segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

FUTEBOL... o extravasamento do instinto destruidor...

Valdemar Habitzreuter
O que vimos ontem em Joinville no jogo Vasco versus Atlético paranaense foi simplesmente aterrador. O evento esportivo, ao invés de proporcionar uma convivência agradável de pessoas que apreciam o esporte, deu lugar ao mais baixo grau de comportamento de uma turba que não podemos classificar como humanos, aliás, nem como animais, pois estes não são capazes de violência pela violência. Estes seres inclassificáveis, infelizmente, convivem conosco, nós os humanos.

Atleticano cai desacordado depois de agressão. Foto: Cleber Yamaguchi/Agência Eleven/Gazeta Press
Quem viu as cenas de violência neste jogo só pode concluir que aquilo extrapola à condição humana. Se estes seres abjetos e degradantes podem ser chamados de humanos, pobre humanidade terral que tem por fundamento a razão, a legisladora da boa conduta e que é a salvaguarda e garantia da paz como o bem maior da civilização! Este instinto destruidor que se viu, tão acentuado a ponto de ficarem cegos para a condição humana, não se coaduna para aprimorar e enlevar a humanidade.

Pressupõe-se que quem vai a um evento esportivo, além de praticar a sociabilidade, quer ver exemplos (nos jogadores) de destreza, esforço, beleza e demais qualidades que educam a pessoa na formação de um caráter probo. E quando se trata de um espetáculo lúdico competitivo, isto não quer dizer que o aspecto competitivo significa uma batalha sangrenta de vida ou morte. O esporte sempre é competitivo, caso contrário ele não educa. Mesmo quando ele é praticado individualmente, ele ainda é competitivo, pois compete-se consigo mesmo para seu próprio aprimoramento e fortalecimento espiritual e corporal.

Mas ontem não vimos uma prática de sociabilidade nas arquibancadas. Vimos seres sanguinários e ensandecidos, intencionados a liberar o instinto destruidor que não faz parte do espetáculo lúdico. Vimos a pior espécie de seres engalfinharem-se numa competição de autodestruição, oferecendo sangue como prêmio de valentia, ou melhor de covardia. O suor faz parte das competições, pois denota esforço e dedicação. Mas sangue, neste caso, denota um instinto destruidor…
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 09-12-2013

Um comentário:

  1. Apenas me pergunto: Qual a razão para justificar tanto ódio no coração?
    A resposta? Creio ser simples: Não são seres humanos... (tampouco animais - conforme disse o Habitzgerman (apelido carinhoso)... Então: Quem são ELES? ALIENÍGENAS? SERES DE OUTRO PLANETA...não são terráqueos, certamente...; mas convivem conosco! "!Peraí", não conheço ninguém de outro planeta...; então não podem ser oriundos de "lá"... QUEM SÃO, afinal? Ah! já sei! No mínimo são seres (?) que sofrem de uma "DEPRESSÃO PROFUNDA" e que, por isto, não respondem pelos seus atos...
    Já repararam? Todo depressivo tende, naturalmente, à agressão física. Sentem "necessidade" de destruir tudo aquilo que traz "felicidade", "prazer", "alegria", etc...
    Porque pensam assim? Ora, simplesmente porque não aceitam a vida como ela é...; principalmente quando todos estão felizes e, ELES, não! Logo é preciso destruir tudo aquilo que representa a felicidade alheia...
    No "fundo" podemos considerá-los "seres humanos"...; apenas necessitam de um "auxílio especial": um bom amigo (de preferência psiquiatra) para orientá-lo com segurança em suas decisões e atos sociais...
    Creio, também, que a LEI deva estar presente nestas ocasiões: constatando através das fotos a participação destes "seres especiais", e após submete-los à análise psiquiátrica, dando-lhes a "punição" que merecem.
    Divulgando todo este "processo", publicamente, tenho certeza de que coibirá novas demonstrações de incivilidade ou loucura momentânea...
    Como humanos somos passíveis de "erros"...; Mas cá entre nós: Podemos EVITAR muitas "coisas" que condenamos que aconteçam... a própria HISTÓRIA nos ensina...

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