sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Para inglês ver... será?


Jonathas Filho
Ante a invasão de Portugal por Napoleão em 1807, D. João já tinha dado conhecimento ao grande general francês que se submeteria ao que ficou estabelecido no Bloqueio Continental e declarara guerra à Inglaterra em 30 de Outubro daquele ano. Só não informou a Bonaparte que uma espécie de “tratado secreto” entre Portugal e a Inglaterra, assinado anteriormente, no dia 22 do mesmo mês, fixava com segurança o “esquema” luso-britânico de pôr a salvo a família real e o governo português no nosso Brasil.
Portugal então, passou a ser uma espécie de protetorado inglês depois que se iniciaram as guerras contra os franceses. O próprio D. João pediu à Coroa Inglesa que os ingleses “tomassem conta” de Portugal, (uma espécie de “Please, take care of our home, right?”), enquanto ele “reinasse” aqui no Brasil. Sendo assim, os ingleses assumiram o comando das tropas militares portuguesas na luta conjunta contra França.

Os ingleses eram militares bastante articulados, minuciosos, calculistas e os portugueses totalmente sem controle, completamente desorganizados.
A partir de então, com as novas imposições de ordem na administração dos ingleses, os portugueses tiveram de se organizar conforme o combinado.
Sempre que os ingleses “lançavam “ uma nova lei era obrigatório a apresentação de um relatório a um oficial inglês e então os portugueses tiveram que “explicar” tudo do melhor jeito por escrito, para dar conhecimento aos ingleses de que estava tudo em ordem. Na prática era só no papel e servia apenas para mostrar teoricamente que tudo “corria dentro dos conformes” quando, na realidade, tudo estava bem diferente do que era informado, ou seja, “APENAS PRÁ INGLÊS VER”. A expressão nasce quase que naturalmente dos portugueses que prepararavam as exposições dos fatos no papel.

Cumpriam o mesmo ritual quando das visitas de oficiais de alta patente ingleses em determinados locais onde o que existia verdadeiramente era “fechada aos olhos” ou “maquiada” para que o aspecto os enganassem, aliás como se diz hoje “coisa de fachada”. Várias modalidades de disfarces, não só na aparência de locais como em relatórios que eram elaborados com o fito de apresentar um resultado que era o que os ingleses de fato queriam ver.
O QUE QUEREMOS VER COM RELAÇÃO AO ACORDO DO AERUS?



Fica aqui essa pergunta um tanto obsequiosa mas, com toda a razão, pertinente ao fato do Aerus já ter fornecido informativos abrangentes, consubstanciando tudo o que poderia ser discutido, observado, planejado ou até decidido, mesmo que em parte nessas intermináveis reuniões. Há, de fato, uma determinação da Presidente que deliberadamente decidiu dar um justo fim a essa situação, pois existem motivos jurídicos suficientes (vide Antecipação de Tutela e SL 127) embasando tal atitude. Relembremos que nesses quase 8 (oito) anos, essa demora angustiante abreviou o tempo do “pernoite em vida” de mais de 850 colegas participantes do Aerus.
ACREDITAMOS QUE NÃO EXISTA SEQUER UM INGLÊS QUE SEJA PARTICIPANTE DO NOSSO FUNDO DE PENSÃO AERUS E, PORTANTO, ESPERAMOS UMA RESPOSTA RÁPIDA, JUSTA, VERDADEIRA E POSITIVA QUE VENHA DEFINITIVAMENTE PÔR FIM A ESSA ANGÚSTIA.
Título e Texto: Jonathas Filho, Comissário de Bordo Varig, Aposentado AERUS, 30-8-2013

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