José Manuel
A primeira, a narcisa,
não a Tamborindeguy com certeza, porque dela é desafeta e que também
acha a antiga amiga velha e falida segundo suas palavras, é o novo
"must" deste verão saariano que nos envolve, e que só uma ducha tipo
lava a jato consegue resolver.
Diz que é rica e poderosa e
pelo visto parece ser, pois agora mais do que nunca seus poderes vieram à
tona com o furor altamente merecido.
Afinal super-heróis, não se
acham assim todos os dias por aí, principalmente em se tratando de plagas
Sul-Americanas e isso necessita de muitos holofotes, "comme il
faut ", é claro.
Com os seus dotes físicos
surpreendentemente superiores a Jessica Rabbit, mulher do não menos famoso
Roger Rabbit, Valdirene é uma super pop star de primeira grandeza, transitando
com influência ímpar pelos salões das TVs e dos bancos oficiais de
desenvolvimento e do maior banco público de Pindorama, com a leveza e a
eficiência que só um super-herói consegue.
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Val Marchiori, 14-6-2012, foto: Zanone Fraissat/Folhapress |
Adora viajar e frequentemente
é vista em hotéis de primeira grandeza como o Copacabana Pálace no Rio de
Janeiro, ou o não menos famoso Alvear em Buenos Aires.
Coincidências à parte, e por
obra do destino, quando das suas viagens e hospedagens, sempre cruza seu
destino com o presidente do banco Pindoramense, que está por incrível que
pareça, sempre nos mesmos hotéis em viagem de negócios e administrativas.
Graças a esses encontros
casuais, é claro, Valdirene conseguiu, a despeito de suas dívidas antigas com o
banco de Pindorama e a sua incapacidade financeira para a obtenção de
empréstimo vultoso, somente com a apresentação de documentos correspondentes a
pensão alimentícia como garantia, um fabuloso empréstimo com linha de crédito
do banco de desenvolvimento, no valor de dois milhões e setecentos mil reais, a
juros de 4%, bem abaixo da inflação vigente.
Ficam então provados os seu
super-poderes, pois algo parecido é insistentemente negado a qualquer um dos
mortais empresários que se desmilinguam em suas pequenas empresas
falidas e sem futuro.
Ferreirinha, ao avesso da
primeira é pobre, pobre de marré de si, mas em compensação não deve nada a
ninguém.
Pelo antagonismo causal
é um super-herói obscuro, que apenas cumpre exemplarmente com as suas
obrigações e é bem-mandado por presidentes da república e presidentes de banco,
dirigindo os seus automóveis de luxo com a segurança de que só um herói seria
capaz.
É o responsável pelo
transporte desses importantes gestores públicos e o faz à perfeição, mesmo
quando tem que carregar malas, e malas de notas de R$ 100, por exemplo, em que
o seu queixo cai e a sua baba escorre de tanto olhar para aquilo que jamais vai
possuir, mas resiste bravamente, pois é um super-herói, pobre, mas herói,
indefectível.
Ferreirinha o pobre, era
frequentemente requisitado pelo gestor do banco Pindoramense, para ir buscar em
segurança a sua colega de cartoon em
vários lugares da cidade de São Paulo, e sempre o fez com a retidão que o
protocolo e a sua descrição de super-herói exige.
Então, esta é a história
dos dois super-heróis nacionais, um na riqueza, o outro na pobreza, que irão
estrear a mais nova temporada de caça às bruxas de que se tem notícia em
Pindorama.
Ficarão algumas semanas em
evidência no cartoon em que se
transformou este país, contando histórias de fatos e fadas, para desaparecerem
com o tempo no pântano e no limbo das ilusões Pindoramenses.
Título e Texto: José Manuel, com o suporte literário
para este cartoon em:
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