terça-feira, 31 de março de 2015

Alentejano

À Buja

Deu agora meio-dia; o sol é quente
Beijando a urze triste dos outeiros.
Nas ravinas do monte andam ceifeiros,
Na faina, alegres, desde o sol nascente.

Cantam as raparigas meigamente.
Brilham os olhos negros, feiticeiros.
E há perfis delicados e trigueiros
Entre as altas espigas doiro ardente.

A terra prende aos dedos sensuais
A cabeleira loira dos trigais
Sob a bênção dulcíssima dos céus.

Há gritos arrastados de cantigas...
E eu sou uma daquelas raparigas...
E tu passas e dizes: "Salve-os Deus!"

Florbela Espanca

Longevity

A 104-year old Texas woman revealed the secret to her longevity: drinking three cans of Dr Pepper a day.

“Maioridade aos 16 anos é pouco”

Vitor Grando
A resposta mais estúpida que se pode dar ao enrijecimento de penas a crimes hediondos é a máxima "Isso não resolve!". Quando a discussão é sobre pena capital: "Isso não resolve!". Quando é sobre redução da maioridade penal: "Isso não resolve!"

Ora essa, mas que raio é capaz de "resolver" o problema da criminalidade? Nada. Só em teorias políticas ilusórias pode-se imaginar um Reino de Deus na Terra. O mundo real é mais tenebroso e os criminosos sempre teremos conosco.

É claro que a redução da maioridade penal não vai resolver o problema. Não se prende um assassino, um estuprador, um corrupto, um ladrão com o objetivo de alcançar a resolução de um problema que - obviamente - sempre teremos.

Ou seja, da persistência da criminalidade não se pode inferir que penalidade nenhuma é eficaz. Isso seria uma lógica pra lá de tortuosa. Se o encarceramento de um "dimenó" assassino de nada nos serve, por que razão nos serviria o encarceramento de um adulto? A implicação lógica do raciocínio daqueles que são contra a redução é a abertura dos portões das presidiárias deixando os marginais à solta, afinal... prender não resolve, não é?

Maioridade aos 16 anos é pouco. Um menor capaz de ser tão sangue frio a ponto de fazer algo como o exposto no vídeo abaixo tem de ser preso a despeito da idade sob risco de punirmos outras vítimas inocentes em nome de um suposto "direito" do adolescente.
Título e Texto: Vitor Grando, 31-3-2015

Menor diz que matou mais duas pessoas além de jovem executado em vídeo
O adolescente de 16 anos que aparece em um vídeo executando o jovem Marcos Vinícius Monteiro Caixeta, 18 anos, disse à Polícia Civil que já matou outras duas pessoas.
Segundo o delegado Kelyton Manoel Dias, titular da Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) de Goiânia e responsável pelo caso, a revelação foi feita durante uma conversa informal. A polícia apura a veracidade desses homicídios.


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Briefing

“I believe God isn’t done with America yet”
TED CRUZ, Republican Senator from Texas, appealing to Christian conservatives, as the Tea party firebrand became the first major GOP candidate to launch a 2016 presidential campaign


“We didn’t expect universal praise”
HOWARD SCHULTZ, Starbucks CEO, responding to criticism of the company’s Race Together campaign to encourage discussion of racial issues between baristas and customers; the company said it would stop writing ‘#RaceTogether’ on coffee cups


TIME, April 6, 2015

31 graus a meio da semana, chuva depois da Páscoa

As temperaturas máximas no continente vão atingir esta quarta-feira 31 graus, prevendo-se uma descida gradual a partir de sexta, mas a Páscoa ainda será amena. Chuva só para a semana.



Agência Lusa
As temperaturas máximas no continente vão atingir esta quarta-feira 31 graus Celsius nas regiões do interior, prevendo-se contudo uma descida gradual em todo o território a partir de sexta-feira, disse à agência Lusa a meteorologista Cristina Simões.

“Vamos ter uma subida mais acentuada hoje e principalmente na quarta-feira, dia em que se prevê a maior subida da temperatura máxima, com algumas regiões a ultrapassarem os 30 graus Celsius”, disse à agência Lusa a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com Cristina Simões, na quarta-feira estão previstos 31 graus para Beja e Setúbal e em Lisboa os termómetros vão chegar aos 29 graus.

“A temperatura tem estado a subir nas regiões do interior nos últimos dias. Quarta-feira vamos ter tempo quente, de verão, e depois na sexta-feira desce um ou dois graus, ou seja, ainda vamos ter temperaturas agradáveis até à Páscoa e sem precipitação”, adiantou.

De acordo com a meteorologista, as temperaturas mais elevadas em algumas regiões de Portugal continental “estão acima da média para esta época do ano” e devem-se a “um anticiclone, à passagem de uma massa de ar quente”.

Assim, para quarta-feira, o IPMA prevê céu pouco nublado ou limpo, vento em geral fraco, pequena subida da temperatura na região sul e da máxima no litoral das regiões do norte e centro.

A chuva, essa deverá regressar na próxima semana.

Título e Texto: Agência Lusa/Observador, 31-3-2015

EUA: espetacular perseguição e prisão

Uma câmera instalada num carro de polícia filmou a espetacular perseguição e prisão de um fugitivo, no Estado da Geórgia.

"Grande Entrevista": Fernando Pinto, presidente executivo da TAP

A TAP vive um processo de privatização em curso e, para Fernando Pinto, a defesa da relevância estratégica da companhia exige essa solução. Pinto acredita no sucesso da operação e admite que, hoje, não investiria na manutenção no Brasil.
"Grande Entrevista", Diário Económico, 30 de Março de 2015.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Queijo da Serra: manjar português




O que a saúde do Brasil tem a ver com “Os desafios atuais de Cuba", hein?

Promover a saúde e o desenvolvimento social, gerar e difundir conhecimento científico e tecnológico, ser um agente da cidadania. Estes são os conceitos que pautam a atuação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina.

Segundo turno das eleições departamentais na França: UMP de Sarkozy vence!

Neste domingo, no segundo turno, Valls reagiu aos resultados com um sorriso amarelo: a coligação da direita, dirigida por Nicolas Sarkozy, conquistou cerca de 70 dos 100 departamentos franceses e os socialistas perderam metade dos que controlavam até agora.
Título e Texto: Cesar Maia, 30-3-2015

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O cinismo de Renato Janine Ribeiro, ministro da “Educação” de Dilma Rousseff

Felipe Moura Brasil
Comento em vídeo na TVeja, no Giro de colunistas desta segunda-feira, as “opiniões” do novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o homem do “retardamento mental”.


A propósito:
Miguel Nagib, palestrante desta segunda no Fashion Monday, escreve para o blog:

“Obrigado pelo apoio, Felipe!

Estou curioso pra saber se o PROFESSOR DE ÉTICA Janine Ribeiro vai apoiar, como ministro da educação do governo do PT — o partido que mais lucrou com a doutrinação política e ideológica em sala de aula nos últimos 35 anos –, o projeto de lei que pretende acabar com o assédio político e ideológico praticado pelos professores sobre os alunos nas escolas brasileiras.

Num programa recente da TV Cultura, ele declarou que ‘valer-se de uma relação de poder para cobrar qualquer vantagem é indecente’. Bom, é exatamente isso o que fazem os professores que militam em sala de aula a favor do PT e outros partidos de esquerda: eles abusam do poder de fato e de direito que exercem sobre os alunos (jovens imaturos e inexperientes em processo de formação) para cooptá-los para os partidos e movimentos que desfrutam da sua simpatia ou que contam com a sua militância escancarada.

O que será que o ministro Janine vai fazer contra essa prática indecente?”

Respondo: parar de dar aula já é alguma coisa.

Felipe Moura Brasil  http://www.veja.com/felipemourabrasil

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Crônica de Shangri-La: CADEIA

José Manuel

Cadeia, xilindró, prisão, cana, presídio, dá tudo na mesma, pois oficiais ou genéricos estes nomes se traduzem aqui no Brasil por cubículos sépticos, péssima alimentação, água fria, condições mínimas de higiene e, normalmente, divididos por dois ou mais pilantras que roubaram o seu, o nosso dinheiro, de uma forma ou de outra.
Este tipo acima descrito, é o luxo dos luxos, pois o sistema prisional comum, que é o lixo dos lixos, não faz parte do nosso assunto.
O que aqui nos interessa é como agora, durante os esclarecimentos dos escândalos vigentes, e a futuro porque serão muitos, a cadeia é e será sempre, um santo remédio.

Ela, a cadeia, evita o Alzheimer, pois faz as cabeças trabalharem a todo o vapor, intermitentemente e não existe a menor possibilidade de problemas de fala, pois uma vez lá, as agora e sempre temidas línguas, começam a trabalhar intensamente, descrevendo fatos que até Deus duvida que tenham acontecido. É a síndrome do metro quadrado.

Quanto à obesidade, por exemplo, é o melhor dos melhores Spas, pois é o tratamento mais rápido e eficiente já conhecido.

Corruptos e corruptores chegam à prisão, obesos, pela farra dos bons restaurantes, dos whiskies, vodkas, queijos, tudo importado à farta, ventres proeminentes, e logo dois meses depois estão em plena forma com a perda de dez, quinze quilos, se não mais.

O vestuário passa a ser um item do qual eles não têm mais de que se preocupar, pois as roupas de marca adquiridas em Paris ou Nova Iorque, com o nosso dinheiro, virarão objetos de desejo esquecido. Também, uma vez lá na cadeia, um jeans, uma sandália e uma camiseta regata são mais do que necessários, porque, afinal, a Polícia Federal pensa em tudo, para deixá-los confortavelmente acomodados.

Aquelas intermináveis dores nas costas, por exemplo, causadas pela obesidade mórbida, pelos sonos em hotéis de luxo com os colchões macios, a postura inadequada típica de conversas ao pé do ouvido, deixam de existir pois os colchões oferecidos e o chão duro são um excelente lenitivo para esse tipo de inconveniente.

Merci!


Mes chers amis,

Je veux vous remercier pour votre engagement total dans la campagne des départementales qui a conduit à la victoire historique de dimanche.

Nous allons désormais accélérer la préparation d’un projet républicain d’alternance, un projet fort, réaliste, et profondément nouveau.

Ce projet sera la condition absolue pour redresser notre pays et pour enrayer le déclin dans lequel l’ont plongé trois années du socialisme le plus archaïque d’Europe. Une nouvelle étape s’ouvre. L’espoir renait.

J’ai conscience que la route sera longue, difficile, mais ma conviction est solidement ancrée.

Je le redis ce soir : l’alternance est en marche, rien ne l’arrêtera.

Rejoignez-nous en vous inscrivant ici.

Nicolas Sarkozy,
Président de l'UMP

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A conspiração do Governo para aumentar a pobreza

Alexandre Homem Cristo
Lê-se e ouve-se que Passos Coelho tem como desígnio ideológico aumentar a pobreza e abalar os alicerces do Estado Social. Que, no Governo, se conspira para elevar ao máximo o estrago social de cada medida política sobre os portugueses. Que aquilo que tantos ingénuos qualificam de erro ou incompetência é, na realidade, a mais maligna das mestrias: o objectivo não é andar para a frente, mas voltar para trás. Por isso, o arranque do ano escolar não correu mal – foi sabotado por Nuno Crato para fragilizar a escola pública e elitizar o ensino. Por isso, o caos na plataforma Citius não foi um acidente – foi planeado por Teixeira da Cruz para enfraquecer o sistema judicial. E, por isso, o caos nas urgências durante o pico da gripe não se deveu a condições anormais para a época – foi promovido por Paulo Macedo para fragilizar o serviço nacional de saúde e incentivar o recurso a privados.

Tudo isto é ridículo e soa à alienação característica das ideias conspirativas? Sim, é e soa. Mas, por mais que custe aceitar a nossa sorte, esta tese que converte erros de governação em actos deliberados de demolição do Estado não está limitada às mal frequentadas caixas de comentário no facebook.

Está no debate parlamentar, está nos jornais, está nas televisões, é repetida sucessivamente por políticos e comentadores.

No último debate do Estado da Nação, Jerónimo de Sousa assegurou: “há quem considere que este Governo é incompetente. Nós consideramos que não, não é uma questão de incompetência: é uma questão de opção. Foi sempre, desde a primeira hora, um objectivo central deste Governo aumentar a exploração e o empobrecimento dos portugueses”.

Há tempos, na RTP, Raquel Varela argumentou: “este homem sem qualidades [Passos Coelho] conseguiu – não tem incompetência nenhuma, isso é completamente falso, isso é uma grande desculpa de uma oposição incompetente – fazer tudo o que se tinha proposto fazer; e nós passámos de dois milhões de pobres para três milhões”.

E, há dez dias, no Expresso e mais subtil, Pedro Adão e Silva asseverou: “inscrever a desigualdade no tratamento dos cidadãos, seja na relação com o fisco, na protecção social, na educação ou na saúde, é o grande propósito deste Governo. Não nos iludamos, a incompetência e o desleixo com que os membros do Governo se relacionam com os serviços são particularmente eficazes na deslegitimação da acção do Estado.

Pedro Adão e Silva, "comentador" da SIC. Print Screen: JP
Nenhuma das acusações merece discussão. É sempre assim com teorias de conspiração. Dão voz aos medos e preconceitos do povo, são simples de explicar, populares e impossíveis de rebater – quem opta por acreditar no irrazoável não está disponível para aceitar a razão. Mas sendo inútil discuti-las, vale a pena destacar que estas acusações estão generalizadas no debate. Que não são excepção, são a regra. E que isso diz mais acerca do estado do país do que dezenas de estatísticas e relatórios internacionais.

Deixámos de distinguir um argumento sério de uma teoria da conspiração, já não estranhamos o que é estranho, tratamos de modo igual o que é diferente. Assim está o debate político – afastado do conteúdo das medidas, do impacto dos programas, das leis, do que é real, do que deve ser a busca pelo bem-comum. E assim está o debate público – formado por comentadores obedientes a narrativas partidárias e a radicalismos que valem likes e partilhas no facebook. Inevitavelmente, assim estamos nós. A economia pode crescer e o desemprego baixar, mas a única coisa que anima as hostes é que Passos Coelho quer aumentar a pobreza.
Título e Texto: Alexandre Homem Cristo, Observador, 30-3-2015

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A esquerda não é alternativa

João Marques de Almeida

Os historiadores irão olhar para a crise como a segunda morte das ideias socialistas. O socialismo marxista morreu em 1989 e o capitalismo de Estado, que tanto agradava aos socialistas, morreu em 2011

Dois meses de tragédia grega mostraram o óbvio a toda a Europa: o Syriza não tem programa de governo – ou se o tem, está a escondê-lo. Até agora, o governo grego limitou-se a fazer três coisas. Passeios pela Europa, com a imprensa atrás. Pedir mais dinheiro à Europa. E prometer mais receitas. Pelo meio, a população tirou mais dinheiro dos bancos gregos do que em 2012, no auge da crise. Entretanto, a Europa espera por uma lista de medidas concretas desde 20 de Fevereiro.

Mas sem programa, o Syriza vê-se aflito para produzir uma lista de políticas de governo. Promete mais eficácia fiscal, mas ironicamente nunca os gregos fugiram tanto aos impostos como desde que o Syriza foi eleito. E prometeu igualmente aumentar o IVA. O aumento desesperado de impostos apenas mostra a ausência de políticas.

No entanto, há no Syriza quem tenha um programa político. A retirada do país do Euro, nacionalizações e colectivização da economia. Ou seja, o velho socialismo que levaria o país a mais empobrecimento e a uma miséria albanesa. Ninguém se atreve, contudo, a falar abertamente desse programa. Todos no Syriza sabem que os gregos rejeitariam tal programa, por isso se o impuserem será às escondidas e aproveitando o desespero da maioria da população. Os gregos não querem mais austeridade, mas querem o Euro e certamente não desejam o socialismo. Gostavam simplesmente de regressar à vida anterior a 2010.

Passeio livre: quero andar a pé, posso?

 Estacionamento ilegal das viaturas do Estado: [23-48-FT] [84-LM-31]

Recebido por mail:

---------- Mensagem encaminhada ----------
Quem está ao volante de uma viatura oficial tem, pelos vistos, todo o direito a ocupar passeios a seu bel-prazer. Ainda melhor se dentro do veículo estiver um papel a dar conhecimento da importância da missão do condutor daquele carro - "VIATURA EM SERVIÇO OFICIAL".

Hoje, [23 de março de 2015] pelas 14:50, era este o cenário na Av. de Berna:



Mais adiante, na Av. da República, cenário idêntico. Mais uma viatura oficial:

Lamentações

Nelson Teixeira
Cada pessoa age à sua maneira. Mas o que diferencia duas pessoas diante do mesmo problema?

A diferença está na maneira como veem a vida. Queixosos e lamurientos verão o problema como mais um daqueles obstáculos intransponíveis, e mesmo que façam pequenos esforços para superá-los guardarão consigo a impressão de que fizeram um estupendo esforço.

Os confiantes e serenos enfrentarão o problema com naturalidade, dando-lhe a importância relativa.

Antes de se queixar, verifique se é uma queixa legítima, fundamentada e justa. Se não for, certamente será uma lamúria, fruto de seu descontentamento com o mundo. Neste caso você deve se perguntar: o que devo fazer para resolver esta situação sobre a qual reclamo continuamente?

A resposta a essa pergunta o guiará a transformar tais lamúrias em ações proativas.
Como voce está se comportando? 
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 30-3-2015

Charada do dia (24)

Como é 
que uma 
caneta 
que só tem 
tinta 
preta 
pode 
escrever 
azul?

domingo, 29 de março de 2015

No arquipélago da Madeira...


Na França...




Retweet de Lobão


Um filósofo no governo?... Humm! Isso me cheira mal…

Valdemar Habitzreuter
Bom, o homem/a mulher filósofos são detentores de sabedoria; ou, ao menos, aspiram alcançar sabedoria. É com sentido, pois, que se define filosofia: amor à sabedoria.

Pois olhem só quem foi convidado por Dilma para ocupar o ministério da Educação: Renato Janine Ribeiro [foto], um filósofo - professor de ética e filosofia política da USP. Academicamente, tem um currículo invejável – parece que sabedoria não lhe falta.

Este novo ministro já fez duras críticas ao governo Dilma, e, no entanto, ela o chamou para substituir Cid Gomes que foi demitido.

Que conclusão pode-se tirar daí? Para empossar um crítico de seu governo, Dilma está se rendendo e aceitando sua fraca atuação como presidente. Talvez o nomeou para, além de traçar os rumos da ‘pátria educadora’, receba dele inspiração de sabedoria.

Será que o novo ministro aguentará o rojão? Vai dizer amém à gerentona toda vez que lhe puxar as orelhas? O futuro nos dirá...

Há dois mil e quinhentos anos houve um caso parecido. Um filósofo sábio foi chamado à corte de Siracusa, onde um déspota governava – Dionísio, o velho – para que recebesse conselhos de sabedoria, de como governar com justiça. Trata-se de nada menos que o eterno e sábio filósofo que a humanidade já produziu: Platão.

Platão elaborou uma fascinante teoria política calcada justamente nos ideais da sabedoria. Só os sábios saberiam governar com justiça. Por isso proclama que quem tem reais condições para governar uma nação são os filósofos. Sem dúvida, quem ler suas obras que tratam sobre política (A República, As Leis, Carta VII, etc.) fica admirado e convencido da profundidade e congruência de sua teoria política.

Mas, a prática dessa teoria ficou nos anais das ilusões. Platão quis colocar sua teoria em prática e labutou no sentido de converter o déspota Dionisio em filósofo para que este governasse com leis sábias e promovesse a justiça; no entanto, a situação beligerante de Siracusa não permitiu que o déspota anuísse à teoria de Platão com medo de perder o poder com a leniência para que o povo sofresse menos opressão e tivesse mais voz e fosse mais ouvido. Platão foi considerado pelo déspota um traidor com intenção de levante popular e, assim, foi expulso de Siracusa.

O filósofo Janine terá êxito no Governo Dilma? Só se souber impor sua sabedoria com mais desenvoltura do que Platão, e conseguir domar o modo despótico de governar de Dilma... 
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 29-3-2015

Carta aberta de Lobão a Oswald de Andrade

O livro de Lobão "Manifesto do NADA na Terra do NUNCA"tem 143 páginas assim distribuidas:

Capa
Folha de Rosto
Créditos
Agradecimento
Prólogo: Aquarela do Brasil 2.0 
1. A Terra do Nunca
2. Um pequeno mergulho no mundo sertanejo universitário (acidentalmente gonzo)
3. Vamos assassinar a presidenta da República?
4. Por que o rock continua errando?
5. O reacionário
6. Viagem ao coração do Brasil
7. Confesso a vocês: sou uma besta quadrada
8. A utopia antropofágica revisitada — Carta aberta de Lobão a Oswald de Andrade 
Glossário
Bibliografia
Créditos

Eis um excerto do último capítulo, o oitavo, “Carta aberta de Lobão a Oswald de Andrade":

[…]
Ao colocar o insight “Só não há determinismo onde há o mistério. Mas que temos nós com isso?”, seremos forçados a concluir que...

Nós nunca temos nada a ver com nada, inclusive com o significado das coisas, querido amigo. Com essa mentalidade, você só vai incrementar um obscurantismo cheio de retórica excludente e nebulosa para confeccionar uma cenografia de um mistério piegas, cínico, pouco corajoso e sinistramente determinista: seremos pseudossilvícolas, culpados por sermos o que não conseguimos admitir ser, preguiçosos soberbos e incompetentes para sempre.

Na obsessão em se apartar da história da civilização ocidental manifestada em mais um “Contra as histórias do homem que começam no Cabo Finisterra. O mundo não datado. Não rubricado. Sem Napoleão. Sem César”, eu perguntaria:
Por que não incluir tudo o que possa ser conhecimento, tudo que valha a pena, sem essas muletas lambuzadas de bílis?

Alinhavando “A fixação do progresso por meio de catálogos e aparelhos de televisão.
Só a maquinaria. E os transfusores de sangue”, eu diria que:
Progresso não se fixa, Oswald, se conquista, e não deve ser temido, muito menos desprezado.

E por que “Contra as sublimações antagônicas. Trazidas nas caravelas”?
Vou tentar passar essa sua frase para algo mais proativo: a favor das sublimações das compatibilidades entre todos nós, seres de boa vontade, compatibilidades que levaremos, livres de todo o ódio, em nossas naves espaciais.

Nós também fomos trazidos pelas caravelas. Estamos todos juntos e misturados nas galés, nas senzalas e nas matas. Não existe um só brasileiro vivo, incluso em nossa sociedade, que possa afirmar alguma pureza étnica, Oswald. Ainda bem. Não podemos exorcizar os crimes de gerações que nos precederam através de um simplório e inócuo automartírio.

Temos, sim, que resolver nossos problemas, retardamentos, desastres e paralisias de maneira incisiva, através do conhecimento, da vontade e do esclarecimento, e, se possível, o quanto antes. Não temos mais tempo para ações inconsequentes, folclóricas e rancorosas.

Sendo assim, e por isso mesmo, não podemos esquecer que somos indivíduos e respondemos pelos nossos atos, nunca pelos atos de quem quer que seja. Não adianta sair por aí de tanga para nos eximir de uma culpa que não é nossa. Vamos incluir, Oswald, e VAMOS PARA O ESPAÇO!

História de dois países. Cá dentro

José Manuel Fernandes 
O país já não se divide entre o Mediterrâneo e o Atlântico, como o viu Orlando Ribeiro, mas entre o dos telejornais, onde protesta e pede mais Estado, e o que tem mudado Portugal sem darmos por isso.

Sábado de manhã. Sigo de automóvel para uma conferência em que vou participar e ouço, quase distraído, um daqueles programas de rádio onde dois animadores conversam e passam música. De repente espanto-me. Um deles começa a contar como, recentemente, alguém entrara nos seus registos fiscais, ficara a par dos seus rendimentos mensais e, porventura por não gostar das suas opiniões, não achara melhor forma de agir do que ir para a sua página do Facebook comentar as flutuações no seu rendimento. Fazendo-o com o detalhe de distinguir alterações que ocorriam mês a mês.

O meu espanto vinha da sinceridade: alguém que, de viva voz, contava como a “curiosidade” de um qualquer funcionário da administração fiscal permitira uma intrusão que, depois, se transformava numa quase ameaça escarrapachada numa página do Facebook.

Mas o meu espanto não se ficou por aqui. O seu companheiro de programa, em vez de se assustar com esta espécie de Estado “big brother” onde qualquer um de nós pode ser vítima da falta de escrúpulos de um servidor público, tratou logo de levar a coisa para a política e para os “quatro da lista VIP”, uma enumeração cuja única fonte é, até ao momento, o dirigente sindical da classe de funcionários onde estas intrusões parecem ocorrer com assustadora frequência.

Cheguei entretanto à conferência para onde ia, uma organização de jovens católicos, e o moderador do meu painel, que reunia pessoas ligadas a empresas criadas recentemente, surpreendeu-me com a primeira pergunta. Ele queria saber se eu, jornalista, sabia explicar o contraste entre o país que ele conhecia, onde muita gente andava a tentar dar a volta à vida e muitas empresas estavam e reinventar-se para voltarem a crescer, e o país que ele via todos os dias retratado na generalidade da comunicação social, um país sempre a anunciar a catástrofe iminente ou a lamentar mais uma desgraça.

Respondi-lhe como pude, até porque ele também queria saber por que razão, estando eu há tantos anos numa empresa como o Público, resolvera ajudar a criar uma nova, o Observador, com todos os riscos associados. A resposta que lhe dei importa aqui pouco – importa o que fui ouvindo ao longo daquela manhã e as conversas que tive depois com alguns dos que lá estavam. E importa porque, de alguma forma, esse debate alterou o estado de espírito algo sombrio com que entrara naquela enorme tenda junto do CCB onde decorria esse evento, o Meeting de Lisboa.

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Nos últimos dias dera alguma atenção à morte de uma figura que há mais de 20 anos me chamara a atenção, desde a primeira vez que viajara para a Ásia: Lee Kuan Yew, o pai fundador da Singapura moderna. Quem segue a minha newsletter diária, o Macroscópio, sabe que já me referi a ele várias vezes e estava com intenção de escrever uma crónica sobre as razões para naquele país com metade da população de Portugal se ter produzido o milagre económico que nós falhámos.

Aconteceu-nos e pode voltar a acontecer

Helena Matos
O que o percurso de Sócrates revelou foi uma enorme disponibilidade da esquerda para apoiar caudilhos e a extraordinária fragilidade daquele que, até hoje, tem sido o principal partido português, o PS

Andamos todos muito entretidos a discutir o futuro das democracias por causa do crescimento de partidos que esperávamos ver como marginais – o Syriza, o Podemos e a Frente Nacional. Muitos de nós até agradecemos aos céus, ao PREC e ao PCP preservarem Portugal de tal assombração. Mas nem reparamos que aquilo que podia ter acontecido em Portugal e de certa forma aconteceu foi bem mais perigoso. Foi um grande partido tornar-se ele mesmo um instrumento das circunstâncias pessoais de um homem, José Sócrates.

Entendamo-nos desde já e antes que comece a ladainha na caixa de comentários sobre a inocência de José Sócrates e a sem razão da sua detenção: não me interessam as acusações de natureza criminal que possam vir a ser feitas contra o antigo primeiro-ministro. Experimento aliás uma imensa vergonha de cada vez que saem mais notícias sobre tal assunto. Afinal não passo de uma provinciana cidadã de um pequeno país que sabe que este tipo de casos acontece em todo o lado mas que também não ignora que o mundo reage institucionalmente quando estes casos acontecem com o Kremlin ou o Palazzo Chigicomo panos de fundo.

Pelo contrário se o cenário for aquela pequena vivenda de S. Bento a que por aqui chamamos palácio, os sorrisos escarninhos e condescendentes logo aparecem. A isto, que já não é pouco, junta-se o meu sério temor que ao reduzirem-se as dúvidas sobre a actuação de José Sócrates a um ou muitos casos de justiça acabemos a esquecer o essencial: a condenação ou absolvição num tribunal não pode nem deve substituir-se ao juízo moral nem político.

Feita esta introdução passemos ao que me interessa: a política. E aos falarmos de política chegamos àquilo que o percurso de Sócrates revelou: uma enorme disponibilidade da esquerda para apoiar caudilhos e uma extraordinária fragilidade daquele que, até agora, tem sido o principal partido português. Não interessa que o PS ganhe ou perca as eleições. A linguagem, o paradigma, as referências, o padrão do regime são socialistas em Portugal.

"Minha Mãe, dá licença?"


Vasco Lobo Xavier
“Todos temos na memória este pequeno jogo infantil do tempo em que as crianças inventavam com que se divertir ao ar livre ao invés de ficarem de nariz e polegares enfiados num teclado qualquer, macambúzios.

Memória que falta aos infantis do PS e da comunicação social, que se perdem em jogos políticos mais apropriados a crianças do tempo em que andavam sempre com os indicadores nos narizes.

Vem isto a propósito das críticas imbecis à suposta subserviência do governo à política alemã.

Falta àquela gente memória para se recordar dos idos de 2010 e 2011, em que o indivíduo agora retido em Évora se deslocava amiúde à Alemanha para pedir à Chanceler Angela Merkel “minha mãe, dá licença?”, solicitando passos à gigante ou à cavalinho, e vinha de lá com dois ou três passinhos à bebé ou mesmo um à tesoura e quatro à caranguejo.



António Costa e o PS, toda a oposição e grande parte da comunicação social não têm memória mas é preciso avivá-la.
Título e Texto: Vasco Lobo Xavier, Corta-fitas, 29-3-2015

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Pizza de gafanhoto para ambientalistas

Jacinto Flecha

Em Moscou, antes da revolução soviética, o padeiro Ivanov era fornecedor da corte do Czar. Foi intimado a se apresentar em palácio, devido a grave acusação. 

– Como é que você explica isso?

O Czar exibia pessoalmente um pedaço de pão, onde uma aranha se destacava com todas as suas formas e repugnâncias. Sem se impressionar com a carranca dos presentes, Ivanov pegou tranquilamente o pedaço de pão, deu uma mordida onde se achava a aranha, mastigou e engoliu o corpo de delito. E esclareceu: 
– Era uma passa de uva, majestade.

– Desde quando você coloca passas no pão?

– Desde hoje, majestade.

Liberado impune, pois aquela acusação não se sustentava depois de consumido o corpo de delito, a primeira providência de Ivanov ao sair dali foi comprar bom sortimento de passas. E o pão incrementado dele passou a render elogios e dinheiro. Não poderia ter sido mais engenhosa a presença de espírito desse padeiro, apesar da repugnância natural em engolir uma aranha.

Muitas situações justificam gestos como esse, para tirar pessoas de apuros. Presenciei no colégio a esperteza de um colega, que se apressou a engolir suas “colas” enquanto o professor se encaminhava para flagrá-lo. E relatos de prisioneiros em calabouços infectos apontam baratas, lagartixas, lesmas como alimento habitual.

Um parente idoso, bom contador de casos, costumava manter inalterável a fisionomia ao concluir narrativas evidentemente absurdas. Isso deixava os ouvintes espantados e inseguros, até alguém dar uma boa gargalhada. Lembro-me, por exemplo, de ele afirmar que se pode comer carne de cobra. E explicava:

– Quando você mata uma cobra deste tamanho (e abrindo as mãos, aproximava os polegares de modo a representar dois palmos), basta desprezar um palmo do lado da cabeça, outro do lado da cauda, e comer a parte que sobrou, assada ou frita.

O culpado pela queda é o FHC…

Valdemar Habitzreuter
No auge das especulações e discussões sobre a tragédia ocorrida nos Alpes franceses, sempre mais fatos e detalhes vêm à tona com as quais as autoridades vão desvendando a causa da referida tragédia.

As últimas notícias veiculadas é de que a ex-noiva do copiloto deu entrevista declarando que Andreas Lubitz lhe dissera que escreveria seu nome na História por uma façanha que repercutiria mundialmente. Esta façanha ocorreu no dia 24 e seu nome realmente foi estampado em todos os jornais desse planeta. Ele conseguiu, embora fosse uma façanha sórdida e repugnante.

Nós brasileiros, como outros povos, ficamos consternados com esta tragédia. A insanidade desse jovem alemão alertou as autoridades para providências imediatas e evitar tais desastres.

A par dessa tragédia estúpida que sensibilizou as pessoas, nós, aqui no Brasil, presenciamos, dia após dia, fatos novos da vertiginosa queda que espatifará o Brasil na montanha da insensatez, planejada pela cachola insana de Dilma, que acionou o botão da descida vertiginosa rumo ao choque da destruição da nossa economia.

Além dessa queda da economia que vai mergulhando o Brasil no caos da estagnação (PIB em torno de zero), somos informados diariamente de novos escândalos de corrupção, demonstrando a gravidade do desastre econômico acontecendo. A bola da vez é a Receita Federal em que empresas pagaram propinas para se livrar de multas bilionárias.

Estamos à flor da pele com tantos episódios vindo à tona a todos os instantes e o país patinando sem sair do lugar do caos econômico e político em que se encontra. E o pior de tudo, Dilma não admite sua incompetência no governo. O próprio ministro da fazenda, Levy, declarou: “Dilma nem sempre age de forma eficaz”.

O que Passos Coelho, segundo os patronos dos "valores de abril", ainda tem a aprender com Maduro e o chavismo…

Murphy
Mesmo depois de conhecidas as violações de direitos humanos, as perversidades e inúmeros escândalos - como o da usurpação da riqueza dos venezuelanos desviada para contas em paraísos fiscais controladas pelas figuras do regime – a continuada defesa do regime venezuelano pelos comunistas portugueses é um autêntico case study

(Não, a próxima notícia não foi retirada de uma edição do Inimigo Público ou Imprensa Falsa…)


"Nós, amantes da paz, dirigimos um apelo ao governo dos EUA para que assuma as suas obrigações internacionais, no respeito pela autodeterminação dos povos e ao direito destes decidirem livremente o seu caminho.

No dia 9 de Março fomos surpreendidos pela Ordem Executiva emitida pelo presidente Obama através da qual 'declara uma emergência nacional perante a ameaça inusual e extraordinária para a segurança nacional e a política externa dos Estados Unidos representada pela situação na Venezuela.'

Nós, amantes da PAZ e acérrimos inimigos da GUERRA, opomo-nos a estas acções e apelamos a que o Presidente Barack Obama retire a Ordem Executiva contra a Venezuela e normalize as relações diplomáticas com o governo, legitimamente eleito, do Presidente Nicolás Maduro, com base no respeito mútuo e no princípio da não ingerência nos assuntos internos de outros países."


Entretanto, podemos vislumbrar (via, Portugal Contemporâneo) como o povo venezuelano vai desfrutando do que o socialismo / comunismo tem para oferecer …

sábado, 28 de março de 2015

Esta noite adiante o relógio sessenta minutos

Portugal muda a hora legal para o regime de verão, na madrugada de domingo, com os relógios a adiantarem-se sessenta minutos quando for 01h00, no Continente e na Madeira, e meia-noite, nos Açores.

Foto: Andy Rain/EPA

Se vive no continente ou na Madeira, a informação que se segue vigora a partir da 1h00. Se vive nos Açores, a partir da meia-noite. Num caso ou noutro, é já esta noite que deve adiantar o relógio 60 minutos. E já, agora, aproveite e diga olá ao horário de verão.

Com a alteração, Portugal passa a ter uma hora acima do Tempo Universal Coordenado (UTC+1), regulado a partir do meridiano de Greenwich, à semelhança do Reino Unido e da Irlanda.

A hora manter-se-á assim até ao próximo dia 25 de outubro, altura em que se atrasam os relógios uma hora, de modo a entrar no horário de inverno.

Os restantes países da União Europeia regem-se pela hora centro europeia, tendo, na sua maioria, uma hora a mais que o Tempo Universal Coordenado (UTC+1), no inverno, passando a estar duas horas acima (UTC+2), no verão, ao adiantarem os relógios em 60 minutos, na próxima madrugada.

Os outros países da Europa que não fazem parte dos “28” escolheram seguir as mesmas normas, com exceção da Arménia, Bielorrússia, Geórgia, Rússia e Islândia, que não adiantam os relógios.

Relatório mostra que Paim tem as pernas curtas

Paim sumiu para ajudar a manter veto que prejudica trabalhadores

Senador saiu de fininho para não contrariar a presidente Dilma

Cláudio Humberto
O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou uma cédula de votação fajuta para negar que ajudou a manter o veto de Dilma à redução da contribuição de empregada doméstica ao INSS. Esta coluna noticiou que o “paladino dos oprimidos” saiu do plenário de fininho. Ele negou, mas o relatório oficial de votações do Senado prova que na bancada gaúcha só Paim esteve ausente. O veto foi mantido por três votos.

Paim mostrou a cédula de votação para “provar” seu voto contra o veto. Mas a cédula apenas atesta intenção de voto. Na hora agá, ele sumiu.

Senadores do Rio Grande do Sul, Ana Amélia (PP) e Lasier Martins (PDT) votaram contra do veto de Dilma à redução da contribuição.

Confrontado de novo com sua ausência, Paim finalmente confessou ontem: “Na hora da votação, por azar, eu não estava no plenário”.
Título, Imagem e Texto: Cláudio Humberto, Diário do Poder, 27-3-2015

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LATAM... ou LAM TAM... Uma mistura sem cara brasileira...


Valdemar Habitzreuter
Pois é, dei-me ao luxo de tirar férias das férias que a aposentadoria me proporciona. Foi Miami a escolha como destino. É uma cidade maravilhosa, banhada de águas navegáveis. Um cruzeiro pelas Bahamas foi uma tentação ao ver os enormes navios atracados no porto de Miami. E lá fomos nós, eu e minha esposa, para um cruzeiro.

Mas, viajar de férias não quer dizer que o mundo é só sorrisos. Há muita cara feia te encarando. Chega-se em certos aeroportos e percebe-se que o passageiro é considerado um mal necessário pelos funcionários das companhias aéreas e também de outros departamentos. Tem-se a sensação de estarmos diante de robôs frios, sem sentimentos, no trato com o cliente. O sorriso, a simpatia cativante que deveria transparecer no atendimento ao passageiro dá lugar a fisionomias carrancudas com ordens e exigências. É claro, nem todos se portam como tal, e nem em todos os aeroportos.

Um exemplo, no embarque em Miami, na volta para o Brasil: no check-in de Miami foi notável a falta de cordialidade das atendentes. Parece que não receberam treinamento de boa educação. Portam-se como sargentas dando ordens. Ai de você ultrapassar um quilinho a mais dos 5k de bagagem de mão que tem direito. Obrigam você a desfazer-se do excesso e alocar em outra bagagem a ser despachada. Procede-se, então, a um verdadeiro espetáculo de abre e fecha malas para distribuir o peso, e isso aos olhos de todo mundo, atrasando o check-in.

Piloto derruba avião deliberadamente

Título e Charge: Sinfrónio

Perigoso é nadar com tubarões

Paulo de Almeida Sande
Tenho e tive sempre medo de andar de avião. A queda do A320 da GermanWings não contribui para o apaziguar. Levanta interrogações e questiona muitas certezas, em particular aquelas que servem para animar quem, como eu, teme viajar nas maravilhosas máquinas voadoras:

Dizem que é mais seguro andar de avião do que nadar com tubarões; bem, não é bem assim, mas um post de 2011 no National Geographic calculava a possibilidade de ser morto por um tubarão numa em 3,7 milhões de hipóteses. A de morrer num acidente de aviação é de 1 em 11 milhões! Vejamos a comparação com outros meios de transporte:

Por cada 100 milhões de passageiros aéreos, morre 0,01. Em autocarros ou comboios, a ratio é 0,05. Nos nossos fantásticos, modernos e super-seguros automóveis, o valor sobe para 0,72 por 100 milhões de pessoas.

Ah, e outra percepção comum, a de que toda a gente morre nos acidentes de avião também não estará correcta: 95,7% das pessoas sobrevive a um acidente aéreo e, mesmo se contabilizados os mais graves, a taxa de sobrevivência mantém-se alta, nos 76,6% (o número desce muito quando referido apenas a acidentes fatais). Dizem-nos isso e entretanto cai um avião nos Alpes com 150 seres humanos a bordo. E recordamos aqui tão perto (no tempo) o desaparecimento inexplicado do Malásia MH370 ou a queda do MH17 da mesma companhia do abatido sobre a Ucrânia  (do céu caíram anjos).

O receio de voar é, para todos os efeitos, uma fobia – o medo irracional de qualquer coisa ou situação que representa pouco ou nenhum perigo real. Mas no momento em que o meu avião, ainda sentado na pista, começa a aquecer os motores, sinto um calafrio e uma súbita sensação de impotência. E se o avião não consegue ganhar altitude? E se falha um motor? E se um bando de pássaros invade as turbinas? E se aquele piloto com aspecto decente que vislumbrei no cockpit, de repente, sente um impulso suicida?