Reinaldo Azevedo
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Urna eletrônica: ela está sob
suspeita; descrença se generaliza
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O PSDB decidiu pedir uma
auditoria nas urnas eletrônicas. Já há alguns dias estou para tratar do assunto
aqui. Eis a melhor hora. Faz sentido cobrar a verificação? Faz, sim., e vou
dizer por quê. Como nunca antes na história “destepaiz”, para citar o
Babalorixá de Banânina, multiplicaram-se as denúncias e as suspeitas de
ocorrências estranhas envolvendo as urnas eletrônicas. Digo com clareza o que
penso: pessoalmente, não acredito na possibilidade de fraude. Pessoas
tecnicamente competentes, que conhecem a área, me dizem que seria muito difícil
isso acontecer — há quem sustente ser impossível. Sem entrar em
minudências, digo que me deixei convencer. Mas também não posso ignorar algumas
coisas.
Minutos depois de desligadas
as urnas, recebi esta mensagem em meu celular. Apago o nome do emissor porque
não lhe pedi autorização para divulgar a mensagem. Sugiro que ele procure a
Corregedoria do TSE para relatar o episódio.
Recebi a seguinte mensagem em
meu celular:
Transcrevo:
“Sou presidente de mesa numa seção do Mackenzie — ele se refere a uma escola do bairro de Higienópolis, em São Paulo. Acabo de ser orientado a não lacrar o disquete/mídia da urna. Na verdade, não tenho nem envelope para lacrar, como é de costume. Foi dito que é em função da urgência para a apuração; que vão recolher rapidamente os disquetes, antes mesmo de entregar os outros materiais aos fiscais, para que seja levada rapidamente para apuração. Pra que a pressa se o Acre leva ainda mais não sei quantas horas?”
Se o coordenador jurídico do
PSDB, deputado Carlos Sampaio, quiser mais dados, é só me procurar que eu os
forneço. A não lacração, da forma como relata o presidente de mesa, poderia
abrir caminho para alguma irregularidade? Não sei. É preciso verificar.
A fraude pode ser uma dessas
lendas que surgem de vez em quando? É claro que sim! Feito a Loura do Banheiro
que assediava crianças nas escolas. Reitero que tendo a não acreditar na
fraude, mas é tal a quantidade de denúncias que alguma resposta precisa ser
dada. Quando menos porque o eleitorado tem de acreditar na lisura do processo.
Ou tenderá a se abster cada vez mais.
Uma coisa é fato: a descrença
nas urnas não tem corte de escolaridade, de renda, de ideologia, de nada. É
generalizada. Até compreendo os motivos. Nestes dias em que os anseios
participativos estão aflorados, em que se fala até em democracia direta, o
controle que a cidadania exerce sobre o sistema, convenham, é praticamente
igual a zero. O tal sistema é obra para especialistas. Considerando que se
trata de urna e eleição, não de uma usina nuclear, é justo que o eleitor queira
saber mais a respeito.
Inconformismo
É claro que as múltiplas denúncias e a desconfiança inédita nas urnas refletem também o descontentamento de muitos milhões com o resultado da eleição, que deu a vitória a Dilma por pouco mais de três pontos. Há coisas interessantes em curso: já topei com pessoas, nesses quatro dias, que votaram na petista e se dizem agora arrependidas, mesmo com a onipresença da represidenta na televisão, em múltiplas entrevistas.
É claro que as múltiplas denúncias e a desconfiança inédita nas urnas refletem também o descontentamento de muitos milhões com o resultado da eleição, que deu a vitória a Dilma por pouco mais de três pontos. Há coisas interessantes em curso: já topei com pessoas, nesses quatro dias, que votaram na petista e se dizem agora arrependidas, mesmo com a onipresença da represidenta na televisão, em múltiplas entrevistas.
Que se faça a auditoria.
Reitero que não tenho elementos para desconfiar das urnas, mas milhões de
eleitores julgam ter, e eles merecem, sim, uma resposta.
Título, Imagens e Texto: Reinaldo Azevedo, 31-10-2014
Mais uma denúncia grave sobre
as urnas, que chega com RG, CPF, nome e sobrenome
Recebo da leitora T. M. a
seguinte mensagem. Leiam. Volto em seguida.
Prezado Reinaldo Azevedo,
eu voto no colégio Rio Branco, em frente e o Sion. Quando chegou minha vez de votar, no primeiro turno, a mesária me pergunta se eu já havia votado. Eu disse que não. Ela chamou o fiscal e me conduziu para a coordenadora-geral porque lá constava que eu já havia votado.
Sumiram com meu título eleitoral. No final, exigi 2a. via do meu título e certidão de quitação eleitoral, já que sou aposentada (ELA CITA O ÓRGÃO PÚBLICO PARA O QUAL TRABALHOU) e preciso da quitação, senão não recebo meus proventos.
Esperei por duas horas lá, até chegar minha segunda via e a quitação. E disse que eu só sairia de lá após ter votado.
Não sei como fizeram, mas o fiscal me conduziu à sala de votação e consegui votar. Tenho o comprovante da certidão de quitação eleitoral, datada do dia 05 outubro.
Esta é a prova.
É preciso sim, que o PSDB exija apuração das urnas.
Atenciosamente,
T.M
eu voto no colégio Rio Branco, em frente e o Sion. Quando chegou minha vez de votar, no primeiro turno, a mesária me pergunta se eu já havia votado. Eu disse que não. Ela chamou o fiscal e me conduziu para a coordenadora-geral porque lá constava que eu já havia votado.
Sumiram com meu título eleitoral. No final, exigi 2a. via do meu título e certidão de quitação eleitoral, já que sou aposentada (ELA CITA O ÓRGÃO PÚBLICO PARA O QUAL TRABALHOU) e preciso da quitação, senão não recebo meus proventos.
Esperei por duas horas lá, até chegar minha segunda via e a quitação. E disse que eu só sairia de lá após ter votado.
Não sei como fizeram, mas o fiscal me conduziu à sala de votação e consegui votar. Tenho o comprovante da certidão de quitação eleitoral, datada do dia 05 outubro.
Esta é a prova.
É preciso sim, que o PSDB exija apuração das urnas.
Atenciosamente,
T.M
Voltei
T. M. manda nome, sobrenome, RG, CPF e órgão público do qual é aposentada. Eis aí um caso. Se ela estiver falando a verdade — e por que mentiria? —, a questão é grave. Se constava que ela já tinha votado, então o comando eletrônico do seu voto — o número que libera a urna — já tinha sido acionado. Como é que ele foi acionado uma segunda vez? O mesmo número, então, teria de permitir dois votos.
T. M. manda nome, sobrenome, RG, CPF e órgão público do qual é aposentada. Eis aí um caso. Se ela estiver falando a verdade — e por que mentiria? —, a questão é grave. Se constava que ela já tinha votado, então o comando eletrônico do seu voto — o número que libera a urna — já tinha sido acionado. Como é que ele foi acionado uma segunda vez? O mesmo número, então, teria de permitir dois votos.
É evidente que isso tem de ser
apurado. E com rigor. Os dados estão à disposição do deputado Carlos Sampaio
(PSDB-SP), que cuida do assunto no PSDB.
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