José Manuel
Os seres humanos atravessam um
período extremamente difícil em sua existência. São guerras regionais,
atentados com centenas de perdas de vidas, a Europa lutando pela sobrevivência
de um belo momento de civilidade que não se via em séculos com as suas
fronteiras abertas, a fuga de famílias inteiras que do dia para a noite se
transformam em refugiados tendo perdido tudo e se submetendo a uma sobrevida
infame, ditadores sem o menor escrúpulo jogam seus países e naturais em
aventuras de selvageria, numa política de terra arrasada.
A África com raras exceções
continua falimentar, desnutrida, com crises imensuráveis de fome e assistência
médica, mais ditadores que roubam o que ainda resta de bom a esses pobres
povos, tudo visto ao vivo e a cores sem que possamos fazer nada, apenas e em
última instância contribuindo financeiramente para grupos de heróis voluntários
que minimizam como podem o sofrimento humano nessas regiões.
A América Latina, da Argentina
ao México continua atrasada, com a sua politicalha de ocasião enriquecendo
políticos corruptos cada vez mais, enquanto milhares estão abaixo da miséria,
mais ditadores com tentativas de se eternizar no poder levando seus países à
miséria ou a graves crises sociais como a que o Brasil atravessa após governos
criminosos por quatorze anos.
América Latina é sinônimo de
corrupção, carteis de drogas e terríveis gestões fraudulentas, mesmo apesar de
seus cinco bolsões de crescimento econômico através do Brasil, Chile, Peru,
Colômbia e México. São apenas cinco num universo de vinte nações de línguas
latinas.
Na Ásia, apesar do grande
desenvolvimento dos tigres e no momento a Índia despontando como a terceira
potência comercial, ainda resistem alguns bolsões de tirania como a Coreia do
Norte com seu ditador tresloucado querendo apertar um botão atômico, e a Tailândia
que não consegue conviver com a democracia plena. A Rússia com a sua imensidão
gelada da Sibéria estando localizada entre a Ásia e a Europa, é eternamente um
complicador pois entra ano, sai ano não passa sem criar algum problema ao
mundo.
A China no contexto moderno, é
um caso à parte pois apesar de ser um regime ditatorial, hoje está muito
empenhada em democratizar a sua economia, num vigoroso esquema industrial e
comercial, classificando-se como a segunda economia mundial, e agora graças ao
protecionismo americano, em véspera muito próxima de vir a ser a primeira.
No momento em que vários
países ao redor do mundo como a China por exemplo, se conscientizam de que não
há mais espaço para um passado atrasado, ideológico nem beligerante, aparece
repentinamente algo novo, logo naquele país cuja democracia é um exemplo para o
mundo desde a declaração de independência em 1776. País confrontador, defensor
de vários episódios contra a humanidade, mas que agora e do nada, oferece ao
mundo em êxtase, sedado pela incredulidade, um vigoroso limão.
A economia mundial mais uma
vez terá que se reinventar e só terá duas alternativas: chupá-lo ou fazer dele
uma boa limonada.
Ainda sob o impacto da posse
do novo presidente americano, o mundo e nós como seres humanos do século XXI
estamos estupefatos com suas declarações fascistóides, xenófobas e de possíveis
e certos atritos futuros com outras nações.
Em menos de uma semana após a
posse retira os USA da parceria do Pacífico, diz que vai rever e possivelmente
até sair do Nafta, o qual culpa pela grande queda comercial com perda de
empregos, e esta semana acaba de anunciar o início da construção do muro na
fronteira com o México.
O mais incrível é ouvi-lo
dizer que os mexicanos enganaram seu pais, em transações comerciais, mas
esquece de dizer que esse país enganado, é o mesmo país que roubou 50% do
território mexicano.
Então, Louro, quem enganou
quem? Além de tudo é mentiroso.
Considerações à parte, é
histórico, pois em situações semelhantes, países ficam atônitos, sedados por
algum tempo, com tanta mentira e verborragia inútil (vide o Brasil em quatorze
anos de papo furado).
O país em questão certamente
irá ficar anestesiado com tanta irracionalidade repentina e levará muito tempo
até que a ficha caia e aí, talvez o mundo acaba de receber esse limão, não como
um problema, mas como uma dádiva de Deus, porque o tiro deverá sair pela
culatra.
Por exemplo, o Brasil e a
maioria da América Latina provavelmente irão chupar esse limão pela excessiva
dependência comercial aos americanos, endividamento interno e convulsão
econômica. A Europa irá fazer uma bela e refrescante limonada expandindo os
seus negócios para países que até então transacionavam muito com os USA. Quanto
mais o protecionismo se consolidar por lá, mais as portas da UE se escancaram
rumo ao sucesso.
Os países que fazem parte da
TPP (parceria comercial trans-pacífica) agora em número de onze, irão deter sem
a ingerência americana 20% do PIB mundial, 26% do comércio internacional,10% da
população do planeta, num mercado estimado em 600 milhões de consumidores. É
claro que com a saída dos USA, esse mercado sofrerá um grande baque
momentaneamente, porém, se souberem fazer uma boa limonada, terão pela frente
um mercado promissor e farão frente à China que está comemorando com uma grande
queima de fogos de artifício, a saída americana.
Se preferirem chupar o limão,
se retraírem com o episódio e ficarem com medo da saída intempestiva americana
do bloco, a China passará como um rolo compressor por cima deles.
Ou seja, limão ácido ou
limonada açucarada? A hora das menores economias parece que chegou ao futuro
com grandes acordos e sob os auspícios de um fascista rico e com idade mental
não definida.
O fascismo compartilha certas
características comuns, incluindo a veneração ao Estado, a devoção a um líder
forte com ênfase em:
Ultranacionalismo (a América
vai brilhar e todos seguirão o seu brilho).
Etnocentrismo (visão do mundo
de quem considera a sua nação ou nacionalidade, socialmente mais importante do
que os demais)
Militarismo (Vamos varrer o Estado Islâmico da face da terra).
O fascismo também vê a
violência política, (contra o México), a guerra (contra o estado islâmico), e o
imperialismo como meios para alcançar o nirvana do Rejuvenescimento Nacional
(América great again) afirmando que as nações e raças consideradas superiores
devem obter espaço, deslocando ou eliminando as fracas e inferiores,
(imigrantes).
Título e Texto: José Manuel - Oito dias, foi o que a
Suprema Corte americana levou para mostrar ao cacique penacho amarelo, como se
constroem barreiras. Ao que tudo indica seu muro começa a desmoronar antes de
ser construído. 30-1-2017
Colunas anteriores:
Sou um visionário.
ResponderExcluirNão há o que inventar em economia.
Perdoem-me, mas a África continua escravagista e corrupta, os negros de tribos de etnias ou castas mais altas enriquecem e matal o resto de fome.
A China continua sendo a maior comuna do mundo, onde cerca de 1 milhão vivem nababescamente e mais de 1 bilhão são escravos do sistema.
O México perdeu 50% de seus desertos para os americanos que fizeram o estado mais poderoso dos Estados Unidos na Califórnia e o Texas.
Já escrevi aqui e no meu blogue que só existem dois sistemas econômicos, o CAPITALISMO e o FAIR TRADE.
FAIR TRADE é em resumo as trocas de necessidades.
Como um país de 240 anos de República pode ser maior que um país de 4700 anos como a china?
Como um país tão grande quanto os Estados Unidos, de 195 anos é tão pequeno quanto Portugal?
Não valorizamos nossa pátria o suficiente.
Ninguém busca o futuro aqui.
Aqui não se pode ter projetos de vida, nós abemos porque destruíram os nossos.
É no Brasil que existe etnocentrismo.
O suposto celeiro do mundo não produz comida suficiente para seu povo.
Somos pequenos porque não somos ULTRA NACIONALISTAS.
Aliás perguntem aos chineses, que assim o são pela força.
A América LATRINA, só produz traficantes e corruptos desde o México "hasta la Argentina".
Levando em conta os produtos genuinamente nacionais que produzimos, tais como:
Políticos corruptos descendentes de diversas etnias latinas, asiáticas e do leste/oeste Europeu.
São tão patriotas e nacionalistas que enchem as burras em parcerias de um clube fechado;
Os homens são frutos do meio.
O Brasil é um país que os indivíduos gabam-se de terem duplas nacionalidades.
Se não existissem passaportes e vistos 99% de Minas Gerais estaria em território americano.
Tiradentes não emigrou para os Estados Unidos porque não existia.
Dom Pedro II era tão brasileiro que levou para o túmulo, pequenas bolsas de terra de cada estado brasileiro. Levava em sua mochila em suas viagens areias da praia de Copacabana. Morreu no exílio.
Não somos grandes porque culpamos os americanos pelas mazelas nossas.
Depois de 389 anos de colonização portuguesa, estamos a 27 anos sob o jugo chinês. Até nossos peidos fedem a comida chinesa e soam "ding ling ding"
我
Wǒ Xièxiè
São duas visões paralelas.
ResponderExcluirDe qualquer modo obrigado por sua participação, o que valoriza o nosso trabalho e nos estimula a continuar
José Manuel