quinta-feira, 6 de junho de 2024

[Daqui e Dali] A situação da igreja em Portugal


Humberto Pinho da Silva

É do conhecimento de todos que participam na missa dominical, que existe grande diminuição de fiéis, não só de jovens, como de crentes idosos.

Várias são as razões: A epidemia (Covid) que afastou da Igreja – por medo de contágio – muitos católicos; a deslocação da população citadina para as preferias; o facto de muitos idosos haverem falecido, devido à epidemia; e o comodismo de alguns, que passaram a "assistir" à missa pela televisão.

Acrescentaria igualmente, a deficiente evangelização e o comportamento indigno de alguns sacerdotes e fiéis.

Recentemente, o matutino" Correio da Manhã", de 3 de março de 2024, realizou pesquisa sobre a situação da Igreja Católica, em Portugal, chegando às seguintes conclusões:

A quebra de fiéis na missa é quase de 50%; no interior, apenas 10%.

Alentejo, Minho e Trás-os-Montes, assim como os Açores, foram as regiões mais afetadas, (possivelmente, digo eu, devido à emigração).

Lisboa, Madeira e o Algarve, foram as que menos sofreram, mantendo-se quase inalterável o número de fiéis.

Como é natural, a diminuição de crentes afetou a receita, no ofertório e nas caixas.

As ofertas desceram de 60 para 35 milhões de euros. (Não será, em parte, devido à dificuldade financeira em que vive a classe média?)

Apesar das vocações sacerdotais terem diminuído, ainda se celebram 6.000 missas dominicais, celebradas por 2 655 padres. Menos 600 do que em 2014.

Foram estas as principais conclusões a que o "CM" chegou, após ter contactado 32 paróquias e bispos diocesanos.

Desconfio que alguns leitores, também gostariam de conhecer a situação religiosa em Portugal - Igrejas cristãs e não cristãs, colhidas no INE, e no Censo de 2021:

Ortodoxos, em 1981 eram 2 564; em 2021, 60 381. Deve-se, certamente, à entrada de imigrantes do Leste Europeu.

Evangélicos, eram em 2021: 186 832.

Testemunhas de Jeová, em 2021: 63 609.

Hindus: 19 471.

Budistas: 16 757.

Católicos: +- 7 milhões.

Ateus, eram em 1981: 253 786; em 2021: 1,2 milhões.

Há aumento significativo de Judeus, devido à lei sefardista, que autoriza descendentes de israelitas que viveram em Portugal, terem dupla nacionalidade.

Havia também em Portugal, em 2021, cerca de: 36 480 muçulmanos, originários, em parte, de países árabes e nações africanas.

Devido à entrada maciça de imigrantes, nos últimos anos, é natural que os números indicados, não reflitam a verdade atual.

Título e Texto: Humberto Pinho da Silva, maio de 2024

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