domingo, 1 de dezembro de 2013

71º capítulo (daquela Série): Passaporte

Primeiro capítulo: Páginas de vida: que me ensinaram a não gostar de nacionalismos
 


Era o primeiro voo do Boeing 747-400 para Miami, ou Orlando, não lembro mais.
O comandante, Sérgio Gomes, era, na época, o titular da Gerência dos Comissários na Diretoria de Operações. A Chefe de Equipe, Arlette. Eu era o Supervisor de Cabine da Econômica.

Briefing especial, todos muito estimulados por fazerem parte daquela tripulação. Afinal, uma tripulação escolhida pela Gerência.

O jumbão decolou para São Paulo, a escala antes de chegar aos EUA.

Servimos o suco padrão aos passageiros e, como sempre, aproveitamos para preencher a Declaração da Alfândega norte-americana. Foi nessa hora que “gelei”: havia esquecido o passaporte.


Voei por trinta e dois anos, foi a única vez que isso aconteceu. Eu tinha um ritual muito preciso. O passaporte estava sempre no bolso interno do paletó do uniforme. Se trocava o paletó, tanto o passaporte, como os meus óculos, as divisas, a placa de identificação, o protetor de lábios, alfinete de gravata… iam para os seus “respectivos” bolsos.

Enfim, envergonhado, desembarquei em Guarulhos. Outro Supervisor de Cabine, de reserva no aeroporto, assumiu o meu posto.

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