Luciano Ayan
Atualmente, o governo Temer
vive sob mais uma chantagem da extrema-esquerda: eles querem que seja empossada
a socióloga Nísia Verônica Trindade Lima para a presidência da Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz). Ao que parece, Ricardo Barros, ministro da Saúde, escolheria
para o posto a médica Tania Cremonini de Araújo-Jorge, que ficou em segundo
lugar na eleição interna.
O detalhe é que não existe
obrigatoriedade alguma para empossar Nísia, uma vez que não há lei
estabelecendo que eleições internas definem a presidência da instituição. Na
verdade, as eleições internas foram uma conveniência adotada por eles.
A diretoria da FioCruz,
obviamente, fez a chantagem emocional de costume: “Há mais de 20 anos, o
processo eleitoral da Fiocruz é respeitado pelos presidentes. Recebemos com
perplexidade a informação de que a vencedora não seria nomeada desta vez. A
Nísia preenche todos os requisitos para esse cargo, é uma pesquisadora com 30
anos de Fiocruz, sem nenhum vínculo partidário”, disse o médico Paulo Gadelha,
atual presidente da Fiocruz.
A narrativa de Gadelha só
enganaria idiotas, uma vez que o frame “há mais de 20 anos” é uma falácia ad
antiquitatem, que define que algo é válido apenas por ser antigo ou feito há
muito tempo. O que importa é: está na lei ou não está? Ademais, eu não me
lembro de ter votado para nenhum dos integrantes da FioCruz. Sendo assim, quem
lhes deu o direito de nomear alguém para a presidência da instituição?
De acordo com a lei, o
Ministério da Saúde tem a prerrogativa formal de escolher o presidente, que em
seguida é nomeado pelo presidente da República. A mania de colocar como
presidente a escolha do establishment da FioCruz vem desde FHC. Nada melhor que
abandonar a prática agora, uma vez que os movimentos em favor de Nísia surgem
da extrema-esquerda, que está doidinha para fazer uso de 4 bilhões.
O ex-ministro de Dilma, Arthur
Chioro, entregou o ouro: “Em 2017, o Ministério da Saúde irá gastar cerca de R$
4 bilhões em compras na Fiocruz”. Agora se entende porque a extrema-esquerda
escolheu uma candidata. Espera-se que Temer não caia na armadilha e vete a
presença de Nísia e utilize o que está na lei: cabe ao Ministério da Saúde
indicar a presidência.
Se Temer escolher cair na
chantagem, estará cedendo 4 bilhões de orçamento à extrema-esquerda. Depois não
venham dizer que não foram avisados.
Título, Imagem e Texto: Luciano Ayan, Ceticismo Político, 3-1-2017
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