sábado, 7 de fevereiro de 2015

Valdirene & Ferreirinha: os novos super-heróis auriverdes

José Manuel
A primeira, a narcisa, não a Tamborindeguy  com certeza, porque dela é desafeta e que também acha a antiga amiga velha e falida segundo suas palavras, é o novo "must" deste verão saariano que nos envolve, e que só uma ducha tipo lava a jato consegue resolver.

Diz que é rica e poderosa e pelo visto parece ser, pois agora mais do que nunca  seus poderes vieram à tona com o furor altamente merecido.

Afinal super-heróis, não se acham assim todos os dias por aí, principalmente em se tratando de plagas Sul-Americanas e isso necessita de muitos holofotes, "comme il faut ", é claro.

Com os seus dotes físicos surpreendentemente superiores a Jessica Rabbit, mulher do não menos famoso Roger Rabbit, Valdirene é uma super pop star de primeira grandeza, transitando com influência ímpar pelos salões das TVs e dos bancos oficiais de desenvolvimento e do maior banco público de Pindorama, com a leveza e a eficiência que só um super-herói consegue.

Val Marchiori, 14-6-2012, foto: Zanone Fraissat/Folhapress
Adora viajar e frequentemente é vista em hotéis de primeira grandeza como o Copacabana Pálace no Rio de Janeiro, ou o não menos famoso Alvear em Buenos Aires.

Coincidências à parte, e por obra do destino, quando das suas viagens e hospedagens, sempre cruza seu destino com o presidente do banco Pindoramense, que está por incrível que pareça, sempre nos mesmos hotéis em viagem de negócios e administrativas.

Graças a esses encontros casuais, é claro, Valdirene conseguiu, a despeito de suas dívidas antigas com o banco de Pindorama e a sua incapacidade financeira para a obtenção de empréstimo vultoso, somente com a apresentação de documentos correspondentes a pensão alimentícia como garantia, um fabuloso empréstimo com linha de crédito do banco de desenvolvimento, no valor de dois milhões e setecentos mil reais, a juros de 4%, bem abaixo da inflação vigente.

Ficam então provados os seu super-poderes, pois algo parecido é insistentemente negado a qualquer um dos mortais  empresários que se desmilinguam em suas pequenas empresas  falidas e sem futuro.

Ferreirinha, ao avesso da primeira é pobre, pobre de marré de si, mas em compensação não deve nada a ninguém. 
Pelo antagonismo  causal é  um super-herói obscuro, que apenas cumpre exemplarmente com as suas obrigações e é bem-mandado por presidentes da república e presidentes de banco, dirigindo os seus automóveis de luxo com a segurança de que só um herói seria capaz.

É o responsável pelo transporte desses importantes gestores públicos e o faz à perfeição, mesmo quando tem que carregar malas, e malas de notas de R$ 100, por exemplo, em que o seu queixo cai e a sua baba escorre de tanto olhar para aquilo que jamais vai possuir, mas resiste bravamente, pois é um super-herói, pobre, mas herói, indefectível.

Ferreirinha o pobre, era frequentemente requisitado pelo gestor do banco Pindoramense, para ir buscar em segurança a sua colega de cartoon em vários lugares da cidade de São Paulo, e sempre o fez com a retidão que o protocolo e a sua descrição de super-herói exige.
Então, esta é a  história dos dois super-heróis nacionais, um na riqueza, o outro na pobreza, que irão estrear a mais nova temporada de caça às bruxas de que se tem notícia em Pindorama.

Ficarão algumas semanas em evidência no cartoon em que se transformou este país, contando histórias de fatos e fadas, para desaparecerem com o tempo no pântano e no limbo das ilusões Pindoramenses.
Título e Texto: José Manuel, com o suporte literário para este cartoon em:

Relacionados:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-