Não é fácil supor nem precaver Qualquer coisa na vida que arrastamos,
Porque nunca, sem dúvida, evitamos
Aquilo que nos tem de suceder.
Caímos no receio de viver;
E a pouco nos familiarizamos
Com a atitude inútil que pensamos
Tomar para o que vai acontecer…
E esse caso previsto chega e vem
no desejo da grande precaução
que não serve, afinal, para ninguém!
A vida surpreende a cada passo;
E sem a humana e mesquinha intervenção
Resolve o mais difícil embaraço.
António Botto
Dedicado à Senhora Doutora Dona Maria Luísa Forjaz de Sampaio
Faculdade de Ciências, Queima das Fitas, Coimbra, 1967
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