Plínio Sgarbi
O PSDB perdeu por sua própria
incompetência. Nesses doze anos só foi oposição nos últimos sessenta dias e o
único PSDBista que representou muito bem seu papel foi o Senador paranaense
reeleito, Álvaro Dias. O partido de muitos caciques disputando o poder rachou
em 2006 com a indicação do até então desconhecido vaidoso Alckmin sobre a
candidatura natural que era o Serra.
O comportamento da oposição
que nunca ameaçou Lula com impeachment se deu pela equivocada convicção de que
aquela altura da crise do mensalão, o PT sangraria tanto que chegaria morto
para a reeleição e foi-se acovardando, pois mais um impeachment (dois em menos
de 20 anos) pegaria muito mal no cenário mundial de modo afugentar
investimentos/capital estrangeiros com risco de uma economia estagnada, recessão,
queda nas exportações, aumento do desemprego...
Poderia colocar em sérias
discussões sobre as fragilidades dessa Democracia que foi muito mal planejada e
está ainda pior na forma pela qual está sendo conduzida. Poderia abrir outras
ainda variadas discussões a respeito e isso, eles (o Poder e a impressa), não
querem.
Já em 2010 o partido estava
tão rachado que Aécio (até então o queridinho de Lula) ficou em cima do muro
que o PT tentou, com rasgados elogios, seduzi-lo.
Serra teve imensas
dificuldades para o consenso da escolha do Vice em que, nos 45 minutos do
segundo tempo, os caciques do PSDB indicaram um “Índio” desconhecido. Os
marqueteiros da campanha chegaram ao absurdo de colar a imagem de Serra com a
de Lula, indicando que os dois eram parecidos, com um jingle que dizia que
"quando o Lula sair é o Zé que eu quero Lá" (alusão medíocre daquele
Lula-Lá).
Errou novamente agora com a
rasteira política do café com leite, com a composição paulista como vice de
chapa do mineiro em detrimento do paranaense Álvaro Dias.
Enfim, resta ao PSDB manter a
mesma postura que teve nestes últimos sessenta dias, ou seja, de uma verdadeira
oposição para impedir mais doze anos de PT. Entender que Lula não é a cara do
Brasil e o Brasil não é isto que Lula e o PT representam pois, somado aos seus
votos constam a abstenção, os votos nulo mais os votos em branco em que o PT
não foi reeleito pela maioria absoluta do eleitorado.
No Estado de São Paulo Aécio
teve 80% dos votos válidos.
Título, Imagem e Texto: Plínio Sgarbi,
27-10-2014
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