A entrevista ao DN da
embaixadora de Cuba em Lisboa é uma peça de antologia. Qualquer
embaixador, ministro, empresário… devia ser entrevistado assim. Uma coisa
tocante. A senhora embaixadora explica como é que o presidente dos EUA
pode ou não intervir na “proibição de os cubanos [que vivem nos EUA] visitarem a ilha.“ (Coitadinhos
dos cubanos que vivem nos EUA e têm limitações nas visitas à terra donde a
maioria fugiu!) E, pelo menos na edição on line nem uma linha, nem uma
pergunta sobre os cubanos que vivem em Cuba e coitados não podem visitar nem
ilhas, nem penínsulas, nem arquipélagos, nem istmos, nem continentes, nem
ilhéus… além daquela terra governada por uma clique gerôntica que goza de uma
bela imprensa.
Não fosse a senhora
embaixadora colocar as coisas em seu devido nível – “Os EUA negoceiam com os talibãs, com países que têm arma nuclear, com terroristas. Mas não se sentam a negociar com Cuba“ – e até pareceria que
os dirigentes cubanos são assim uma espécie de líderes suecos perseguidos pela
intolerância dos EUA.
Por fim acho sempre tocante as
críticas ao embargo norte-americano pois até mais ver são a defesa mais
entusiástica do capitalismo que conheço já que atribuir ao embargo
norte-americano a responsabilidade pela pobreza em Cuba – coisa ainda mais
interessante se se tiver em conta que o regime cubano se construiu numa
retórica anti-americana com a consequente nacionalização dos bens e companhias
dos norte-americanos naquele país – é um reconhecimento da derrota de todas as
quimeras socialistas.
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