José Manuel
Os discursos nacionalistas são
sempre iguais e facilmente identificáveis; xenofobia, misoginia e racismo,
fazem parte do contexto nacional populista, mas ninguém quer prestar atenção na
história recente e no passado o que significaram cada um desses discursos.
Oitenta e quatro anos são
passados, e a humanidade continua acreditando em discursos egocêntricos e
narcisistas.
Cronologia das similaridades:
Logo no primeiro dia após a
posse o novo presidente americano;
(seu homólogo fez a mesma
coisa em 1935);
Assinatura de um decreto instituindo
dia nacional do patriotismo, atropelando o dia nacional pátrio oficial de 4 de
julho. Se for oficializado o dia 20, fica claro a intencionalidade narcisista
do decreto, remetendo-o a salvador da pátria.
(Leis raciais
de Nuremberg em 15 de setembro de 1935, logo após a sua posse como
chanceler, atropelando o Estado alemão e como salvador da pátria.)
Declara-se em guerra com a
imprensa, a qual chama de mentirosa, principalmente a CNN.
(com a tomada do poder, é
declarada a lei de imprensa do Reich e o Ministério de propaganda
do Reich submeteu todas as áreas da imprensa.
O Münchner Post (como a CNN, hoje) era o jornal que
o Führer odiava.
Declara-se abertamente contra
as Nações Unidas, que no seu entender, não servem para nada. Quer se retirar da
Otan.
(Em outubro de 1933, a
Alemanha retirou-se da Sociedade das Nações, precursora da ONU, uma organização
que o Führer desprezava.)
Novo site da Casa Branca, após
a posse, elimina seções sobre clima, direitos civis e LGBT e página em
espanhol.
(Homossexuais, ciganos, são
sumariamente banidos do 3º Reich.)
(Direitos civis nunca
existiram, clima nem se fala.)
(Deutschland Über Alles)
"Vamos erguer um muro na
fronteira com o México, porque as nossas fronteiras tem que ser protegidas".
(Áustria, Sudetos,
Checoslováquia, o mesmo discurso.)
"Não comprem produtos que
não sejam americanos, não usem serviços não americanos".
(não comprem em lojas
judias, nem usem bens de serviço Judeus.)
"Vamos expulsar todos os
imigrantes".
(Somente arianos puros são
alemães, o resto será expurgado.)
"Vamos fazer a América
grande novamente".
(vamos criar
um Reich de mil anos.)
"Vamos fazer a América
brilhar e todos seguirão o seu brilho."
(A Alemanha triunfará sobre
o mundo. Lançado o filme o triunfo da vontade, premiado com a medalha de ouro
na feira Mundial de Paris recebendo também premiações nos Estados Unidos e
Suécia. O filme é tão nocivo à sociedade, que está banido da Alemanha atual.)
"Vamos exterminar o
Estado Islâmico da face da terra."
(Vamos exterminar os judeus
da face da terra.)
Isso foi só no primeiro dia e
agora vamos aguardar o desenrolar das suas atitudes. O mais interessante e
antagonista à sua ideologia de campanha e discurso de posse, é que o novo
presidente americano é atualmente casado com a terceira mulher, que é
imigrante, natural da Eslovênia.
A primeira mulher, também
é imigrante e natural da Checoslováquia.
Sua mãe era natural das terras
altas, Escócia, e emigrou para Nova Iorque em 1930. Chegou à América
com um visto de imigrante para depois com o casamento obter a residência
permanente.
Seu avô alemão emigrou para os
Estados Unidos em 1885.
Resumindo, o novo presidente
americano é neto de imigrante, filho de imigrante e casado duas vezes com
imigrantes, no entanto, assim como o Heil alemão
que também era imigrante austríaco, agora, como Heil americano, esquece suas origens colocando toda a força da
sua xenofobia nata contra os não naturais.
Prestemos atenção aos
detalhes, pois o Heil alemão
era altamente xenófobo, misógino e racista, exatamente como o novo Heil americano.
Para o biógrafo Timothy L.
O'Brien, em seu livro Trump Nation: The Art of Being The Donald
"Trump é uma pessoa
perigosa", alerta O'Brien.
"É perigoso porque é intencionalmente ignorante e profundamente
intolerante. Porque é inseguro sobre quem ele é, e exagera em suas reações.
Alguém que tem acesso ao 'botão nuclear', mas não tem nenhum senso sobre
parâmetros dos assuntos globais é, por natureza, uma pessoa perigosa."
"Beati monoculi in
terra caecorum"
Título e Texto: José Manuel, a mim, como cidadão do
mundo, não engana. 23-1-2017
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É... os tempos mudaram! A Alemanha hoje é uma potência, não tem nada de nazismo! E creio que Trump tbm não! E o Nazismo onde estiver será combatido! E outras fobias também.
ResponderExcluirÉ uma lástima a Europa deixar e misturar-se com povos que deveriam estar em seus Países. A conta chegará!
Abs,
Heitor Volkart