João Pereira Coutinho
Tolerar as chantagens dos
gregos é uma traição aos portugueses.
O Syriza tinha um sonho:
chegar ao governo e, com a arrogância própria dos brutos, atirar com metade da
dívida pela janela. Não aconteceu: se a Europa tivesse vergado a espinha a este
‘ultimato’, mil syrizas floresciam por aí – no Norte e no Sul, prontos a
marchar pela cartilha do radicalismo ‘nacionalista’.
Em vez disso, o sr. Tsipras e
o ministro Varoufakis passaram à chantagem: sem dinheiro, a Grécia seria tomada
por nazis; sem dinheiro, a Grécia arrastaria Portugal para fora do euro; sem
dinheiro, a Rússia passaria a tomar chá em Atenas; sem dinheiro, nós rebentamos
com tudo e depois não se queixem.
Se Pedro Passos Coelho
tolerasse esta conversa delinquente, isso não seria apenas uma capitulação de
carácter. Seria uma traição aos portugueses, obrigados a pagar o tipo de
benesses que eles não tiveram nestes quatro anos de chumbo. Solidariedade não é
imbecilidade.
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