segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Luto pelo Brasil – O que aprendemos

Plínio Sgarbi

O PSDB perdeu por sua própria incompetência. Nesses doze anos só foi oposição nos últimos sessenta dias e o único PSDBista que representou muito bem seu papel foi o Senador paranaense reeleito, Álvaro Dias. O partido de muitos caciques disputando o poder rachou em 2006 com a indicação do até então desconhecido vaidoso Alckmin sobre a candidatura natural que era o Serra.

O comportamento da oposição que nunca ameaçou Lula com impeachment se deu pela equivocada convicção de que aquela altura da crise do mensalão, o PT sangraria tanto que chegaria morto para a reeleição e foi-se acovardando, pois mais um impeachment (dois em menos de 20 anos) pegaria muito mal no cenário mundial de modo afugentar investimentos/capital estrangeiros com risco de uma economia estagnada, recessão, queda nas exportações, aumento do desemprego...

Poderia colocar em sérias discussões sobre as fragilidades dessa Democracia que foi muito mal planejada e está ainda pior na forma pela qual está sendo conduzida. Poderia abrir outras ainda variadas discussões a respeito e isso, eles (o Poder e a impressa), não querem.

Já em 2010 o partido estava tão rachado que Aécio (até então o queridinho de Lula) ficou em cima do muro que o PT tentou, com rasgados elogios, seduzi-lo.

Serra teve imensas dificuldades para o consenso da escolha do Vice em que, nos 45 minutos do segundo tempo, os caciques do PSDB indicaram um “Índio” desconhecido. Os marqueteiros da campanha chegaram ao absurdo de colar a imagem de Serra com a de Lula, indicando que os dois eram parecidos, com um jingle que dizia que "quando o Lula sair é o Zé que eu quero Lá" (alusão medíocre daquele Lula-Lá).

Errou novamente agora com a rasteira política do café com leite, com a composição paulista como vice de chapa do mineiro em detrimento do paranaense Álvaro Dias.

Enfim, resta ao PSDB manter a mesma postura que teve nestes últimos sessenta dias, ou seja, de uma verdadeira oposição para impedir mais doze anos de PT. Entender que Lula não é a cara do Brasil e o Brasil não é isto que Lula e o PT representam pois, somado aos seus votos constam a abstenção, os votos nulo mais os votos em branco em que o PT não foi reeleito pela maioria absoluta do eleitorado. 

No Estado de São Paulo Aécio teve 80% dos votos válidos.
Título, Imagem e Texto: Plínio Sgarbi, 27-10-2014

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