Sofás, armários e entulho passaram a se acumular ao redor dos contêineres, gerando sujeira e reclamações; Prefeitura lembra que há retirada gratuita de bens inservíveis
Bruna Castro 
Foto: William Werneck/Comlurb
Copacabana, um dos bairros
mais densos e movimentados do Rio, enfrenta novamente o desafio da limpeza
urbana. Moradores têm denunciado que os novos contêineres instalados pela
Prefeitura, pensados para facilitar o descarte de lixo domiciliar, acabaram se
transformando em verdadeiros depósitos irregulares de móveis velhos, restos de
obra e toda sorte de entulho. A cena, repetida em diferentes ruas, tem gerado
sujeira, mau cheiro e uma sensação de abandono que incomoda quem circula
diariamente pelas calçadas do bairro.
Ruas como a Duvivier e a
Ministro Viveiros de Castro ilustram bem o problema. As caixas coletoras, que
deveriam receber apenas lixo comum, aparecem cercadas por sofás abandonados,
armários quebrados, portas, pedaços de madeira e até restos de pequenas reformas.
A situação se agravou de tal maneira na esquina da Rua Duvivier com a Carvalho
de Mendonça que a Comlurb decidiu retirar completamente os contêineres do local
nesta quinta-feira, depois de constatar que o equipamento estava sendo
sistematicamente usado de forma irregular.
Como se não bastasse, o caos dos catadores de lixo clandestinos continua infernizando os moradores da rua Dias da Rocha, verdadeiro paraíso para os ambulantes ilegais e toda sorte de informalidade que transforma a vida dos moradores locais num inferno, dia e noite.
A Sociedade Amigos de
Copacabana confirmou que já havia alertado para o risco de esses
pontos se transformarem em lixões a céu aberto. Para a entidade, trata-se de um
problema cultural: muitos moradores desconhecem — ou simplesmente ignoram — que
há serviços públicos gratuitos destinados exatamente ao recolhimento de bens
inservíveis. Enquanto isso, o bairro paga o preço com calçadas sujas, mau
cheiro e uma sobrecarga desnecessária na rotina de coleta.
O curioso é que o descarte
correto de móveis, eletrodomésticos velhos e restos de pequenas obras é mais
simples do que parece. A Comlurb mantém, 24 horas por dia, um
serviço gratuito de remoção desse tipo de material, evitando justamente que
objetos volumosos acabem abandonados nas ruas. Não é necessário contratar
carroceiros clandestinos, e quem insiste em descartar de forma irregular está
sujeito a multa.
Para agendar a coleta oficial,
basta entrar em contato com a Central de Atendimento 1746, inclusive pelo
WhatsApp (21 3460-1746). Após o agendamento, a Comlurb vai até o endereço e
recolhe o material de maneira totalmente gratuita e dentro da legalidade.
Com a chegada do verão e o
aumento da circulação de moradores e turistas, a esperança é que a consciência
coletiva prevaleça. Copacabana merece ruas mais limpas — e isso começa com o
simples gesto de descartar corretamente aquilo que já não tem mais utilidade.
Título e Texto: Bruna
Castro, Diário do Rio, 6-12-2025
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-