domingo, 8 de setembro de 2013

Um deserto

A política portuguesa está hoje reduzida a um deserto.
João Pereira Coutinho
O PIB cresceu 1,1% no segundo trimestre porque as exportações portaram-se bem e o investimento e o consumo portaram-se menos mal. Uma boa notícia? Facto. E uma notícia que provoca desnorte na oposição.
O PS, pela boca de Seguro, já só quer ganhar as autárquicas por um voto (palavra de honra). O PCP, entretido com a Festa do Avante, lá continua a ser o PCP. E o Bloco, na falta de melhor, gostaria de criminalizar o piropo, procurando explorar agora uma vocação para a comédia que talvez o retire do buraco eleitoral onde se enfiou. Depois do piropo, espera-se que o Bloco se ocupe do uso do palito em público, que tanta angústia social provoca.
Com sucessos tímidos e um ‘programa cautelar’ no horizonte, o governo avança sozinho. E a oposição, sem guião ou convicção, arrasta-se penosamente por aí a olhar com desespero para as sondagens. A política portuguesa está hoje reduzida a um deserto.
Título e Texto: João Pereira Coutinho, Correio da Manhã, 08-9-2013

Pode até estar um deserto, mas está cheia desses bichinhos bem vivinhos... 

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