sábado, 24 de agosto de 2013

O ferry dos Açores, exemplo de sabotagem económica

Pinho Cardão

A história do "ferry" que foi construído nos estaleiros de Viana do Castelo para fazer a interligação das ilhas dos Açores, e que foi rejeitado pelo Governo Regional socialista do Sr. Carlos César, porque, em vez de dar 20 nós de velocidade, só dava 18,5 nós, parece um exemplo acabado de sabotagem económica e de crime sem castigo. Melhor, de crime premiado, pois os seus fautores nunca foram incomodados no exercício das suas funções políticas, foram até elogiado pela firmeza de atitude, e continuam a ser das cabeças ditas pensantes e, seguramente, omnipresentes do Partido Socialista. 
Primeiro, projectou-se um "ferry" para transportar uma dúzia de carros e 2 camiões e ainda 80 passageiros, lotação considerada adequada para viagens de rotina entre as ilhas dos Açores. Mas alguém se lembrou que uma vez por ano há as "Festas do Senhor Santo Cristo" e, nesse dia, a procura poderia subir para umas centenas de passageiros. Daí, decidiu o Governo encomendar um navio, não com 80, mas com  700 lugares e apto a navegar a uma velocidade de 20 nós.

Mas, claro, o Governo de César não resistiu a algumas importantes alterações, do género camarotes de luxo, socialimo oblige, pelo que o projecto final implicou mais peso em relação ao projecto inicial, retirando obviamente velocidade, que passou dos 20 nós para apenas 18,5 nós. 
Esta importante redução de velocidade, não compatível com o ritmo pretendido, levou o Governo Regional a recusar a encomenda. Em consequência, o ferry encontra-se parado, mas custando a sua manutenção umas centenas de milhares de euros por mês.

Entretanto o Governo dos Açores alugou um ferry que só dá 14 nós e custa vários milhões de euros por ano. E os Estaleiros de Viana do Castelo estão na situação que conhecemos. E quem decidiu tudo isto, sabotando uma empresa pública, o Estado e a economia, anda por aí à solta. Pior, a dizer como se deve governar. 

Nota: Recolhido de notícias dispersas nos jornais e de um texto atribuído ao General José Vizela Cardoso, que foi o primeiro director do SIEDM (Serviço de Informação Estratégica e de Defesa). Situação confirmada por pessoa que penso estar bem informada. 
Título, Imagem e Texto: Pinho Cardão, no blogue “4R – Quarta República”, 24-8-2013

Sempre achei isso, desde o primeiro momento que soube desse imbroglio. Me causou uma surpresa enorme ao saber dessa decisão do Governo Regional dos Açores, não entrava na minha cabeça: então um governo regional se recusa a receber uma encomenda executada por uma empresa "pública" nacional?! Mas quando soube que o Governador era do PS aí entendi tudo. E fiquei com nojo, um nojo muito grande por esse Carlos César "au fur et à mesure" que ia assistindo, na TV, às suas intervenções e decisões...
Mas a "comunicação social" não se indigna, não esclarece os telespectadores. Em contrapartida, ao povo português só  lhe ficou faltando saber o tamanho da pilinha do Sr. Mário Relvas – que não causou nenhum prejuízo aos cofres da Nação.

2 comentários:

  1. Pois,não sei qual o espanto meus amigos,mas não foi esse partido que em trinta anos levou o pais a três bancarrotas?e depois lá vem PSD pôr tudo na ordem e depois volta tudo ao mesmo,ah mas a culpada é a Merkl.Francisco Benedito

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