domingo, 8 de setembro de 2013

Vai formoso e não seguro

Vitor Cunha
Hoje há entrevista de Seguro no DN. Aparentemente, sendo num jornal, é legal.
“Os portugueses não aguentam mais sacrifícios” é um bom slogan de campanha, na boa tradição Hollande; uma frase que permite dizer absolutamente nada embrulhado em papel lustroso e laço, uma nicolaça de vácuo que toma a parte – Seguro – pelo todo – os portugueses. De facto, quem não aguenta mais sacrifícios é Seguro, incapaz de oferecer mais ao seu confuso eleitorado que a firme promessa de não fazer a mínima ideia do que fará chegando a governante. Seguro é sinedoque da contestação: não sabem qual é o caminho, só não querem ir por ele.
Aqui se vê o problema do PS: Soares e a meia-dúzia de socráticos exigem a mentira descarada de determinação na penumbra; Seguro oferece a penumbra da determinação em mentira vaga, como que resignado ao papel de mero executor da governação exigida pelos credores.
A alternativa não mora ali. Mas isso já se sabia: a alternativa simplesmente não existe. Quanto mais cedo percebermos isso, mais cedo poderemos passar do desejo de sermos a Suécia sem aplicarmos medidas correctivas dos suecos.
Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias, 08-9-2013

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