quarta-feira, 9 de agosto de 2017

A brigada antirracismo das esquerdas radicais

Cristina Miranda

Sempre que alguém tem uma ideia divergente no que concerne a minorias sejam elas quais forem, vem logo uma “Brigada Antirracismo” para atacar ferozmente as vozes dissonantes. O ataque que mais parece de cães raivosos enlouquecidos é sempre carregado de mimos insultuosos onde se repete até à exaustão palavras como racistaxenófobohomofóbico e outras tretas. O objetivo é transmitir ao interlocutor sentimentos de culpa por ousar questionar as pobres minorias que simplesmente por serem minorias são uns pobres coitados postos à margem por uma sociedade capitalista. 

Chegamos ao ponto de não poder comentar factos. Falar mal de criminosos é socialmente aceite se o criminoso for branco, heterossexual, cristão, ateu ou judeu. Mas se tiver outra cor de pele, tendência sexual ou religião, a “Brigada Antirracismo” vai conotar-nos de racistas, xenófobos e homofóbicos. Quem ousar dizer que o Islão é uma religião dominadora/invasora como o comprova a destruição de igrejas católicas na Europa para construir mesquitas ou a imposição da lei da Sharia em vários países, vai ser silenciado com ataques acusatórios de racismo mesmo sabendo-se que há uma perseguição aberta aos católicos, judeus e homossexuais por essa religião. Afinal em que ficamos? Quem são os racistas, xenófobos e homofóbicos?

Para sermos poupados a este enxovalho temos de aceitar tudo. Mesmo tudo. Assim, se umas senhoras resolvem querer utilizar uma piscina privada tapadas só com rosto visível, os proprietários terão de aceitar a indumentária sem restrições. Só porque são muçulmanas.  Mesmo que essa vestimenta seja um símbolo religioso que representa a opressão sobre as mulheres no oriente. Nós, cultura ocidental, temos de ser abertos a isso e apoiar. Temos de respeitar, dizem eles. Regredir se falta fizer, à idade média.

Porém, estas Brigadas são as mesmas que berram a toda a hora que o nosso país é laico, que não pode haver uma imposição de uma religião sobre os cidadãos, que todos somos livres de ter ou não religião logo os símbolos como os crucifixos nas escolas são proibidos ao abrigo da nossa Constituição. Ah! mas se for o islão a impor que não se sirva carne de porco nas escolas, que se use véu dos pés à cabeça ou seja lá o que for? Temos de respeitar em prol da minoria, pois claro! Aí já não somos laicos e até usamos dinheiros públicos para financiar mesquitas expropriando particulares. Pois, coitados. Tudo pelo bem das minorias.  E se forem ocidentais a serem bloqueados numa discoteca pela indumentária, ou quererem praticar nudismo fora de uma praia autorizada, ou quererem entrar em piscina de hotel com fato de surf ou de mergulho? Há problema? Sim?! Não?! Decidam-se. Antes que eu vos chame de “racistas”.

Entretanto vai-se passando às populações a ideia errada que quem entra num país pode impor sua cultura anulando a existente. Ou seja, eu posso no Japão impor a não obrigatoriedade de tirar os sapatos quando entro em casa particular ou recusar-me a comer sentado no chão por achar pouco higiénico ou mesmo numa mesquita entrar de sapatos porque sou ocidental. Ah! Espera… não posso. Sou ocidental logo, nos países dos outros tenho de respeitar seus costumes, sua cultura, sua história. Só quem vem ao Ocidente é que não. A estupidez é tanta que breve seremos uma Europa descaracterizada onde chegar a França, Bélgica, Suécia ou Alemanha será como visitar um país árabe. Deixarão de haver vestígios ocidentais.  Será, do género, “visite o Mundo árabe sem sair da Europa”. Não duvidem.

A verdade é que estas “Brigadas Antirracismo” não defendem coisa nenhuma. Instrumentalizam essas minorias para atacar indiretamente a sociedade capitalista onde elas se inserem, e quem a defende, culpabilizando essa sociedade por estas desigualdades. Não passa de imposição de ideologia marxista camuflada.

Francisco Louçã, por exemplo, está-se pouco lixando para os ciganos e os pobres. Não faz efetivamente nada por eles. Assim como Catarina Martins ou Jerónimo. A prova é que eles mesmos se segregam ao colocarem os filhos em colégios privados, não frequentando lugares acessíveis a ciganos ou beneficiários do RSI, nem vivendo sequer perto deles. São finos burgueses de casta alta que conduzem Porsches, fazem compras e vivem nas melhores zonas da cidade como capitalistas. Não se misturam. Integrar é para os outros enquanto eles fingem preocupar-se com estas questões só para passar uma única mensagem (falsa): o capitalismo destrói sociedades. Ponto.

Não é racismo nenhum dizer que todas a comunidades são bem-vindas desde que se integrem no país receptor, desde que não sejam invasoras. Porque impor limites não é coagir liberdades. É exigir respeito pelas culturas dominantes que caracterizam um país, um povo. Aceitar que se apague toda a história de uma nação é o mesmo que aceitar a sua extinção deixando que uma minoria de hoje seja a maioria amanhã fomentando o desaparecimento de toda uma cultura.
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias, 7-8-2017

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