Em Israel, o primeiro-ministro
Netanyahu adverte para um possível “terremoto regional” afirmando que, “ações,
e não palavras, constituem a melhor conduta com relação à Síria e ao Irã. Por
sua vez, Shimon Peres, diz que “a Síria está pagando um alto preço por haver se
recusado a fazer a paz com Israel”.
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Shimon Peres pendura uma
guirlanda pelos soldados mortos na Guerra do Yom Kipur há quarenta anos neste
domingo. Foto: Kobi Gideon/GPO/Flash90
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Netanyahu fez questão de
expressar um otimismo cauteloso sobre o acordo russo-americano, que começará a
ser posto em execução com os relatórios sírios sobre seu estoque de armas
químicas até o final da semana. Todavia, o primeiro-ministro também ressaltou a
necessidade de tal compromisso ser apoiado por ações concretas não apenas com
relação à Síria, mas também com relação ao Irã.
Em referência à destruição
completa das armas químicas em poder dos sírios, e que deve ocorrer até meados
de 2014, Netanyahu disse que "espera que o acordo comece a dar frutos e
que a sua eficácia será julgada pelos seus resultados e que tais resultados
também se aplicam aos esforços da comunidade internacional para parar ou
impedir a produção de armamentos nucleares por parte do Irã, ou seja, não
palavras, mas ações serão os fatores decisivos". Acrescentou, ainda, que,
mais do que nunca, país judaico tem a maior necessidade de poder se defender de
suas ameaças regionais.
O primeiro-ministro israelense
disse também que "hoje está falando numa época diferente, em meio a um
‘terremoto regional’ sem precedentes desde a criação do Estado. Estamos diante
de novas ameaças: mísseis e armas cibernéticas de destruição em massa e Israel
terá de estar pronto para se defender, por si só, contra todas essas ameaças...
Tal capacidade é mais importante hoje do que nunca, mas Israel é mais forte
hoje do que nunca, também".
Tanto o presidente Shimon
Peres quanto o ministro Netanyahu, falando durante uma comemoração do 40º
aniversário da Guerra do Yom Kippur, foram coincidentes na opiniçao de que
"um acordo de desarmamento apoiado pela ameaça militar deve servir de
lição para os líderes iranianos".
O presidente disse que “a
Síria, que perpetrara um ataque surpresa contra Israel com o auxílio do Egito,
aproveitando-se do recolhimento durante o dia mais sagrado do judaísmo, em
1973, se recusou a se tornar um parceiro na paz, do pós-guerra, e, por isso,
ainda está a pagar um elevado preço pelo ódio infundado nos dias de hoje”.
Explicou ainda que o
presidente sírio, Bashar Assad, "não teve escolha" senão submeter seu
estoque de armas químicas ao controle internacional e a devida erradicação e
adiantou que os EUA estão prontos para uma operação militar caso a Síria deixe
de cumprir o atual acordo e caso a diplomacia falhe em conseguir tal objetivo.
Título e Texto: Francisco Vianna, (da mídia internacional), 15-9-2013
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