Rudolfo Rebelo
O Siryza (não essa admirável
Grecia) já claudicou. Não durou uma semana. Varoufaquis, o ministro das
finanças helenico, deixa cair o perdão da dívida (Tsipras, onde está?), admite
a queda de promessas do Siryza ao eleitorado grego, pede empréstimo de 1,9 mil
milhões (para as primeiras necessidades) e ajuda ao BCE para estancar
hemorragia dos bancos gregos e promete um orçamento com sustentação do saldo
primário positivo (receitas superam as despesas sem os encargos com os juros
anuais da dívida).
Merkel diz que não está para
ouvir o PM grego (um gesto humilhante...) este voa para todo o lado à espera
que o oiçam...
Franceses e ingleses já o
apanharam na armadilha da dívida: a Grécia renuncia ao FMI (um disparate
pegado, Lagarde agradece) e jamais voltará aos mercados, fica dependente dos
humores de Paris e Londres e cada "empréstimo ponte" (nova expressao
do Siryza para esmolas na Europa) será precedido de viagens a Hollande.
Alemanha dá sinais de grande
relutância em participar em futuros empréstimos a Atenas.
Merkel iniciou época de
humilhação a Tsipras (ele terá de pedir, bem alto, dinheiro) e fica com espaço
para captar simpatias ao eleitorado alemão, prevenindo extremismos.
Enquanto isto, Lisboa bate o
pé ao FMI, levanta dinheiro quando quer e tem fundos para sobreviver durante
meses. Somos livres, não precisamos de
viagens e de explicações. Somos iguais, estamos diferentes.
Título e Texto: Rudolfo Rebelo,
3-2-2015
Grifos: JP
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