Vitor Cunha
José Saramago acabou de lançar
um novo livro, acto que não sendo extraordinário para um autor falecido é
ligeiramente desconcertante pela quantidade de texto escrito pelo próprio, a
saber 22 ou 23 páginas em Times New Roman 16 com margens de 3 cm. A fragmentação
do eu sempre foi parte integrante da obra de José Saramago graças ao
espaçamento entre a irmandade comunitária da ausência de propriedade marxista e
o preço de capa do livro. Aqui, Saramago leva-nos a uma fragmentação ainda
maior, fragmentação esta que constitui uma ausência de conceito, ideia,
narrativa, história, desenvolvimento e conteúdo. Sendo uma obra inacabada que
tanto pode oscilar entre o “não iniciada” e “definitivamente abortada”, a única
crítica justa que se pode fazer a este extraordinário livro é que
Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias, 3-10-2014
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