quinta-feira, 13 de março de 2025

[Daqui e Dali] Somos primos uns dos outros


Humberto Pinho da Silva 

"Descendo de D. Afonso Henriques, assim como o leitor, e igualmente de qualquer servo de plebe do século XII. Todos os europeus descendem de Carlos Magno e de Maomé. Todos os seres humanos vivos descendem de Confúcio. E também de qualquer escravo do antigo Egito. São surpresas da Matemática da genealogia." - Jorge Buescu.

Portanto, meu caro leitor, somos todos primos, uns dos outros, em diferente grau de parentesco.

Descendemos de Reis, somos primos de navegadores e do célebre sábio de Israel, Salomão. Para sabermos se é verdade, basta paciência, e procurar bisavós; os bisavós dos bisavós… É a conclusão a que chegou a Matemática da genealogia.

Uns, descobrem rapidamente o ilustre parente, recuando duas ou três gerações; outros precisam de recuar, após aturadas pesquisas, até à 340ª geração, para encontrarem entre os antepassados figuras ilustres.

Assevera a Matemática da genealogia que todos nós temos um pai e uma mãe; quatro avós e oito bisavós; e quanto mais recuarmos, o número dos antepassados, via masculina e feminina, avoluma-se. Claro que a genealogia deverá ser, se possível, em linha direta e masculina.

A árvore genealógica é gigantesca: os ramos acabam por se entroncarem num tronco comum. Árvore cujas raízes se perdem num único tronco: a Árvore da humanidade.

Não erramos se dissermos: o brasileiro tem raízes em Africa, na Europa e em todos os outros continentes, devido à imigração maciça, mormente no século XX, o que alterou bastante as antigas tradições dos primitivos colonizadores – portugueses e italianos.

Tudo ou quase tudo que escrevo é a conclusão a que chegou Joseph Chang, da Universidade de Yale.

Tive oportunidade de entrevistar figura importante da nobreza portuguesa, da mais nobre linhagem. A certo passo da conversa, falou-me do pai, reconhecido intelectual, e comunicou-me seu pensar sobre o que é ser nobre:

"Ser descendente de... é orgulho, mas não privilégio, pelo contrário, um dever. Há obrigações a respeitar – como o nome que recebemos – pela atitude, probidade e carácter. Para ser nobre não basta ter sangue "azul". Mas só são verdadeiramente nobres os que respeitam os antepassados, pela conduta e atitude. Infelizmente nem todos pensam assim."

As citações e pareceres apresentados, nesta crónica, foram colhidas do tomo: "Ascendência Portuguesa de uma Família Nobre Portuguesa" – Introdução. 

Título e Texto: Humberto Pinho da Silva, março de 2025

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