José Manuel
Oskar Schindler foi um
empresário alemão que salvou a vida de mais de mil judeus durante o holocausto,
empregando-os em sua fábrica.
Steven Spielberg eternizou-o
no cinema com o filme Schindler's list
ou, para nós, A lista de Schindler, recebendo nada mais do que sete Oscars e é
considerado pela crítica especializada como o oitavo melhor filme já feito.
Enquanto Schindler e seu
colaborador Stern fizeram uma lista dos trabalhadores que seriam mantidos longe
dos trens de Auschwitz, evidentemente para salvá-los da morte certa, nós aqui
em Pindorama aguardamos por uma eternidade a lista de Atlas, diga-se de
passagem nada abonadora em contraste com a primeira e com aquele que na
mitologia grega é um dos titãs condenado por Zeus a sustentar os céus para
sempre, mas que também pode nos salvar politica e socialmente.
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Atlas carregando os céus nos ombros |
A lista de Atlas, ou daqueles
que teriam que sustentar para sempre as suas virtudes, uma vez que foram
colocados no poder pelo povo, é a lista dos nomes dos parlamentares, governadores,
ministros, envolvidos no escândalo do Petrolão e que está em poder do Procurador-Geral
da República.
A nação está ávida por
conhecer os nomes incluídos nessa lista, pois cada cidadão quer saber até aonde
vai a sua responsabilidade em ter dado o seu voto a pessoas inescrupulosas, que
se utilizam do voto obrigatório para seu enriquecimento pessoal, ao contrário
das responsabilidades determinadas a eles por esse mesmo voto.
Essa lista será mais um
ingrediente bombástico e será determinante para o prosseguimento de punições,
ou o eterno abrandamento imperdoável já tão conhecido, neste que já é
considerado o maior escândalo do planeta.
A partir deste momento crucial
para a história do país, em que os nomes serão conhecidos, ficará muito
claro até aonde pode chegar e como é utilizada "a liturgia
do poder" em que o correto é procurar
atingir os aspectos mais honestos dos indivíduos públicos, pregando a ética no
trabalho público, na disciplina do cargo que ocupa, do respeito à hierarquia a
que está submetido e do cultivo à simplicidade, jamais à vaidade exacerbada.
Até onde poderemos confiar
naqueles em quem votamos e nessas virtudes essenciais para dirigir uma nação,
pois caso contrário apenas seremos mais uma vez ludibriados em nossas boas
intenções, por esse esquema perverso da visão apenas pessoal, de cada um dos
possíveis envolvidos nessa lista.
Nós, cidadãos, não podemos
mais continuar à mercê de ansiedades pela publicação de listas de
políticos que infringem a lei. É chegada a hora de darmos um basta a essa
mediocridade, diretamente responsável pelos acontecimentos que levaram o país a
este estado de coisas.
Nós não podemos ser
penalizados em nosso dia a dia pátrio, com aumentos de impostos, inflação cada
vez mais em alta, perdas de postos de trabalho, e todas as péssimas notícias
que nos perseguem diariamente, sendo responsável por tudo isso apenas o poder
concedido e ninguém mais.
Temos que lutar pela adoção do
voto facultativo que já é largamente utilizado em países como, por exemplo,
Portugal ou Estados Unidos. Isso talvez não erradique de vez todos os problemas
que temos, mas certamente irá cortar a certeza da impunidade e do exercício da
vagabundagem plena que certos políticos usam e abusam em nosso nome.
O voto obrigatório é imoral,
restringe as liberdades individuais, é anti-democrático, é um voto facilmente
manipulável e gera indivíduos corruptos como os que agora estão envolvidos
nessa lista.
Queremos fazer parte de listas
que salvem vidas, que dignifiquem o ser humano.
Não queremos ser reféns de
listas que deixam o país paralisado como se encontra neste momento, e que
deixam o país arruinado por bandidos travestidos de políticos.
Essa lista certamente não terá
um filme, mas poderá receber um Oscar, dependendo como o Procurador-Geral
resolverá essa questão, que é acima de tudo, de honra para a nação.
As celas estão aguardando o
seu parecer.
Título e Texto: José Manuel, 28-2-2015
Nota: a descritiva nas
crônicas por mim publicadas é o resultado de pesquisa em notícias veiculadas em
mídia nacional idônea, apenas compondo um pensamento lastreado em liberdade de
expressão e ancorado no Artigo 5 inciso IX, da constituição Federal
de 1988.
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