Pedro Passos Coelho mostrou-se
satisfeito pelos anos de legislatura em tempo de crise, criticou ainda aqueles
que só "sabem alimentar-se da desgraça e que olham agora gulosamente para
as eleições".
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Foto: José Coelho/Lusa
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O primeiro-ministro, Pedro
Passos Coelho, congratulou-se esta terça-feira pelo trabalho desenvolvido nos
últimos anos para retirar Portugal da crise, criticando os que “sabem
alimentar-se da desgraça e que olham agora gulosamente para as eleições”.
“Crescer dá trabalho, ter
projetos bem-sucedidos dão trabalho (…). As coisas não caem do céu, dão
trabalho, exigem esforço (…), disse, acrescentando ter “a impressão de que nem
todos remaram para o mesmo lado”, nomeadamente “os que olham agora gulosamente
para as eleições”.
Segundo Passos Coelho,
Portugal vai ainda enfrentar “durante muitos anos um nível elevado de dívida
pública”. “São restrições reais”, “as coisas são como são”, salientou,
acrescentando que “a pior crise que pode acontecer ao país é ter um governo que
faça de conta”. Para o chefe do Governo, “o melhor favor que o Estado pode
fazer aos cidadãos é saber comportar-se com parcimónia”, não acrescentando
dívida à divida existente.
“E é isso que Portugal vai
precisar de fazer durante uns anos”, frisou.
O primeiro-ministro, que
falava na Câmara de Valença, destacou a necessidade de Portugal saber
aproveitar com rigor os próximos fundos comunitários. “Temos que gastar bem
cada euro que tivermos”, disse, sublinhando que na próxima década o país terá
os fundos comunitários como única fonte de financiamento.
O primeiro-ministro disse que
“a chamada contrapartida nacional não pode falhar”, sendo dever do Estado
garantir essa meta. “Esperamos que, desta vez, estes próximos sete anos sirvam
para convergir com a média europeia em vez divergir”, disse. Passos Coelho
acrescentou que este quadro comunitário de apoio (2014-2020) “tem que ter
regras diferentes das dos precedentes”, mostrando-se convencido de que hoje “todos
têm a noção muito aguda desta necessidade”.
Na sua opinião, “uma das
poucas vantagens” que a crise trouxe ao país foi o facto de agora as pessoas
terem a noção de que é preciso garantir que as verbas sejam devidamente gastas,
em projetos sustentáveis. A passagem do primeiro-ministro a Valença terminou
com uma visita a uma fábrica de produtos alimentares congelados, de capitais
luso-espanhóis.
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