segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

O ódio como instrumento de luta

Rivadávia Rosa
Assim opera a projeção do mal por parte da esquerda:

- em nível socio-político psicológico busca identificar os inimigos, sobretudo do “povo” – pueblo e aí encontrar os rostos que absorvam a ideia de Mal;

- engendra-se uma belicosidade categorial contra o “mal”;

- apoiado numa ideologia, identifica um “rosto” e projeta o mal nesse rosto, ou seja, uma vez metabolizado a ideia de Mal nos outros, busca se localizá-lo numa instância concreta, na qual projeta a desdita geral, que é explorada politicamente à exaustão, mediante a construção de inimigos engendrada por uma permanente linha divisória da sociedade, na qual cria as categorias amigos/aliados e os demais passam a ser inimigos, constituindo-se o gérmen potencial da violência que leva a não consideração do outro como semelhante;

- o outro pensado como imerso numa categoria abstrata e   identificado como digno de ódio é uma das técnicas que permite sua destituição/eliminação como ser humano, uma vez que permite dirigir o mal efetivo contra ele. Cada pessoa subsumida sob o rosto do Mal perde seu próprio rosto, sendo fácil, por sua abstração, considerar supérfluo quem está demonizado sob tal categoria.

Com efeito, os seguidores do marxismo-leninismo e outras variantes afins da mesma gênese criminosa pensam e identificam a “burguesia”, como uma categoria, numa classe, não como seres humanos e, ademais ainda erigem outras categorias como “direitista”, “elites” (“zelites”), empresários capitalistas, e, até a sofrida classe média, como fez a novíssima pensadora do petismo-lulismo, sob os aplausos orgiásticos do seu chefe e militantes.


Nesse contexto se sobressai a irresponsabilidade da pirotecnia verbal, apontando e identificando os “inimigos”, acusados de “nazistas”, “fascistas”, “direitista” com incitação ao castigo, estímulo dos instintos sinistros de (des) humanidade e a partir daí toda e qualquer atrocidade é “auto justificada”. 

Essa ‘lógica’ perversa e criminosa pode levar uma pessoa medíocre a se converter não só em “assassino de reputações”, mas também e até num genocida, posto que a certa altura torna-se incapaz de distinguir o bem, do mal… mas o “mal” já foi identificado no “outro” erigido a “inimigo”.

Por fim, insidiosa e criminosamente forja-se um plano programático e sistemático de aniquilação comandado pelo governo já visível pelos sinais explícitos não só da violência política macro, mas também da violência social micro, cujo sucesso ocorre na medida em que as pessoas são convencidas que ele só existe nos outros, não nos que praticam o mal. Assim operou na extinta União Soviética, na China de Mao, e prossegue descaradamente em seu desiderato criminoso em Cuba da ditadura Castro, avança na Venezuela e nos demais satélites do bolivarianismo. Título e Texto: Rivadávia Rosa, 16-2-2015

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