Governo não tem autoridade moral para pedir diálogo
Aloysio Nunes
O líder do PSDB no Senado,
Aloysio Nunes Ferreira (SP), subiu à tribuna da Casa nesta terça-feira (28)
para fazer um duro discurso no qual denunciou violências que sofreu durante o
processo eleitoral neste ano. O desabafo do senador também deixou claro qual
será o tom da oposição do partido ao governo petista no segundo mandato de
Dilma Rousseff.
Ferreira resumiu a série de
ataques que passou a sofrer mesmo desde antes das eleições, nos quais a central
de calúnias petistas na internet o teria mostrado como homofóbico, contrário à
criação da Comissão da Verdade, à PEC do trabalho Escravo e a MP da
reestruturação da carreira do policial federal. O mais grave, porém, ficou para
o final.
O líder revelou em plenário
que, dias antes da eleição, um parente o contatou por telefone para narrar que
o senador estava sendo acusado nas redes do PT de ser traficante de drogas.
Para Aloysio, o fato deflagrou o limite da falta de caráter dos adversários,
adicionada às diversas calúnias destinadas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao
longo do processo eleitoral.
“Como é possível uma coisa dessas? Como é possível descer tão baixo na
calúnia, na infâmia? Transformaram as redes sociais num esgoto fedorento para
destruir adversários. Foi isso o que eles fizeram. E não diga a candidata Dilma
que não sabia que isso estava acontecendo, porque todos perceberam o joguinho
de pingue-pongue que foi feito entre as insinuações que ela fez nos debates da
televisão e coro nas redes sociais”, condenou.
Para o senador, ao incentivar
tais ações, o governo petista não tem “autoridade moral para pedir diálogo com
ninguém”, em referência à sinalização da presidente de conversar com a oposição
após ter sido reeleita. “Comigo, não. É um dialogo em que se estende uma mão e
na outra tem um punhal para lhe cravar na barriga, lhe cravar nas costas”. “Não
faço acordo, não quero ser sócio de um governo falido e nem ser cúmplice de um
governo corrupto.”
Aloysio prometeu não dar
trégua ao governo e prometeu fiscalizar todas as promessas feitas pela
presidente. Além disso, sinalizou que negociações sobre uma eventual reforma
política só poderão ir adiante após o esclarecimento de todas as denúncias de
corrupção na Petrobras.
As revelações do líder tucano
provocaram falas de solidariedade por parte dos senadores Renan Calheiros
(PMDB-AL), Ana Amélia (PP-RS), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Randolfe Rodrigues
(PSol-AP), Vital do Rego (PMDB-PB), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Antônio
Carlos Valadares (PSB-SE), Casildo Maldaner (PMDB-SC), Humberto Costa (PT-PE) e
Pedro Taques (PDT-MT).
Aloysio Nunes, 28-10-2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-