Hoje há entrevista de Seguro no DN. Aparentemente, sendo num jornal, é legal.
“Os portugueses não aguentam
mais sacrifícios” é um bom slogan de campanha, na boa tradição Hollande; uma
frase que permite dizer absolutamente nada embrulhado em papel lustroso e laço,
uma nicolaça de vácuo que toma a parte – Seguro – pelo todo – os portugueses.
De facto, quem não aguenta mais sacrifícios é Seguro, incapaz de oferecer mais
ao seu confuso eleitorado que a firme promessa de não fazer a mínima ideia do
que fará chegando a governante. Seguro é sinedoque da contestação: não sabem
qual é o caminho, só não querem ir por ele.
Aqui se vê o problema do PS:
Soares e a meia-dúzia de socráticos exigem a mentira descarada de determinação
na penumbra; Seguro oferece a penumbra da determinação em mentira vaga, como
que resignado ao papel de mero executor da governação exigida pelos credores.
A alternativa não mora ali.
Mas isso já se sabia: a alternativa simplesmente não existe. Quanto mais cedo
percebermos isso, mais cedo poderemos passar do desejo de sermos a Suécia sem
aplicarmos medidas correctivas dos suecos.
Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias,
08-9-2013
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