno, a muitos empecilhos e a custarem cada vez mais.
Esvaziando a Data Magna, aos poucos foram espantando o grande público.
As autoridades militares foram expurgadas do palanque principal.
Para os que gostavam de anualmente assistir aos desfiles, a cada ano, a garbosa e contagiante marcha dos soldados em suas engomadas fardas, foi ficando a cada ano menos empolgante.
O deste ano foi o réquiem de uma data festiva.

Na tradição histórica, datas como o sete de setembro, o 15 e o 19 de Novembro, assim como outras que sempre foram caras para a nacionalidade, estão morrendo à míngua, comprovando que para a alta cúpula que nos domina, aquelas datas devem ser expurgadas.
É a tentativa de apagar da nossa memória momentos especiais e, por consequência, as figuras históricas que as protagonizaram.
Sim, é mais fácil dominar um País sem tradições, sem memória, sem heróis, pois eles pretendem construir novos parâmetros nesta lavagem cerebral.
Pelo exposto, sem dúvida, merecemos uma estátua do Lula, e que ela seja grandiosa, majestosa, pois ELE SERÁ ou já É um dos heróis que em breve cultuaremos.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 08 de setembro de 2013

Relacionados:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-