Humberto Pinho da Silva
"Descendo de D.
Afonso Henriques, assim como o leitor, e igualmente de qualquer servo de plebe
do século XII. Todos os europeus descendem de Carlos Magno e de Maomé. Todos os
seres humanos vivos descendem de Confúcio. E também de qualquer escravo do
antigo Egito. São surpresas da Matemática da genealogia." - Jorge Buescu.
Portanto, meu caro leitor,
somos todos primos, uns dos outros, em diferente grau de parentesco.
Descendemos de Reis, somos
primos de navegadores e do célebre sábio de Israel, Salomão. Para sabermos se é
verdade, basta paciência, e procurar bisavós; os bisavós dos bisavós… É a
conclusão a que chegou a Matemática da genealogia.
Uns, descobrem rapidamente
o ilustre parente, recuando duas ou três gerações; outros precisam de recuar,
após aturadas pesquisas, até à 340ª geração, para encontrarem entre os
antepassados figuras ilustres.
Assevera a Matemática da
genealogia que todos nós temos um pai e uma mãe; quatro avós e oito bisavós; e
quanto mais recuarmos, o número dos antepassados, via masculina e feminina,
avoluma-se. Claro que a genealogia deverá ser, se possível, em linha direta e
masculina.
A árvore genealógica é gigantesca: os ramos acabam por se entroncarem num tronco comum. Árvore cujas raízes se perdem num único tronco: a Árvore da humanidade.
Não erramos se dissermos:
o brasileiro tem raízes em Africa, na Europa e em todos os outros continentes,
devido à imigração maciça, mormente no século XX, o que alterou bastante as
antigas tradições dos primitivos colonizadores – portugueses e italianos.
Tudo ou quase tudo que
escrevo é a conclusão a que chegou Joseph Chang, da Universidade de Yale.
Tive oportunidade de
entrevistar figura importante da nobreza portuguesa, da mais nobre linhagem. A
certo passo da conversa, falou-me do pai, reconhecido intelectual, e
comunicou-me seu pensar sobre o que é ser nobre:
"Ser descendente
de... é orgulho, mas não privilégio, pelo contrário, um dever. Há obrigações a
respeitar – como o nome que recebemos – pela atitude, probidade e carácter.
Para ser nobre não basta ter sangue "azul". Mas só são verdadeiramente
nobres os que respeitam os antepassados, pela conduta e atitude. Infelizmente
nem todos pensam assim."
As citações e pareceres apresentados, nesta crónica, foram colhidas do tomo: "Ascendência Portuguesa de uma Família Nobre Portuguesa" – Introdução.
Título e Texto: Humberto Pinho da Silva, março de 2025
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