José Manuel
Fato por demais conhecido,
o World Trade Center em Nova
Iorque é um caso clássico de que nada, absolutamente nada e por mais forte que seja,
resiste a golpes fortíssimos perpetrados contra suas estruturas, sejam físicas,
comerciais, industriais ou mesmo nações e seus escândalos
políticos-financeiros.
O WTC era um complexo de
prédios empresariais construídos no coração financeiro e localizado
no Lower Manhattan, sendo à época de sua inauguração, em 1973, a
torre sul e a torre norte, com cento e dez andares cada, considerados os
prédios mais altos do planeta.
Praticamente desconhecido, no
entanto, é o de que as torres foram construídas, bem como os enormes
arranha-céus de Nova Iorque, tendo como base de sustentação o solo de
Manhattan que contém em sua estrutura geológica uma das mais duras rochas
conhecidas, o que facilita em muito as suas mega-construções.
Porém, além do solo, aliado a
uma estrutura fantástica, esse somatório de tecnologia e natureza não foi
suficiente para resistir a uma série de ataques que essas formidáveis torres de
quatrocentas mil toneladas, cada uma, sofreram desde o primeiro ataque em 26 de
fevereiro de 1993 com 682 Kg de dinamite em sua garagem, e aos ataques
sequenciais com os dois aviões, no dia 11 de setembro de 2001.
O que se viu pouco depois do
segundo ataque, foi o colapso de suas estruturas e visualizadas em tempo real, que
até hoje nos traz lembranças tão desagradáveis.
Pois é, Pindorama com a sua
riqueza formidável, cantada e decantada como o celeiro do mundo, o pré-sal das
arábias que colocaria de rastros a Opep, onde tudo é maior e melhor
do mundo, assim como as torres gêmeas vem sofrendo ataques muito fortes à sua
estrutura básica como nação, sem que possamos aquilatar o quanto tempo levará
para que um colapso temido e de grandes proporções possa vir a acontecer.
Em Nova Iorque, por
exemplo, como eram prédios, aconteceu em horas, mas aqui como é um país com as
potencialidades e complexidades inerentes a uma nação, com certeza não será tão
rápido, a não ser que continuem os ataques devastadores que vem sofrendo,
e talvez não demore tanto assim, nos arrastando para o limbo do atraso, o
desemprego e a fome.
Até 2002 vínhamos em franca
expansão de negócios, da indústria, do comércio exterior, uma moeda finalmente
valorizada pelo plano Real que colocou novamente nos trilhos a nação que até
então vinha cambaleante e mal da pernas, mas andando pelo menos de cabeça
erguida.
Feita a faxina tão necessária,
a partir de 27 de fevereiro de 1994 nascia o Real e assim estavam concretizadas
as metas que iriam alavancar o país ao futuro. As torres auriverdes hipotéticas
estavam inauguradas e o que se descortinava dos seus mirantes no horizonte sem
fim do planalto agora, era sem dúvida uma imagem de progresso
e prosperidade nunca dantes vista, tanto que o economista e
jornalista Joelmir Beting assim se referiu ao passado:
“Aqui jaz a moeda que
acumulou, de julho de 1965 a junho de 1994, uma inflação de 1,1 quatrilhão por
cento. Sim inflação de 16 dígitos em três décadas. Ou precisamente, um IGP-DI
de 1.142.332.741.811.850%. Dá para decorar?
Perdemos a noção disso
porque realizamos quatro reformas monetárias no período e em cada uma delas
deletamos três dígitos da moeda nacional.
Um descarte de 12
dígitos no período, caso único no mundo, desde a hiperinflação alemã
dos anos 1920"
Joelmir Beting
De 2003 até aos dias de hoje,
ou seja, na era PT, foram registrados 102 escândalos político-financeiros que,
na comparação hipotética, seriam como o primeiro ataque com dinamite na garagem
de uma das torres.
No decorrer desses doze anos
de corrupção generalizada aconteceu além dos primeiros o mais conhecido e duro
golpe sequencial não desta vez com aviões, mas tão ou mais potentes quanto os
primeiros, pois o "mensalão" e o "petrolão", estão sendo
devastadores política e economicamente ao presente e futuro deste país.
O cálculo da energia positiva
e destrutiva gerada pelo impacto dos aviões contra as torres é perfeitamente
mensurável por um bom físico de plantão, mas o cálculo da energia destrutiva e
negativa contra a nação, pelos mensalão e petrolão, é dificílimo de ser
mensurado, pelas características próprias das apropriações indébitas
de ativos do país e o sucesso negativo da sua
imediata contrapartida social.
Os dois escândalos estão
tão intrinsecamente ligados, que a Petrobras nos desvios bilionários
que sofreu, pagava as contas e as multas dos diretamente envolvidos no
mensalão.
Um absurdo inimaginável,
até que tudo começou a vir à tona e hoje começamos a tomar conhecimento através
dos operadores do crime lesa-pátria e suas delações premiadas, de como e cada
vez mais o mensalão se aproxima do petrolão e a sua ponte
imaginária protagonizada pelos mesmos criminosos começa a ser
desvendada.
A proximidade, poderíamos
dizer de "alcova", é tão grande que se as torres fossem em
Pindorama, os nomes WTC 1 e WTC 2, com certeza teriam
a denominação de "BOB" e "MOSH", em homenagem a um
ex-Ministro e um tesoureiro frequentadores das
páginas policialescas dos dois escândalos.
Estamos a pouco tempo
para a tomada de conhecimento dos nomes políticos envolvidos nos desdobramentos
deste escândalo e esse certamente será mais um ataque que a nação sofrerá.
O que apenas visualizamos no
momento é que a estrutura social do pais já está comprometida com o seu parque
industrial em declínio, o seu comércio, grande gerador de postos de trabalho
sendo cada vez mais penalizado, a inflação com saudade pré-plano Real, e a sua
moeda retrocedendo no poder de compra a eras inesquecíveis dos Cruzado e
Cruzeiro.
Deixar a sua maior empresa
como a Petrobras, uma das maiores petroleiras do planeta, ser substituída em
valor comercial por uma cervejeira, é implodir o pilar que faltava para uma
ruína iminente.
Pindorama necessita com
urgência reavaliar as suas políticas públicas, processar criminalmente
todos os envolvidos nos escândalos, inclusive os que estiveram à frente
das administrações de empresas consideradas estratégicas ou de
segurança nacional.
Não pode ser permitindo que as
pessoas responsáveis por esses descalabros contra a
nação, simplesmente sejam demitidas e se aposentem com salários
ultrajantes ao cenário nacional, para que possamos conseguir consertar o que
fizeram durante longos períodos irresponsavelmente.
Isso é lei, tem o nº 8.429 de
2 de junho de 1992, tem nome e chama-se improbidade administrativa.
Portanto, conhecidos os nomes
é só aplicar as sanções previstas, antes que a ruína se faça presente e para
que não precisemos ter o desprazer de rever cenas tão tristemente acontecidas
em setembro de 2001 quando morreram quase três mil pessoas.
Em nosso caso aqui em
Pindorama, ao contrário, as ruas poderão vir a ser ocupadas por milhares
de indigentes, fato este provocado pelo colapso da economia e da instabilidade
política.
Ou reagimos a esse ataque
feroz de uma vez por todas, ou seremos condenados a assistir sentados no sofá,
ao evento parecido com setembro de 2001, porém, desta vez à porta de nossa
casa.
Nota: a descritiva nas
crônicas por mim publicadas, é o resultado de pesquisa em notícias veiculadas
em mídia nacional idônea, apenas compondo um pensamento lastreado em liberdade
de expressão e ancorado no Artigo 5, inciso IX, da Constituição Federal
de 1988.
Título e Texto: José Manuel, em alerta laranja, 13-2-2015
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