Pinho Cardão
Pelo que fui ouvindo nos
diversos canais de televisão, a grande, senão exclusiva, questão do debate
sobre o Orçamento de Estado para 2015 foi a reposição, integral ou parcial, dos
vencimentos dos funcionários públicos.
Confere em absoluto. O Estado
é cada vez mais dos funcionários e para os funcionários. Melhor, dos seus
Sindicatos e para os seus Sindicatos. Eles paralisam (apesar de tudo, não tanto
como gostavam…), serviços públicos, escolas, estabelecimentos de saúde,
transportes públicos, tribunais, perturbam o funcionamento do Parlamento,
interrompem sessões solenes comemorativas de grandes acontecimentos históricos,
sem respeito por nada, nem por ninguém, impedem discursos do Presidente da República,
do Primeiro-Ministro e dos Ministros, sem se lembrarem dos problemas causados às
populações que deviam servir.
Arrogam-se o direito de
definir as políticas da educação, da saúde e da justiça, de estabelecer o que
deve ser privado ou nacionalizado, de demitir ministros e até governos.
Por interpostos deputados,
criam leis de incompatibilidades que, não tarda, para exercer qualquer cargo
público, só se poderá candidatar um sujeito liofilizado por curriculum
exclusivo de funcionário. Eles e os seus Sindicatos e agentes políticos
são o Estado, mandam no Estado e, por este andar, reivindicarão o exclusivo do
voto que legitima os governos.
Nota: Para os leitores mais apressados, deixo já o aviso de que o post não é contra os funcionários. Mas é contra quem se serve deles.
Título e Texto: Pinho Cardão, “4R– Quarta República”, 31-10-2014
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