O que vimos ontem em Joinville no jogo Vasco versus Atlético paranaense foi simplesmente
aterrador. O evento esportivo, ao invés de proporcionar uma convivência
agradável de pessoas que apreciam o esporte, deu lugar ao mais baixo grau de
comportamento de uma turba que não podemos classificar como humanos, aliás, nem
como animais, pois estes não são capazes de violência pela violência. Estes
seres inclassificáveis, infelizmente, convivem conosco, nós os humanos.
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Atleticano cai desacordado depois de agressão. Foto: Cleber Yamaguchi/Agência Eleven/Gazeta Press |
Quem viu as cenas de violência
neste jogo só pode concluir que aquilo extrapola à condição humana. Se estes seres
abjetos e degradantes podem ser chamados de humanos, pobre humanidade terral
que tem por fundamento a razão, a legisladora da boa conduta e que é a
salvaguarda e garantia da paz como o bem maior da civilização! Este instinto
destruidor que se viu, tão acentuado a ponto de ficarem cegos para a condição
humana, não se coaduna para aprimorar e enlevar a humanidade.
Pressupõe-se que quem vai a um
evento esportivo, além de praticar a sociabilidade, quer ver exemplos (nos
jogadores) de destreza, esforço, beleza e demais qualidades que educam a pessoa
na formação de um caráter probo. E quando se trata de um espetáculo lúdico
competitivo, isto não quer dizer que o aspecto competitivo significa uma
batalha sangrenta de vida ou morte. O esporte sempre é competitivo, caso
contrário ele não educa. Mesmo quando ele é praticado individualmente, ele
ainda é competitivo, pois compete-se consigo mesmo para seu próprio
aprimoramento e fortalecimento espiritual e corporal.
Mas ontem não vimos uma
prática de sociabilidade nas arquibancadas. Vimos seres sanguinários e
ensandecidos, intencionados a liberar o instinto destruidor que não faz parte
do espetáculo lúdico. Vimos a pior espécie de seres engalfinharem-se numa
competição de autodestruição, oferecendo sangue como prêmio de valentia, ou
melhor de covardia. O suor faz parte das competições, pois denota esforço e
dedicação. Mas sangue, neste caso, denota um instinto destruidor…
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 09-12-2013
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