O prédio entre as ruas Bolívar e Barão de Ipanema estava invadido por uma organização LGBT, e a justiça decidiu devolver a posse aos proprietários, após três anos
Bruna Castro
O prédio, que já chegou até a
pegar fogo na mão dos invasores, fica localizado ao lado do Burger King, e
estava fechado há muitos anos. Na época, informações obtidas pelo DIÁRIO no
Fórum do Rio de Janeiro deram conta de que o imóvel seria objeto de uma disputa
judicial entre herdeiros do empresário Wagih Murad, assassinado anos atrás pela
chamada “viúva negra”.
Segundo informações dadas pela Sociedade Amigos de Copacabana, quando da invasão a entidade notificou a prefeitura do ocorrido, temendo consequências ruins até para os invasores, face ao estado do imóvel, que é muito ruim. A polícia militar e a justiça realizaram a desocupação esta manhã, acompanhados dos representantes do escritório Osthoff & Santanna Gomes Advogados, que representa os donos do imóvel.
“As invasões a imóveis não param,
e às vezes são muito lucrativas“, disse ao DIÁRIO o
gerente da Sergio Castro Imóveis, Adriano Nascimento. “Os casos se
multiplicam, e por vezes os invasores ganham valores vultosos até mesmo
alugando o imóvel invadido, como fizeram com o prédio da antiga Hermes Macedo,
na Avenida Brasil em Bonsucesso, onde mais de vinte pequenas lojinhas dizem
pagar aluguéis aos chefes da invasão”.
As invasões no Rio de Janeiro
se intensificaram após a polêmica decisão do STF que proibiu as reintegrações
de posse no Rio de Janeiro, durante a pandemia, conforme noticiamos aqui.
O DIÁRIO DO RIO tem sido voz solitária na luta contra as gangues de invasores de imóveis que vêm atuando nas zonas Sul, Norte e Centro da Cidade. Com pretextos tão diversos quanto “movimentos por moradia”, “direitos LGBTQ” ou mesmo a exploração de comércio no local ou a depredação para venda de ferragens, gradis, madeiras nobres e louças sanitárias, a verdade é que a invasão de imóveis no Rio de Janeiro virou uma indústria, como diversos casos que noticiamos aqui.
Título e Texto: Bruna Castro, Diário do Rio, 12-12-2024; Fotos: Daniel Martins
O que quer a bandeira palestina exibida lá no prédio?
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