José Manuel
A quem interessar possa (parte
três)
Hoje, 13 de novembro, (sexta-feira),
estamos a quatro dias do dia 17 (terça-feira), quando foi re-anunciado esta
semana pelo presidente do Senado de que haverá uma seção para julgamento dos
vetos presidenciais, em que o PL-02-2015 (Aerus) está atrelado para
ratificação, pois já está vergonhosamente aprovado há meses.
Torço, e muito, para que isso
venha a acontecer, pois não aguentamos mais tamanha irresponsabilidade. No dia
24 de agosto deste ano eu, aos 69 anos, me dirigia ao Santos Dumont para fazer
a terceira greve de fome, na tentativa de que o PL fosse votado já naquela
época.
Vejam que estamos quase
chegando ao 24 de novembro, exatamente na mesma situação passada e com os
mesmos problemas (quase três meses). Para se enviar recursos sem o conhecimento
da população ao exterior, criaram-se várias medidas provisórias. Esta semana
criou-se nova medida provisória para multar os caminhoneiros em greve, para
puni-los em sua justa reivindicação, mas para cumprir uma sentença da justiça
em que idosos protegidos por lei são os beneficiários de um roubo patrocinado pelo
governo, joga-se com um PL, na seara do Senado, com evidentes segundas
intenções.
Claro está, de que isso nada
mais foi do que um artifício protelatório, com a cumplicidade do Senado para
que não haja o pagamento tão cedo.
Quero, desejo ardentemente, estar
enganado com o dia 17 de novembro, mas, e se não estiver?
O mais interessante é que
todas as vezes que se aproximam datas como esta, e isso vem se repetindo há dez
anos, os participantes do Aerus, as associações representativas, sindicato, os
patronos da ACP, enfim todos, entram em absoluto "modo silêncio".
Não há um ruído sequer quando,
ao certo, todos teriam que estar em altíssimo "modo escândalo"
para pressionar pois quem não fala não é ouvido.
Na realidade líquida e certa,
todos os representantes, sejam patronos, associações ou entidades, deveriam já
ter entrado com um mandado de segurança naquele mês de agosto de 2015
quando se evidenciou a manobra protelatória do legislativo em conluio com
o executivo. O Mandado é pacífico e constitucional, dentro da lei, como já foi
explicitado anteriormente, mas nada, nem sequer foi ventilado, a fazer
pelos seus representados.
São nada mais, nada menos, do que duas associações de aposentados e uma entidade de classe (Aprus, Aapt e Amvvar), todas garantidas pela constituição e com personalidade jurídica, mais um sindicato (SNA), mais um escritório de advocacia em Brasília (patrono da ACP), e ninguém fala nada, ninguém dá um pequeno texto sequer aos seus representados, deixando-os na rua da amargura por um simples comunicado, uma simples e inexpressiva fala "alô, estamos vivos e trabalhando".
Quando demandados, o que
raramente acontece pelos representados, dizem que nada podem dizer e que o
silêncio é estratégico.
Continuamos apreciando com
cautela a fabulosa estratégia, e as derrotas em penca brotando por todos os
lados, entra sessão, sai sessão.
Honra seja feita, aí temos que
jogar com porcentagens, porque quando os representados não exercem o seu
direito de cobrar, os representantes trocam a marcha para o ponto morto,
chegando ao ponto que chegamos, fazendo exatamente e por todos os lados o que o
governo mais gosta: O SILÊNCIO!
O tempo dos agradecimentos e
salamaleques em demasia acabou, pois todos, sem exceção, desde as associações,
passando pelas entidades, Sindicato e escritório de advocacia, todos, são
pagos para nos representar ou para nos defender, pois não existe prato de
comida de graça, portanto não existe a figura do favor.
A partir de hoje que o nosso código moral prevaleça, que sejam festejados pelas
vitórias, sim, mas acima de tudo cobrados com intensa responsabilidade também
nas derrotas e nos procedimentos a serem adotados pós reveses. Quem não quiser
assim proceder, que se retire por favor do cenário, pois não temos mais idades
nem tempo disponível para viver de ilusões.
Nunca se esqueçam de que o
Sindicato (SNA) é abastecido pelo "SEU" dinheiro, na forma do imposto
sindical.
As associações são abastecidas
pelo "SEU" dinheiro, na forma de mensalidades pagas pelos
associados/representados.
O escritório de advocacia (patrono
da ACP) é pago pelo sindicato, cujo dinheiro é recebido do imposto sindical,
"SEU" dinheiro.
Portanto, aqui não existem
favores ou agradecimentos, pois são apenas formas sociais de captação do "SEU"
dinheiro, para que trabalhem pelos seus representados. Nada mais que isso, e é
bom que fique claro de uma vez por todas que NÃO temos heróis, temos
apenas os que trabalham e os que não trabalham pela causa.
José Manuel - acima de tudo com esperança no dia 17, mas sem perder
o foco, 13-11-2015
Relacionados:
Para Ana Amélia, não é possível aceitar que trabalhadores paguem as contas dos fundos de pensão
“Estamos quietos em estado de alerta e espera, mas não alienados”
“Estamos quietos em estado de alerta e espera, mas não alienados”
Caro José, você é consciente de minha posição.
ResponderExcluirEstou a espera desse dinheiro para ingressar com meu advogado a petição e o mandato de segurança no ministério público federal, para pagar o trabalho de escrever a petição, que vai ser longa porque vai abranger a resolução 34 da ONU de 1984, independentemente se as associações e sindicato as fizerem, sobre o qual eu duvido muito.
Gostaria de fazer um prólogo sobre 3 coisinhas importantes que deveriam ser ENORMES:
1- POR FAVOR
2- COM SUA LICENÇA
3- DESCULPE-ME
No BRAZIU por favor é sempre por necessidade, não faz parte da ética e da moral. E por fim somos obrigados a pedir por favor que nos cedam nossos direitos, cuja obrigação é esquecida e deixada de lado.
Somos obrigados a pedir licença para acessar interesses que deveriam esta ao nosso alcance. Nosso povo é tão mal educado que os automóveis deveriam vir com um megafone pedindo em alta voz COM SUA LICENÇA POR FAVOR.
Por último as famosas DESCULPAS.
Eu costumo usá-la ante do ato, antes de escrever algo que pode machucar ou ofender algumas sanidades. Se cometo alguma coisa errada, não adianta desculpar-me o ato já foi cometido, o máximo que posso dizer é SINTO MUITO.
Desculpem-me mas vou ingressar minha ação individual, vou gastar o que não posso, mas vou em frente, aos que não querem remexer no passado, meu SINTO MUITO.
bom dia
Vale consultar na barra lateral direita do blogue os prazos vencidos dos ex-trabalhadores da Varig... modo de cotejar o apelo de José Manuel...
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirEstou dando um "tempo" no atendimento da esposa que sofreu um sério acidente dentro de minha casa, para dentro do possível, dar a minha opinião sobre o que está acontecendo conosco em relação a PL-02.
Para isso, preciso comentar sobre o que o colega José escreveu e, como não tenho muito tempo e, porque estou muito cansado, apenas farei um comentário sobre um trecho do e-mail recebido, mas para isso, um pouco de história.
Num e-mail meu, ha muito tempo passado aos colegas, devido ao "clima reinante" no RIO, sugeri que fosse feita uma reunião envolvendo todos os representantes das associações e entidades como o SNA, FENTAC, a APRUS e o próprio Dr. Maia, ou seu representante, haja vista, estar ainda vivo, porém já doente.
Nesse encontro, com as "armas" deixadas na chapelaria (lembrando o velho oeste a mericano), todos desarmados, porém munidos do bom senso e interessados em encontrar um caminho seguro, onde todos os envolvidos o liderassem de peito aberto, como representantes de milhares de colegas, unidos mesmo com ressalvas...todos, eu digo todos, apenas buscando mostrar aos nossos algozes, que não deixaríamos o nosso grave problema sucumbir diante das adversidades, muito pelo contrário, haveria luta aqui dentro do país e lá fora, se assim fosse necessário, até tudo estar devidamente solucionado ou, todos mortos.
Num outro e-mail, também mais ou menos da época, lembrei a todos através de um exemplo recente, que no desenrolar da 2ª grande guerra, quando o palco de lutas se ampliavam, mostrando que a guerra seria muito longa e com muitas mortes, houve a necessidade de uma união de forças contra o nazi fascismo, união aquela um tanto absurda e até criticada, pois onde se poderia aceitar uma união com o comunista" e tirano Stalin, já à época conhecido como carniceiro? Essa união foi feita e resultou na derrota da Alemanha nazista, em todo o franco oriental. No caso citado, não teria sido um bom exemplo para nós?
E porque eu escrevi esses 2 e-mails e acredito que outros? Porque nunca que eu saiba, houve realmente no RIO (me desculpem os colegas cariocas os quais respeito), um verdadeiro espirito de união; no lugar, muita vaidade em achar que poucos resolveriam o grave imbróglio e com um complicador: a questão da TGV que nunca se conformou na derrota sofrida e, até onde eu saiba, não liderou depois nada. Enquanto isso, o governo de então, experiente que era, abastecido com informações a nosso respeito, prometia soluções, inclusive a nível de "criar" uma comissão presidida pelo nosso "mui amigo Tofolli" e que resultou em nada, a não ser em mais de 1 ano perdido, e na coxia dos acontecimentos "riam" até perder o folego. Inclusive, devido as trocas de acusações, ocorreram processos (o Resende que o diga), sendo que recentemente ocorreram ameaças de novos processos, como se... se expressar até de forma veemente, fosse crime.
Para fortalecer o que eu escrevo, pergunto: quantas reuniões de líderes das referidas associações ocorreram nestes quase 10 anos de tortura? Quando menciono reuniões, eu o faço pra valer mesmo; aquela em que todos os presentes assinam uma ata de discussões e o resumo dela, posteriormente agradando ou não, é divulgada de forma oficial, para não criar falsas expectativas e até boatos.
Agora as atenções de voltam para o dia 17, como o nosso dia D (espero que não seja o dia de m.), onde a nossa PL-02 será sacramentada. Se eu duvidar que isso aconteça e, por motivos óbvios: é só assistir as seções do C.N., acredito que serei rotulado novamente como pessimista e, não realista!
Assim sendo, o melhor é aguardar, porém antes de encerrar este e-mail, não posso deixar de manifestar o meu descontentamento com o quadro que aí está, onde o silêncio observado pelo José, realmente é digno de repulsa.
Sem mais para o momento, que o Plano Cósmico esteja conosco.
Waldo Deveza