terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Crônica de Shangri-La: os quatro cavaleiros do apocalipse latino

José Manuel
Por mais paradoxal que possa parecer, apesar de termos perdido a "Copa das Copas", como afirmaram à época os nossos dirigentes, e estarmos no esgoto da corrupção, atolados até ao nariz e no limite da respiração, esses serão os dois fatos que, milagrosamente, irão salvar o país de um dos mais nefastos períodos em sua história.

Imaginemos, por exemplo, só por alguns segundos, que tivéssemos vencido a Copa e o Petrolão ainda estivesse também em baixo dos tapetes persas palacianos.

Se a taça tivesse ficado aqui, o povo ainda estaria vivendo nos eflúvios da vitória patrocinada pelos travestidos "tios" do povo, e a ressaca devida e subliminarmente tratada, ainda iria se estender por muito tempo.
É claro que seríamos os melhores do mundo, conosco ninguém pode, somos apenas o máximo e outros blá-blá-blás.

Enquanto isso seríamos bombardeados por uma interminável propaganda de ordem progressista, em que só valem os feitos mentirosos, escamoteados sob vários mantos de invisibilidade, e em que as mazelas seriam devidamente extirpadas do cardápio social. Ou seja, a alegria do povo seria tanta que jamais iríamos tomar conhecimento de tramoias urdidas nos recantos plúmbeos e sórdidos dos palácios planaltinos.

E o Petrolão, quem diria, aconteceu para eles no momento errado e após uma derrota no gramado, não contavam topar pela frente com uma parede, um forte  "muro",  ou melhor, um Moro que, como milhares de Moros indignados, decidiu dar um basta nesta baderna em que se tornou Pindorama.

No mês de setembro de 2014, ou seja, exatamente trinta dias após o término da primeira derrota nos gramados, começava a fermentar a massa podre em que se transformou hoje tudo o que já conhecemos. É, sem dúvida nenhuma, a segunda e pior derrota, pois se o futebol era apenas uma competição sazonal, a Petrobras era o baluarte da tecnologia, a maior empresa nacional, orgulho de um povo, orgulho de uma nação.
Mas, atenção, o desmonte agora conhecido desta empresa não começou tão recentemente, pois a data é bem anterior ao ano passado.

O desmonte começa a se desenhar em 1º de janeiro de 2003, com a ascensão da era Partido dos Trabalhadores. 

A primeira pancada à empresa começou quando, em 2005, o primeiro presidente da era PT lançou a pedra fundamental de uma refinaria em Pernambuco, com o nome de um general que apesar de ter nascido aqui no país, é venerado como herói em terras Venezuelanas, seu nome: Abreu e Lima.


Em parceria com o governo daquele país, foi planejada com um orçamento estimado em cerca de US$ 2,5 bilhões. Pois bem, a parceria nunca se concretizou, hoje o seu valor de conclusão está estimado em US$ 20 bilhões, e a segunda parte da obra, assim como o Comperj no Rio de Janeiro, estão praticamente paradas, tal o volume de dinheiro desviado pela corrupção.

A segunda pancada e verdadeiramente rude foi por ela recebida quando da estatização de sua filial na Bolívia, pelo seu presidente cocaleiro, Evo Morales, em maio de 2006. O nosso país ficou refém da Bolívia no setor de gás e a petroleira perdeu duas refinarias, sem que houvesse um esboço sequer por parte da elite dirigente à época.
Hoje, recusa-se a credencial do embaixador da Indonésia, tendo em causa a execução de um traficante internacional de drogas por lá, e com visível ingerência nos assuntos internos de outro país, coisa completamente descabida ao fato, mas à época nenhuma atitude séria foi tomada contra a Bolívia, pelo sequestro de bens pertencentes à nossa nação.

Por que não houve a reação devida? A resposta está no Foro de São Paulo e os seus desdobramentos futuros, pois ao que tudo indica faz parte de uma estratégia política a longo prazo, e o fato inusitado da presidente de um país que faz parte do grupo BRICS não comparecer à ultima cimeira em Davos, preferindo se apresentar à posse do reeleito Evo Morales, em parte explica o descrito acima.

Uma das últimas pancadas, porque ao que parece, ainda não foi a última mas uma das mais sérias, e também à época de 2006,  foi a compra de uma refinaria em Pasadena/EUA, construída em 1920 e em estado deplorável mas com o apelido nada elogiável de  "a nossa ruivinha", exatamente por estar como foi descrita por vários engenheiros, em decomposição por ferrugem.

O preço inicial de US$ 360 milhões de dólares acabou, após uma série de equívocos programáticos em favor de bolsos alheios, se transformando em US$ 820 milhões de dólares.

E assim, numa série interminável de  jabs, uppercuts, diretos, ganchos, etc, os pugilistas da corrupção, ou melhor, punguistas mesmo, conseguiram levar a nossa Petrobras à lona num knockout inédito em sua história.

Nos últimos doze anos começaram a aparecer por aqui coisas estranhas, como o Foro de São Paulo que reúne tudo o que há de pior nas Américas central e sul, algo amorfo chamado Unasul, viagens frequentes à ilha caribenha com afago, olhares melosos de simpatia e desvelo para com o seu ex-sempre-velho-tirano, frases de efeito como pátria educadora, pátria grande, mas foram nos últimos quatro anos que então a republiqueta tabaqueira comuno-intrujona começou a desfilar com desenvoltura aqui por Pindorama.

A ponto de no Dia da Pátria, 7 de setembro em 2013, terem sido flagrados e sem serem molestados, o que é pior, dois idiotas encarapitados no topo do monumento às bandeiras no Ibirapuera em São Paulo desfraldando uma enorme bandeira cubana.
Pelo visto, só o fotógrafo que registrou o fato com a sua câmera e eu, que pela segunda vez registro em comentário, é que ficamos indignados com tamanha ofensa à pátria, logo no seu dia.



De lá para cá todos sabemos  do porto de Mariel, menos o valor investido por lá, que é secreto segundo a presidência, do programa ‘mais médicos’, com a importação de médicos cubanos, mas que não se conhece como funciona, hospedagem do atual irmão-ditador da ilha em uma das residências oficiais do planalto, a Granja do Torto, como se a casa fosse dele, sem nos pedir licença, e outras situações que,  se estudadas com afinco, nos mostram a influência satânica atual na América do Sul, por esse pequeno, mas sempre intrujão, califado do Caribe.

“Trata-se de, no mínimo, um tratamento especial que não é dispensado a nenhum outro chefe de Estado - ao menos que se tenha notícia. Demonstra claramente a afinidade ideológica do governo atual com um regime questionado mundialmente.”
Deputado Antonio Imbassahy, líder do PSDB na Câmara Federal.

Esse tipo de geopolítica socialista vem se desenvolvendo há muito tempo na área, sem que tivéssemos o cuidado de prestar atenção mais detalhada nos meios que usam, e aos fins a que se destinam. Pindorama hoje está cercada por estas quatro republiquetas socialistas, com a Argentina ao sul, a Bolívia no centro-oeste, o Equador a noroeste e, o pior dos piores, a Venezuela ao norte, se armando até aos dentes e praticamente em cima da nossa Amazônia.
Para nossa sorte, e para contrapor este estado de coisas a que chegamos, temos aí no meio de dois dos citados, a Colômbia, que apesar do problema das Farc, está solidamente ancorada em uma democracia moderna e não embarca em bobagens caribenhas.

Foi um milagre, e a perda da Copa e o Petrolão apareceram na hora exata por obra e graça de Deus.

Portanto, é chegada a hora de começarmos a repensar e mudar o slogan surrado Yankees go home, porque a nossa vizinhança vem piorando a cada dia que passa, e os quatro cavaleiros do apocalipse latino, se preparam cada vez mais para dar o bote final. Só falta a ordem, vinda da ilha do inferno.
Título e Texto: José Manuel, 24-2-2015

Nota: a descritiva nas crônicas por mim publicadas é o resultado de pesquisa em notícias veiculadas em mídia nacional idônea, apenas compondo um pensamento lastreado em liberdade de expressão e ancorado no Artigo 5 inciso IX, da constituição Federal de 1988.

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