quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Se fosse preciso lutar pelo país, a maioria dos portugueses não o faria

João Miguel Ribeiro
Um estudo da Win Gallup com um cenário hipotético resultou num fraco desempenho patriótico dos portugueses e dos europeus. Se fosse preciso lutar pelo país, em Portugal só 28 por cento o fariam. A média do estudo, realizado num total de 65 países, é de 60 por cento.

Cartão-postal ilustrado com aguarela de Alfredo Roque Gameiro (1864-1935).
Edição da firma Paulo Guedes e Saraiva, de Lisboa (1921

Um estudo realizado pela Win Gallup é pouco abonatório para Portugal num hipotético cenário de guerra.
Esta consultora internacional realizou um estudo, num total de 65 países, tendo por base uma pergunta: “Se houvesse uma guerra que envolvesse o seu país, estaria disposto a lutar pelo país?”

Na média dos 65 países onde foi realizado o estudo, 60 por cento das respostas era a favor do sim. Mas o que aconteceria em Portugal?

Num cenário de uma hipotética guerra envolvendo o nosso país, apenas 28 por cento dos portugueses estariam dispostos a pegar em armas.

De acordo com a Marktest, a associada da Win Gallup que ficou encarregada da análise ao caso nacional, Portugal é dos países onde a adesão popular seria menor, “com 28 por cento a referir que lutariam pelo país em caso de guerra, 47 por cento a indicar que não o fariam e 24 por cento a não responder à questão”.

Em termos comparativos, a média do estudo apontou para 60 por cento a responder afirmativamente, 27 por cento a rejeitar a hipótese e 12 por cento a não responder.

O estudo da Win Gallup evidenciou “diferenças muito significativas entre os vários países em análise”.

Ao contrário de Portugal, em países como Fiji, Marrocos, Paquistão, Vietname e Bangladesh a adesão seria superior a 85 por cento.

No fim da lista está o Japão, com apenas 11 por cento de respostas positivas. Portugal ‘superou’ ainda, neste cenário hipotético, Holanda, Alemanha, Bélgica e Itália.

O estudo da Win Gallup foi realizado entre outubro e novembro de 2014, junto de uma amostra de 64.909 entrevistados, residentes em 65 países de todas as regiões do mundo. Em Portugal, a Marktest foi a responsável pela recolha de informação, que consistiu num estudo online junto de uma amostra de 1000 indivíduos com 18 e mais anos. 
Título e Texto: João Miguel Ribeiro, PTJornal, 18-2-2015

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